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Em busca dos pais biológicos, brasileiro muda regra de adoção na Holanda
Patrick foi levado do Brasil recém-nascido, por casal de holandeses que não podia ter filhos; 40 anos depois, governo holandês reconhece erros e suspende adoção internacional.
Ana Estela de Sousa Pinto
Foram tantas mentiras, golpes de sorte, reveses e perseverança que a história de Patrick Noordoven, 41, vai virar um livro na Holanda. Neste mês, dois novos fatos acrescentaram reviravoltas à vida desse brasileiro que saiu recém-nascido de seu país natal, adotado por um casal holandês, e um dia resolveu conhecer sua família biológica.
A primeira novidade chegou no dia 8 deste mês. Um comitê criado na Holanda após repetidas denúncias de Patrick apontou responsabilidade do Estado em “vários tipos de abuso que ocorreram estruturalmente”, e o governo interrompeu os processos de adoção internacional no país. [...]
Dos anos 1960, quando começaram a crescer, até os anos 1990, adoções internacionais eram vistas como um benefício para crianças, principalmente quando elas deixavam países pobres em direção aos mais ricos. Essa mentalidade mudou, porém, na virada do século, quando surgiu legislação internacional para nortear o assunto — a Convenção dos Direitos da Criança, em 1989, e a Convenção de Haia sobre Adoção Internacional, em 1993.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2021/02/em-busca-dos-pais-biologicosbrasileiro-muda-regra-de-adocao-na-holanda.shtml?origin=folha. Acesso em: 27 fev. 2021. [Fragmento]
Na composição desse texto, identifica-se a função