Texto I
Muitas vezes, o processo de evolução por seleção natural é alvo de interpretações distorcidas. E quando o assunto é a evolução humana, a distorção pode ser ainda maior, pois o Homo sapiens é apresentado como o ápice do desenvolvimento. As ilustrações mais conhecidas da evolução estão todas direcionadas no sentido de reforçar uma cômoda concepção da inevitabilidade e da superioridade humanas. A principal versão dessas ilustrações é a série evolutiva ou escada de progresso linear. Esse avanço linear ultrapassa os limites das representações e alcança a própria definição do termo evolução: a palavra tornou-se sinônimo de progresso. A história da vida não é uma escada em que o progresso se faz de forma previsível e sim um arbusto ramificado e continuamente podado pela tesoura da extinção.
(Adaptado de: GOULD, S. J. Vida maravilhosa: o acaso na evolução e a natureza da história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p.23-31.)
Com essa noção de progresso, referida no texto I, construía-se a crença de que o ser humano caminhava em direção a um progresso irresistível, e ele próprio seria o exemplo dessa noção, implicando, por exemplo, a minimização do trabalho braçal e uma supervalorização das atividades intelectuais. Porém, no século XX, tendências de pensamento demonstraram que a razão, ao mesmo tempo que é libertadora, também tem a capacidade de subjugar os homens. Essa crítica às concepções modernas da razão foi o sustentáculo de um movimento contestador e pacifista, denominado de movimento __________
Assinale a alternativa que apresenta o termo que preenche, corretamente, a lacuna do enunciado.