Questões
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Leia o poema de Raimundo Correia (1859-1911) para responder à questão.
As pombas...
Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...
(Melhores poemas, 2001.)
Na comparação estabelecida entre o mundo das pombas e o mundo humano, são elementos correspondentes:
Leia o poema de Raimundo Correia (1859-1911) para responder à questão.
As pombas...
Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...
(Melhores poemas, 2001.)
No poema, o eu lírico aborda o tema de modo
Leia o poema de Raimundo Correia (1859-1911) para responder à questão.
As pombas...
Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...
(Melhores poemas, 2001.)
Na primeira estrofe, “raiar” é um verbo
Leia o trecho do romance A bagaceira, de José Américo de Almeida (1887-1980), para responder à questão.
Era o êxodo da seca de 1898. Uma ressurreição de cemitérios antigos – esqueletos redivivos, com o aspecto terroso e o fedor das covas podres.
Os fantasmas estropiados como que iam dançando, de tão trôpegos e trêmulos, num passo arrastado de quem leva as pernas, em vez de ser levado por elas.
Andavam devagar, olhando para trás, como quem quer voltar. Não tinham pressa em chegar, porque não sabiam aonde iam. Expulsos do seu paraíso por espadas de fogo, iam, ao acaso, em descaminhos, no arrastão dos maus fados.
Fugiam do sol e o sol guiava-os nesse forçado nomadismo.
Adelgaçados na magreira cômica, cresciam, como se o vento os levantasse. E os braços afinados desciam-lhes aos joelhos, de mãos abanando.
Vinham escoteiros. Menos os hidrópicos – doentes da alimentação tóxica – com os fardos das barrigas alarmantes.
Não tinham sexo, nem idade, nem condição nenhuma. Eram os retirantes. Nada mais.
(A bagaceira, 1988.)
No trecho, os personagens
Leia o trecho do romance A bagaceira, de José Américo de Almeida (1887-1980), para responder à questão.
Era o êxodo da seca de 1898. Uma ressurreição de cemitérios antigos – esqueletos redivivos, com o aspecto terroso e o fedor das covas podres.
Os fantasmas estropiados como que iam dançando, de tão trôpegos e trêmulos, num passo arrastado de quem leva as pernas, em vez de ser levado por elas.
Andavam devagar, olhando para trás, como quem quer voltar. Não tinham pressa em chegar, porque não sabiam aonde iam. Expulsos do seu paraíso por espadas de fogo, iam, ao acaso, em descaminhos, no arrastão dos maus fados.
Fugiam do sol e o sol guiava-os nesse forçado nomadismo.
Adelgaçados na magreira cômica, cresciam, como se o vento os levantasse. E os braços afinados desciam-lhes aos joelhos, de mãos abanando.
Vinham escoteiros. Menos os hidrópicos – doentes da alimentação tóxica – com os fardos das barrigas alarmantes.
Não tinham sexo, nem idade, nem condição nenhuma. Eram os retirantes. Nada mais.
(A bagaceira, 1988.)
Sobre a conjugação dos verbos no trecho, é correto afirmar que
Leia o texto para responder à questão.
A filosofia não desempenhou grande papel na cultura romana, salvo o estoicismo, que era admirado pelos romanos por sua ênfase na conduta virtuosa e no cumprimento dos deveres. A tradição filosófica mais ampla estabelecida pelos gregos clássicos ficou, portanto, marginalizada sob o Império Romano. A filosofia continuou a ser ensinada em Atenas, mas sua influência diminuiu e nenhum filósofo de relevo surgiu até Plotino, no século III, que fundou uma importante escola neoplatônica. Durante o primeiro milênio da era cristã, a influência romana também diminuiu política e culturalmente. O cristianismo foi assimilado e, depois da queda do Império no século V, a Igreja tornou-se a autoridade dominante na Europa Ocidental, permanecendo assim por quase mil anos. A noção grega de filosofia como uma investigação racional independente de doutrinas religiosas foi contida com a ascensão do cristianismo. As questões sobre a natureza do universo e o que constitui uma vida virtuosa, acreditava-se, deveriam ser respondidas pelas Escrituras1 : não eram considerados temas para discussão filosófica.
(O livro da filosofia, 2011. Adaptado.)
1 Escrituras: as escrituras sagradas, a Bíblia.
Segundo o texto, durante os primeiros séculos de existência do cristianismo,