Questões
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Leia o texto a seguir:
Em quase todo o Brasil, os índios logo cederam lugar aos escravos africanos como principal fonte de trabalho. Por conseguinte, os descendentes dos escravos negros formaram a grande parte das classes mais baixas da sociedade contemporânea. À medida que se apagava a lembrança de sua antiga situação de escravo na sociedade colonial, o índio se foi tornando uma figura romântica e, hoje, é motivo de orgulho para muitas famílias aristocráticas do Sul do Brasil o fato de poderem contar índios entre seus ancestrais. Na Amazônia, por outro lado, os colonizadores favoráveis à escravidão não eram suficientemente ricos para comprar muitos escravos africanos nem poderosos para importá-los da África. Os poucos negros que chegaram até as comunidades da região devem ter sido de valor inestimável, homens que precisavam ser instruídos e tratados com o máximo cuidado – ou então já eram livres. Na Amazônia, em sua maioria, os escravos sempre foram índios, que não admitiam obedecer aos brancos. (WAGLEY, Charles. In: Uma comunidade amazônica. Companhia Editora Nacional, p. 138. Texto adaptado.)
Assinale a alternativa que NÃO está correta, em relação a fenômenos sintáticos e linguísticos do texto:
Dentre os versos a seguir, reproduzidos do repertório da Música Popular Brasileira, assinale aqueles que contêm a figura de linguagem chamada de sinestesia:
Assinale a alternativa que contém versos que apresentam apenas linguagem denotativa:
Leia o texto a seguir:
O capitão Jerônimo Ferreira, morador da antiga vila de São João Batista de Faro, voltava de uma caçada, a que fora para distrair-se do profundo pesar causado pela morte da mulher, que o deixara subitamente só com uma filhinha de dois anos de idade.
Perdida a calma habitual de velho caçador, Jerônimo Ferreira transviou-se e só conseguiu chegar às vizinhanças da vila quando já era noite fechada.
(SOUSA, Inglês de. “Acauã”. In: Contos amazônicos. Editora Martin Claret, p. 57)
Leia as afirmativas a seguir, feitas a respeito de fenômenos sintáticos e linguísticos do texto:
I. No primeiro período, a expressão “morador da antiga vila de São João Batista de Faro” funciona como aposto explicativo do sujeito da oração principal.
II. Em palavras como “capitão” e “João”, a letra “o” representa uma semivogal.
III. A última oração do texto (“quando já era noite fechada”) é subordinada adverbial temporal e não possui sujeito.
IV. Na oração “a que fora para distrair-se”, o pronome relativo “a que” poderia ser substituído, sem perda de sentido, por “onde”.
Assinale a alternativa correta:
Leia agora o início da crônica “O Vassoureiro”, de Rubem Braga, antes de responder à questão, que a ela se refere:
Em um piano distante alguém estuda uma lição lenta, em notas graves. De muito longe, de outra esquina, ouve-se também o som de um realejo. Conheço o velho que o toca, ele anda sempre pelo meu bairro; já fez o periquito tirar para mim um papelucho em que são garantidos 93 anos de vida, muita riqueza, poder e felicidade.
Ora, não preciso de tanto. Nem de tanta vida, nem de tanta coisa mais. Dinheiro apenas para não ter as aflições da pobreza; poder somente para mandar um pouco, pelo menos, em meu nariz; e da felicidade um salário mínimo: tristezas que possa aguentar, remorsos que não doam demais, renúncias que não façam de mim um velho amargo.
Joguei uma prata da janela, e o periquito do realejo me fez um ancião poderoso, feliz e rico. De rebarba me concedeu 14 filhos, tarefa e honra que me assustam um pouco. Mas os periquitos são muito exagerados, e o costume de ouvir o dia inteiro trechos de óperas não deve lhes fazer bem à cabeça. Os papagaios são mais objetivos e prudentes, e só se animam a afirmar uma coisa depois que a ouvem repetidas vezes.
Enquanto isso – oh! – Chiquita, a pequenina jabota, passeia a casa inteira, erguendo com certa graça o casco pesado sobre as quatro patinhas tortas, e espichando e encolhendo o pescoço curioso, tímido e feio. Nunca diz nada, o que é pena, pois deve ter uma visão muito particular das coisas.
Assinale a figura de linguagem que perpassa o texto e que pode ser observada de modo mais explícito nos dois últimos parágrafos:
Leia agora o início da crônica “O Vassoureiro”, de Rubem Braga, antes de responder à questão, que a ela se refere:
Em um piano distante alguém estuda uma lição lenta, em notas graves. De muito longe, de outra esquina, ouve-se também o som de um realejo. Conheço o velho que o toca, ele anda sempre pelo meu bairro; já fez o periquito tirar para mim um papelucho em que são garantidos 93 anos de vida, muita riqueza, poder e felicidade.
Ora, não preciso de tanto. Nem de tanta vida, nem de tanta coisa mais. Dinheiro apenas para não ter as aflições da pobreza; poder somente para mandar um pouco, pelo menos, em meu nariz; e da felicidade um salário mínimo: tristezas que possa aguentar, remorsos que não doam demais, renúncias que não façam de mim um velho amargo.
Joguei uma prata da janela, e o periquito do realejo me fez um ancião poderoso, feliz e rico. De rebarba me concedeu 14 filhos, tarefa e honra que me assustam um pouco. Mas os periquitos são muito exagerados, e o costume de ouvir o dia inteiro trechos de óperas não deve lhes fazer bem à cabeça. Os papagaios são mais objetivos e prudentes, e só se animam a afirmar uma coisa depois que a ouvem repetidas vezes.
Enquanto isso – oh! – Chiquita, a pequenina jabota, passeia a casa inteira, erguendo com certa graça o casco pesado sobre as quatro patinhas tortas, e espichando e encolhendo o pescoço curioso, tímido e feio. Nunca diz nada, o que é pena, pois deve ter uma visão muito particular das coisas.
Leia as afirmativas a seguir, feitas a respeito de fenômenos sintáticos e linguísticos do texto de Rubem Braga:
I. O primeiro período (que começa com “Em um piano”) é simples e, por desconhecer a identidade de quem pratica a ação, o cronista emprega um pronome indefinido.
II. No período seguinte, a expressão “o som de um realejo” exerce a função sintática de objeto direto.
III. Ao dizer que precisa apenas de um salário mínimo de felicidade, o cronista está empregando uma metáfora.
IV. No último parágrafo, a fim de expressar seu espanto e admiração, o autor empregou e escreveu de modo correto a interjeição “oh!”
Assinale a alternativa correta: