Questões de Português - Leitura e interpretação de textos - Gêneros textuais - Verbais/Narrativos -
DR. STOCKMANN (agitando a carta): Podem ficar certos, meus
amigos, de que vamos ter notícias sensacionais aqui na cidade!
BILLING: Novidades?
SRA. STOCKMANN: De que se trata?
DR. STOCKMANN: De uma grande descoberta, Catarina!
HOVSTAD: Que está dizendo?
SRA. STOCKMANN: O que você fez?
DR. STOCKMANN: Exatamente. O que eu fiz! (caminhando a
passos largos pelo quarto). Venham dizer agora, como
costumam dizer, que são fantasias, ideias de louco. Quem há de
atrever-se? Ninguém vai ter este atrevimento!
PETRA: Vamos, pai. Diga, afinal, do que se trata.
DR. STOCKMANN: Sim, sim, esperem um pouco, ficarão
sabendo de tudo. Imaginem! Ah! Se Peter estivesse aqui! É a
demonstração de quão torpes nós somos, verdadeiros cegos,
piores do que toupeiras.
HOVSTAD: Que é que o senhor quer dizer com isso, doutor?
DR. STOCKMANN (detendo-se junto à mesa): Não é opinião
geral que a nossa cidade é um lugar saudável?
HOVSTAD: Certamente.
DR. STOCKMANN: E até mesmo salubérrimo, um lugar que se
deve recomendar calorosamente tanto aos doentes como às
pessoas sadias.
SRA. STOCKMANN: Mas, querido Thomas...
DR. STOCKMANN: Assim é que a recomendamos, em todos os
tons. Escrevi muito a respeito: artigos na Voz do Povo, folhetos...
HOVSTAD: Sim, sim, e então?
DR. STOCKMANN: Essa Estação Balneária a qual chamamos de
grande artéria, de nervo motor da cidade, de não sei mais o quê...
BILLING: “O coração palpitante de nossa cidade”, tomei a
liberdade de escrever num momento solene...
DR. STOCKMANN: É verdade. Ia me esquecendo. Pois bem!
Sabem vocês o que é, na realidade, esse soberbo estabelecimento
assim cantado em prosa e verso e que tanto dinheiro custou?
Sabem vocês o que ele é?
HOVSTAD: Diga, doutor, diga logo!
SRA. STOCKMANN: Sim, diga!
DR. STOCKMANN: O Balneário, todo ele, é um foco de infecções.
Henrik Ibsen. Um inimigo do povo.
!FimDoTexto! Considerando o fragmento de texto precedente e a obra da qual ele foi extraído — Um inimigo do povo, de Henrik Ibsen —, julgue o item a seguir.
A peça Um inimigo do povo contribui para se fazer uma análise crítica a respeito do papel da imprensa na sociedade atual.
Páginas sem glória
[1] A história maior, incluindo a esportiva, não precisa de
mais testemunhos, pois aí estão, documentando-a, para além do
boca a boca entre gerações, os arquivos todos, os livros e as
[4] revistas ilustradas, os filmes e depois os vídeos, os jornais
microfilmados nas bibliotecas públicas, os DVDs e a Internet.
Mas a história dita menor, quem a documentará? Quanta coisa
[7] digna de registro não se carrega para o túmulo: imagens e
sensações inesquecíveis, conhecimentos adquiridos depois de
longa observação e aprendizado, grandes ideias, sentimentos
[10] fundos que nunca foram passados para o papel? No futebol,
quantas jogadas espetaculares ou de fina técnica, executadas
em treinos, partidas preliminares ou até na várzea, para uma
[13] plateia ínfima, embora muitas vezes seleta naquele campo
específico do saber?
(...)
[16] Quanto a meu irmão e eu, estávamos em uma idade
em que (...) a mente, não estando entupida com o entulho da
vida adulta, arquiva o verdadeiramente memorável no detalhe
[19] e no conjunto, ainda que o tempo tenha vindo a transformá-lo
em uma substância mítica e estilizada, jogadas feitas agora de
palavras, mas que me permitem apresentar aos aficionados
[22] alguns poucos desses lances, sem muita preocupação com a
cronologia, apenas para que se possa ter noção da coisa.
Sérgio Sant’Anna. Páginas sem glória. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 107-8 (com adaptações).
Considerando o fragmento da novela Páginas sem glória, do escritor brasileiro Sérgio Sant’Anna, julgue o item seguinte.
Ao propor que seu relato dos jogos de futebol será feito “sem muita preocupação com a cronologia” (l. 22 e 23), o narrador sugere que a representação literária da memória segue um tempo particular, relacionado à transformação dos fatos rememorados “em uma substância mítica” (l.20).
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão
TEXTO
A partir de 1º de agosto de 2023, as farmácias podem realizar exames de análises clínicas. Antes, esses locais só estavam autorizados a fazer testes de Covid-19 e de glicemia. A medição de pressão arterial — permitida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2009 — consta na lista de procedimentos. Os exames não servem para diagnóstico, somente triagem, ou seja, facilitam a detecção de doenças, mas não devem ser usados de forma isolada para a tomada de decisões clínicas.
O anúncio, feito em maio pela Anvisa, atualiza uma norma que já existia. “A resolução aprovada substitui a RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) 302/2005, uma vez que a evolução do setor de diagnósticos, assim como dos produtos e instrumentos para diagnóstico, é evidente, e a defasagem da norma frente à realidade tecnológica já era apontada desde a abertura do processo regulatório, em 2017”, afirma o texto da resolução.
Pela nova regra, as farmácias estão habilitadas a realizar exames de análises clínicas a partir de material biológico primário, desde que todas as etapas sejam feitas após a coleta no próprio estabelecimento e não necessite de instrumento para leitura, interpretação ou visualização do resultado. É proibido guardar, transportar, receber ou enviar material biológico para outros serviços, bem como realizar punção venosa e arterial. [...]
Segundo a agência, as farmácias que oferecerem os procedimentos — adesão não é obrigatória — deverão ter profissionais habilitados (responsável técnico ou farmacêutico) e treinados para a coleta.
Os resultados que indiquem doenças de notificação compulsória, como Covid-19, gripe, dengue etc, deverão ser notificados ao Ministério da Saúde, conforme previsto na legislação brasileira.
Quanto aos preços, estão sujeitos à livre concorrência das farmácias, segundo a Abrafarma (Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias).
PASQUINI, P. Farmácias podem fazer exames de análise clínica. Folha de S. Paulo. 1º ago. 2023. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2023/08/ farmacias-do-pais-comecam-a-fazer-exames-de-analiseclinica.shtml. Acesso em: 13 ago. 2023. [Fragmento adaptado]
O texto I é uma notícia jornalística que faz menção a outros gêneros textuais, exceto:
Sobre a obra Fazenda Modelo de Chico Buarque, é CORRETO afirmar.
Flor Amorosa, composição de Joaquim Calado, é considerada o primeiro choro brasileiro. Sua interpretação normalmente inclui diversos instrumentos que fazem a melodia, a harmonia, a linha de baixo e o ritmo, como é comum na grande maioria das composições do gênero. Essa composição segue a forma básica do choro, com três partes, A, B e C, e a forma rondo, AA, B, AA, CC, AA. Cada uma das partes tem uma tonalidade diferente: a tonalidade original é exposta na parte A da música e as demais tonalidades geralmente são relativas, vizinhas ou homônimas ao tom original.
A respeito da composição Flor Amorosa e dos vários aspectos relativos a ela, julgue o item que se seguem.
O Dr. Stockmann alega a contaminação das águas que abastecem as turísticas termais da cidade sem, no entanto, possuir nenhum estudo ou dados que comprovem esse problema.
O que houve com Valentim, deixando-o sem despedir-se, perdendo-se na multidão, ele jamais saberia. Só, novamente só, com as suas trevas e o porrete de apalpar o chão. Passo a passo, muito devagar, retornou e tão só em si mesmo que não percebeu sequer os que, a seu lado, regressavam às casas. Andou assim, sempre a pensar nos enforcados, até que reconheceu o Largo da Palma pela aspereza das pedras e o macio da grama. Tudo o que queria, afinal, era o seu lugar no canto do pátio da igreja.
E, ao aproximar-se, ao sentir o cheiro do incenso, pensou que naquele momento já cortavam as cabeças e as mãos dos
enforcados. Colocadas em exposição, no Cruzeiro de São Francisco ou na Rua Direita do Palácio, até que ficassem os ossos. O
Largo da Palma, porque sem povo e sem movimento, seria poupado. Ajoelhou-se, então, pondo as mãos na porta da igreja.
E, única vez em toda a vida, agradeceu à Santa da Palma ter nascido cego
FILHO, Adonias. O Largo da Palma. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. p. 96-97.
Inserindo-se o fragmento destacado na leitura global da novela “Os enforcados”, é correto afirmar:
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