Na semana passada, o chanceler russo, Sergei Lavrov, esteve em quatro países africanos, no que foi apontado como mais uma ofensiva de Moscou para mostrar que o isolamento diplomático apontado pelo Ocidente não existe e para reafirmar laços regionais que vêm se intensificando ao longo das últimas décadas.
A relação da Rússia com a África não é nova: a então União Soviética, no contexto da Guerra Fria, deu apoio a movimentos de independência em países como Angola, Moçambique e República Democrática do Congo e ajudou na luta contra governos segregacionistas, como na África do Sul. Com isso, estabeleceu laços com as novas elites políticas, levou milhares de estudantes para centros acadêmicos soviéticos e marcou uma presença que, em determinados momentos, era mais intensa do que a do Ocidente.
A política se manteve até o fim da URSS, em 1991, e foi revertida pelo presidente Boris Yeltsin (1991-1999) — os problemas econômicos levaram ao fechamento de embaixadas e a um “acanhamento” da Rússia no cenário global. Isso mudaria com a chegada de Vladimir Putin ao poder.
Adaptado de O Globo. Disponível em: oglobo.globo.com. Acesso em 04/08/2022.
Partindo do contexto apresentado na reportagem, reconhece-se que a política recente da Rússia para o continente africano tem como objetivo prioritário a: