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De acordo com o quadrinho, pode-se inferir que:
Pra fazer poesia
Tem que ter inspiração
Se forçar
Nunca vai ficar boa
Se não...
É como amar uma mulher só linda
E daí !??
Uma mulher tem que ter alguma coisa além da beleza
Qualquer coisa feliz
Qualquer coisa que ri
Qualquer coisa que sente saudade
Um pedaço de amor derramado
Uma beleza...
Que vem da tristeza
Que faz um homem que como eu sonhar
Tem que saber amar
saber sofrer pelo seu amor
E ser só perdão.
(MORAES, Vinícius de. Soneto da mulher ideal. Disponível em: < http://letras.mus.br/vinicius-de-moraes/49284/ > Acesso em: 08/10/2013.
NÃO se pode inferir a partir da poesia de Vinícius de Moraes que:
O VELHO, O MENINO E A MULINHA
O velho chamou o filho e disse: “Vá ao pasto, pegue a bestinha ruana e apronte-se para irmos à cidade, que quero vendê-la.” O menino foi e trouxe a mula. Passou-lhe a raspadeira, escovou-a e partiram os dois a pé, puxando-a pelo cabresto. Queriam que ela chegasse descansada para melhor impressionar os compradores. De repente, “Esta é boa!” --- exclamou um viajante ao avistá-los. “O animal vazio e o pobre velho a pé! Que despropósito! Será promessa, penitência ou caduquice?...”
O velho achou que o viajante tinha razão e ordenou ao menino: “Puxa a mula, meu filho. Eu vou montado e assim tapo a boca do mundo.” Tapar a boca do mundo, que bobagem! O velho compreendeu isso logo adiante, ao passar por um bando de lavadeiras ocupadas em bater roupa num córrego. “Que graça!” --- exclamaram elas. “O marmanjão montado com todo o sossego e o pobre menino a pé... Há cada pai malvado por este mundo de Cristo... Credo!”
O velho danou e, sem dizer palavra, fez sinal ao filho para que subisse à garupa. “Quero só ver o que dizem agora”... Viu logo. O Izé Biriba, estafeta do correio, cruzou com eles e exclamou: “Que idiotas! Querem vender o animal e montam os dois de uma vez... Assim, meu velho, o que chega a não é mais a mulinha; é a sombra da mulinha”. “Ele tem razão, meu filho, precisamos não judiar do animal. Eu apeio e você, que é levezinho, vai montado”. Assim fizeram, e caminharam em paz um quilômetro, até o encontro dum sujeito que tirou o chapéu e saudou o pequeno respeitosamente. “Bom dia, príncipe!” --- “Por que príncipe?” --- indagou o menino. “É boa! Porque só príncipes andam assim de lacaio á rédea...” --- “Lacaio, eu?” --- esbravejou o velho. “Que desaforo! Desce, desce, meu filho, e carreguemos o burro às costas. Talvez isto contente o mundo...” --- Nem assim. Um grupo de rapazes, vendo a estranha cavalgada, acudiu em tumulto, com vaias: “Hu! Hu! Hu! Olha a trempe de três burros, dois de dois pés e um de quatro! Resta saber qual dos três é o mais burro...” --- “Sou eu! --- replicou o velho, arriando a carga. Sou eu, porque venho há uma hora fazendo não o que me manda a consciência, pouco me importando que o mundo concorde ou não. Já vi que morre doido quem procura contentar toda gente...”.
LOBATO, Monteiro. Fábulas. 50. ed. São Paulo: Brasiliense, 2002.
A conclusão a que se chega a partir da leitura da narrativa de Monteiro Lobato pode ser resumida na expressão:
“Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado,
De tosco trato, de expressões grosseiro,
Dos frios gelos e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!.”
(Tomás Antônio Gonzaga)
De acordo com a estrofe acima, assinale a alternativa que caracteriza a condição social do emissor.
De acordo com a estrofe acima, assinale a alternativa que caracteriza a condição social do emissor.
“Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado,
De tosco trato, de expressões grosseiro,
Dos frios gelos e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!.”
(Tomás Antônio Gonzaga)
Com relação ao texto anterior, pode-se dizer que a função predominante da linguagem, centrada no emissor, é:
“Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte. Só executava a invenção de se permanecer naqueles espaços do rio, de meio a meio, sempre dentro da canoa, para dela não saltar, nunca mais. A estranheza dessa verdade deu para estarrecer de todo a gente. Aquilo que não havia, acontecia. Os parentes, vizinhos e conhecidos nossos, se reuniram, tomaram juntamente conselho.”
(Rosa, 1962, p.32, Primeiras Estórias).
De acordo com o texto acima, o verbo “acontecia”, no imperfeito, indica: