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Jamaica exige que Museu Britânico devolva artefatos históricos ao país
A chefe do Ministério da Cultura da Jamaica, Olivia Grange, veio a público exigir que a Inglaterra devolva artefatos arqueológicos provenientes do país que pertencem, atualmente, ao Museu Britânico. Os jamaicanos se uniram a outras nações, como Grécia, Egito e Etiópia, que esperam recuperar seus tesouros históricos. Segundo o site Jamaica Gleaner, Grange disse que os artefatos foram encontrados durante as primeiras escavações arqueológicas na ilha, quando ainda era uma colônia britânica. “Eles são inestimáveis, são significativos para a história da Jamaica e pertencem ao povo jamaicano”, disse a ministra em comunicado, e acrescentou: “Eles nem estão em exibição [no museu]”.
As peças foram feitas pelos taínos, indígenas caribenhos que os exploradores ocidentais conheceram no século 15, durante as Grandes Navegações. Entre as relíquias estão uma estátua de madeira de 500 anos que representa Boiyanel, deus da chuva, e uma figura esculpida do espírito de um homem-pássaro, encontrado em uma caverna em 1792. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, um porta-voz do Museu Britânico disse que a instituição não recebeu nenhuma comunicação oficial do Ministério da Cultura da Jamaica e que os artefatos estão, sim, expostos: “Dois objetos da tribo Taíno, um banquinho e uma figura em pé, estão em exibição pública na galeria do Iluminismo desde 2009”, afirmou.
O representante declarou ainda que os objetos foram emprestados para ser expostos em diversos países – Índia, Japão, Espanha, França e Cingapura – e em outro museu de Londres. “O baco ritualístico dos taínos fez parte da turnê A History of the World, que foi vista por mais de 1 milhão de pessoas em vários locais, entre 2014 e 2018”, argumentou. “O Museu Britânico tem vários projetos de pesquisa em colaboração com colegas e governos insulares no Caribe”. A exigência do governo jamaicano, ________, não é exclusiva aos britânicos. Em 2009, as autoridades locais criaram uma Comissão Nacional de Reparações, que busca justamente retomar a história do país. Como declararam em 2014, a atitude “faz parte da pós-escravidão, o diálogo pós-colonial em resposta aos desafios enfrentados por grupos específicos na sociedade. [...] [São] atos de reparação estabelecidos como uma forma apropriada de reparação nos casos em que tais injustiças foram infligidas”.
(Fonte: adaptado de Revista Galileu, Agosto, 2019)
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