Que relações mantinha o Pará com o Rio de Janeiro em 1821-1822? A resposta a essa indagação pode ser construída, de forma simplificada, com base em três ordens de consideração: econômica, geográfica e política. No primeiro caso, todo o fluxo comercial do Grão-Pará era fundamentalmente com Lisboa. Em 1822, a balança comercial entre o Grão-Pará e Portugal era favorável às exportações paraenses. Em termos geográficos, a posição do Grão-Pará relativamente às correntes marítimas tornava as viagens para Lisboa regulares e mais rápidas do que para o Rio de Janeiro, o que, politicamente observado, acentuava o isolamento da província em relação ao governo de D. Pedro.
(Georges Mártires Coelho. “Onde fica a corte do senhor Imperador?”. In: István Jancsó. Brasil: formação do Estado e da Nação, 2003. Adaptado.)
A análise contida no excerto apresenta