Questões de História - História do Brasil - Período Colonial (1530-1822)
Na região das minas, desde o início do século XVIII, era grande a utilização de mão de obra escrava na produção de alimentos, com a pecuária ocupando lugar de destaque. Trabalhos recentes demonstram a existência de vastas áreas da capitania ligadas não apenas ao abastecimento regional, mas principalmente ao fornecimento de gêneros para o Rio de Janeiro.
(João Fragoso et al, A economia colonial brasileira)
Essa visão historiográfica sobre a economia colonial
A ação da corte portuguesa [no vale do Amazonas] foi mais visível, mais imediata, mais atenta a minúcias, do que em outros pontos do Brasil. Em 1772, a Amazônia passava a constituir um novo estado, sem sujeição ao vice-rei do Brasil e diretamente subordinado a Lisboa. Mais tarde, cogitou-se em criar ali um vice-reinado independente e a autonomia da região pareceu sempre imposta pela consideração das exigências singulares da terra.
(Sérgio Buarque de Holanda. Escritos coligidos, 2011.)
No quadro das singularidades da colonização da região amazônica, ressaltam-se
No período colonial, eram chamados de “drogas do sertão” os produtos nativos ou aclimatados que tinham origem na região Norte, onde se localizam atualmente os estados do Amazonas, do Pará e do Maranhão. Eram especiarias, castanhas, frutas, ervas, sementes, tintas e animais originários da Amazônia, como o peixe-boi e as tartarugas.
O início da exploração desses produtos
A ocupação do vasto território da colônia brasileira por Portugal não ocorreu de forma coincidente em todas as regiões, nem no que se refere ao período, nem no que diz respeito aos produtos explorados. Considerando as características desse processo na região Norte, analise as afirmações que seguem e marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) Os franceses se estabeleceram no Maranhão e fundaram São Luís, em 1612, sendo expulsos pelos portugueses em 1615, após a Batalha de Guaxenduba. Essa foi a base de uma gradual penetração da Amazônia.
( ) A Coroa estabeleceu uma administração à parte para o Norte do país, criando o Estado do Maranhão, em 1621, posteriormente denominado de Estado do Maranhão e Grão Pará, com governadores e administração separados do Estado do Brasil. Abrangia os atuais estados do Maranhão, Pará, Amazônia, Piauí, Amapá e Roraima.
( ) A produção do Norte baseou-se nos produtos da floresta, as “drogas do sertão”, como a baunilha, a salsaparrilha e o cacau nativo, colhido por indígenas e mestiços ao longo dos rios.
( ) Na região Norte, a exploração econômica usou como mão de obra principal o escravo africano, que trabalhava nos latifúndios de café e milho, produtos altamente valorizados na Europa.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Considere a seguir o excerto do artigo da historiadora Violeta Loureiro sobre a região amazônica:
De todos, o mito mais persistente [sobre a Amazônia] parece ter sido sempre o da superabundância e da resistência da natureza da região [...].
(LOUREIRO, Violeta Refkalefsky. Amazônia: uma história de perdas e danos, um futuro a (re)construir. Estudos Avançados, v. 16, n. 45, p. 108, 2002.)
Conforme os conhecimentos sobre a história do Brasil, do período colonial ao republicano, considere as seguintes afirmativas referentes às atividades econômicas exercidas na região amazônica:
1. A exploração das drogas do sertão fez parte do processo de interiorização da colonização portuguesa e utilizou mão de obra indígena no século XVII.
2. A atividade mineradora na região no século XVIII foi intensa e teve mão de obra escravizada africana que usou o ouro para comprar sua alforria.
3. O extrativismo do látex voltou-se para suprir a demanda industrial ocidental na virada do século XIX para o XX e atraiu contingentes de migrantes nordestinos.
4. A rodovia Transamazônica e a atividade industrial nos anos 1970 seguiram o projeto de desenvolvimento sustentado liderado por povos indígenas.
Assinale a alternativa correta.
Questão 51 1266507 Médio
FGV-SP Economia - 1ºFase - MAT/BIO/HIS/GEO - BLOCO 01 2018A agromanufatura da cana resultaria em outro produto tão importante quanto o açúcar: a cachaça. Alambiques proliferaram ao longo dos séculos coloniais. A comercialização da bebida afetava profundamente a importação de vinhos de Portugal. Esse comércio era obrigatório, pois por meio dos tributos pagos pelas cotas do vinho importado é que a Coroa pagava as suas tropas na Colônia. A cachaça produzida aqui passou a concorrer com os vinhos, com vantagens econômicas e culturais. Essa concorrência comercial entre colônia e metrópole se estendeu para as praças negreiras e rotas de comercialização de escravos na África portuguesa. A cachaça brasileira, por ser a bebida preferida para os negócios de compra e venda de escravos africanos, colocou em grande desvantagem a comercialização dos vinhos portugueses remetidos à África. A longa queda de braço mercantil acabou favorecendo afinal a cachaça, porque sem ela, nada de escravos, nada de produção na Colônia, com consequências graves para a arrecadação do reino.
(Ana Maria da Silva Moura. Doce, amargo açúcar. Nossa História, ano 3, no 29, 2006. Adaptado)
A partir dessa breve história da cachaça no Brasil, é correto afirmar que
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