Essa peça plublicitária informando à sociedade o que reza o art. 7° do Estatuto da Criança e do Adolescente pretende
Ninguém fez gratuitamente o sacrifício de uma porção de sua liberdade visando unicamente ao bem público. Tais quimeras só se encontram nos romances. Cada homem só por seus interesses está ligado às diferentes combinações políticas deste globo; e cada qual desejaria, se fosse possível, não estar ligado pelas convenções que obrigam os outros homens. Sendo a multiplicação do gênero humano, embora lenta e pouco considerável, muito superior aos meios que apresentava a natureza estéril e abandonada, para satisfazer necessidades que se tornavam cada dia mais numerosas e se cruzavam de mil maneiras, os primeiros homens, até então selvagens, se viram forçados a reunir-se.
Formadas algumas sociedades, logo se estabeleceram novas, na necessidade em que se ficou de resistir às primeiras, e assim viveram essas hordas, como tinham feito os indivíduos, num contínuo estado de guerra entre si. As leis foram as condições que reuniram os homens, a princípio independentes e isolados sobre a superfície da Terra.
Cansados de só viver no meio de temores e de encontrar inimigos por toda parte, fatigados de uma liberdade que a incerteza de conservá-la tornava inútil, sacrificaram uma parte dela para gozar do resto com mais segurança. A soma de todas essas porções de liberdade, sacrificadas assim ao bem geral, formou a soberania da nação; e aquele que foi encarregado pelas leis do depósito das liberdades e dos cuidados da administração foi proclamado o soberano do povo.
BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. Disponível em: <http://www. dominiopublico.gov.br>. Acesso em: mar. 2017. Adaptado.
O clássico livro Dos delitos e das penas, de autoria de Cesare Beccaria, foi publicado na cidade italiana de Milão em 1764. A obra, não obstante o fator temporal que, à primeira vista, parece estar distante, se aproxima da realidade por sua influência no sistema penal.
Tendo em vista as informações veiculadas no texto, é correto afirmar que o objetivo principal do autor é
Para identificar o efeito do humor dessa charge, o leitor deve perceber que
Quando eu era jovem, isto é, séculos atrás, ficamos impressionados com Jean Paul Sartre, que nos disse que precisávamos um projeto de vida. Temos que selecionar um projeto de vida, temos que prosseguir, passo a passo, de forma consistente, ano após ano, chegando cada vez mais próximo desse ideal. Agora, conte isso aos jovens de hoje e eles rirão de você. Nós temos grandes dificuldade em adivinhar o que vai acontecer conosco no ano que vem. O projeto de vida, de uma vida inteira, é algo difícil de acreditar. A vida é dividida em episódios. Não era assim no início do século XX.
As sociedades foram individualizadas. Em vez de se pensar em termos de a qual comunidade se pertence, a qual nação se pertence e a qual movimento político se pertence etc., tendemos a redefinir o significado de vida, o propósito de vida, a felicidade na vida para o que está acontecendo com uma própria pessoa, as questões de identidade, que têm um papel tremendamente importante hoje, no mundo. Você tem que criar a sua própria identidade. Você não a herda.
BAUMAN, Zygmunt. Identidade Não Se Herda – Crie A Sua. Disponível em: <http:// www.portalraizes.com/identidade>. Acesso em: mar. 2017.
Considerando-se os elementos discursivos desse texto, é correto afirmar que se trata de uma
Já não é de hoje que se discutem os efeitos excludentes das atuais mutações do trabalho, sob o impacto da reestruturação produtiva em tempos de revolução tecnológica e globalização da economia. No entanto, ainda pouco se sabe sobre as configurações societárias que vêm sendo urdidas nas dobras dessas transformações. Entre, de um lado, os artefatos da “cidade global” sob o foco dos debates entre urbanistas e pesquisadores da economia urbana e, de outro, os “pobres” e “excluídos” tipificados como público-alvo das políticas ditas de inserção social, há toda uma trama social que resta conhecer. E é isso justamente que situa o terreno em que ganha pertinência relançar a discussão sobre os sentidos e os lugares do trabalho na tessitura do mundo social. Se o trabalho não mais estrutura as promessas de progresso social, se os coletivos “de classe” foram desfeitos sob as injunções do trabalho precário, se direitos e sindicatos não mais operam como referências para as maiorias, se tudo isso mostra que os “tempos fordistas” já se foram, o trabalho não deixa de ser uma dimensão estruturante da vida social.
TELLES, Vera da Silva. Mutações do trabalho e experiência urbana. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf>. Acesso em: mar. 2017. Adaptado.
A articulista analisa o território das cidades como uma síntese de novas relações entre vida, tempo e trabalho, em que desigualdades acontecem.
Sobre os elementos linguísticos que estruturam o texto, é correto afirmar:
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe ‒ todos eles príncipes ‒ na vida...
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos ‒ mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
CAMPOS, Álvaro de, (Fernando Pessoa). Poema em linha reta. Disponível em: <https://verdadesdepapel.wordpress.com> Acesso em: mar. 2017. Adaptado.
O eu poético ao analisar-se como o único ser vil e errôneo no meio social em que vive, denuncia, de forma implícita,