O texto a seguir é uma resenha para o livro Um antropólogo em Marte, de Oliver Sacks.
Estas são sete narrativas sobre a natureza e a alma humana, e sobre como elas colidem de formas inesperadas. As pessoas deste livro passaram por condições neurológicas tão diversas quanto a síndrome de Tourette, o autismo, a amnésia e o daltonismo total. Elas exemplificam essas condições, são "casos" no sentido médico tradicional - mas também são indivíduos únicos, cada um vivendo (e, em certo sentido, criando) seu próprio mundo.
Estas são histórias de sobrevivência em condições alteradas, por vezes radicalmente alteradas - sobrevivência possível graças a nossos maravilhosos (e às vezes perigosos) poderes de reconstrução e adaptação. Em livros anteriores, escrevi sobre a "preservação" do eu e (com menor frequência) sobre a "perda" do eu, nos distúrbios neurológicos. Tendo a pensar que esses termos são demasiado simples - e que não há perda nem preservação da identidade em situações desse tipo, mas uma adaptação, e até uma transmutação, já que estamos tratando de cérebros e "realidades" radicalmente alterados.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2015/02/1592822-leia-trecho-de-um-antropologo-em-marte-de-oliver-sacks.shtml.
Considerando os elementos que funcionam como conectores nesse texto, assinale a alternativa em que o conector destacado pode ser substituído pelo correspondente, indicado ao lado, sem prejuízo de sentido.