Questões
Você receberá a resposta de cada questão assim que responder, e NÃO terá estatísticas ao finalizar sua prova.
Responda essa prova como se fosse um simulado, e veja suas estatísticas no final, clique em Modo Prova
Ah! Menina tonta,
toda suja de tinta
mal o céu desponta!
(Sentou-se na ponte,
muito desatenta...”
[Cecília Meireles, “Tanta Tinta”, do livro Ou isto ou aquilo]
“E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo”
[João Cabral de Melo Neto, “Tecendo a Manhã”, do livro A Educação pela Pedra]
Considerando os trechos acima, pode-se afirmar que
I. do ponto de vista da forma, ambos possuem forte aliteração.
II. como tratam de estruturas arquitetônicas, não são textos poéticos.
III. são textos de difícil compreensão, por usarem neologismos.
Está correto o que se afirma
“o amor, esse sufoco,
agora há pouco era muito,
agora, apenas um sopro
ah, troço de louco,
corações trocando rosas,
e socos”
[Paulo Leminski, sem título, do livro Distraídos Venceremos]
Sobre o poema acima, pode-se dizer que
I. na primeira estrofe há pelo menos duas metáforas, quando o poeta chama “o amor” de “sufoco” e de “sopro”.
II. é um poema concreto, pois seus versos não possuem forma tradicional.
III. nos últimos dois versos há figura poética que pode ser entendida como metonímia ou como prosopopeia.
Está correto o que se afirma
Tratando da poesia do Padre José de Anchieta, Alfredo Bosi (em Dialética da Colonização) diz que quando Anchieta “escrevia para os nativos, ou para os colonos que já entendiam a linguagem geral da costa, o missionário adotava quase sempre o idioma tupi. [...] O poeta procura, no interior dos códigos tupis, moldar uma forma poética bastante próxima das medidas trovadorescas em suas variantes populares ibéricas: com o verso redondilho forja quadras e quintilhas nas quais se arma um jogo de rimas ora alternadas, ora opostas.”
(BOSI, Alfredo. Dialética da Colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 64)
A partir do trecho acima, pode-se dizer que
I. para Bosi, a poesia de Anchieta é ainda, de certa forma, medieval.
II. Anchieta buscava unir a forma poética europeia à linguagem tupi, para alcançar os nativos e, ainda assim, aproximá-los da cultura ibérica.
III. Anchieta busca, a partir da poesia, ensinar a linguagem ibérica aos nativos.
Está correto o que se afirma
“A compreensão da literatura brasileira produzida nos períodos barroco, neoclássico e arcádico exige a fixação prévia de um conceito estético que regulou a criação literária durante toda a época situada entre o Renascimento e o Romantismo, conceito que só este derradeiro movimento logrou destronar: a imitação.”
(COUTINHO, Afrânio. A literatura no Brasil – Vol.2. 7 ed. São Paulo: Global, 2004, p. 9)
Tendo como base o trecho acima, pode-se dizer que
I. a literatura brasileira acompanha os movimentos literários europeus, não tendo, assim, características próprias.
II. a era clássica, embora produza movimentos distintos uns dos outros, tem um conceito básico que perdura em todas as épocas literárias: a imitação.
III.na literatura brasileira, apenas no Romantismo os escritores romperam com a imitação clássica.
Está correto o que se afirma
“No indianismo romântico, em verdade, é que se reúnem pela primeira vez três palavras já então densamente carregadas de sentido ideológico – o indianismo transformado em teoria social, o Romantismo a que o próprio índio deu causa e o nacionalismo de que, pelo menos no Brasil, passa a ser símbolo.”
(COUTINHO, Afrânio. A literatura no Brasil – Vol.3. 7 ed. São Paulo: Global, 2004, pp. 76-77)
A partir do trecho acima, pode-se dizer que
I. o Romantismo brasileiro era exclusivamente indianista.
II. o indianismo romântico é característico do Romantismo brasileiro.
III. o nacionalismo é traço original do Romantismo brasileiro, não ocorrendo em outros países.
Está correto o que se afirma
Alfredo Bosi (em História concisa da literatura brasileira) diz que o Modernismo brasileiro, em seu surgimento, estava “dividido entre a ânsia de acertar o passo com a modernidade da Segunda Revolução Industrial, de que o futurismo foi testemunho vibrante, e a certeza de que as raízes brasileiras, em particular, indígenas e negras, solicitavam um tratamento estético, necessariamente primitivista.”
(BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 50 ed. São Paulo: Cultrix, 2015)
Tendo como base o trecho acima, pode-se dizer que
I. o Modernismo brasileiro não era ausente de contradições, pelo menos em seu surgimento, já que continha em si uma ânsia futurista e uma necessidade primitivista.
II. o Modernismo brasileiro tinha influência do futurismo europeu, mas procurava também ser um movimento com traços tipicamente brasileiros.
III. o Modernismo brasileiro não conseguiu conciliar suas contradições, daí que logo se acabou, para dar vez ao pós-modernismo.
Está correto o que se afirma