A engenheira de alimentos, Rosana Goldbeck, conseguiu identificar, em sua tese de doutorado, microrganismos silvestres isolados de frutos do Cerrado, entre os quais os Acremonium strictum, que sinalizam um potencial para o desenvolvimento de celulases (enzimas) empregadas na produção de álcool de segunda geração, que é o bioetanol, produzido a partir de diversas fontes de biomassa vegetal, preferencialmente para matérias-primas não destinadas ao consumo humano. As enzimas estudadas são capazes de degradar a celulose (um polímero) em glicose, que poderá ser posteriormente convertida em etanol.
“Esse processo é bastante recente”, situa a autora. “É uma inovação trabalhar com microrganismos engenharados (geneticamente modificados), a partir dos genes isolados e sequenciados de Acremonium strictum, cujo objetivo é fazer a sacaraficação e fermentação simultaneamente – degradar a celulose em glicose e depois convertê-la em etanol”.
(Jornal da Unicamp, nº 541, 07/08/2015. Adaptado.)
Uma das grandes vantagens de se produzir o álcool de segunda geração é o fato de que: