Questões de Biologia - Histologia
1.358 Questões
Questão 39 15227713
USS (Univassouras) Medicina 2025/2O córtex cerebral é responsável por funções complexas como: percepção sensorial, controle motor voluntário, linguagem, memória, raciocínio lógico, tomada de decisões, emoções e comportamento social.
Essas ações estão relacionadas à massa cinzenta, tecido nervoso formado por:
Questão 12 15227637
USS (Univassouras) Medicina 2025/2CÉREBRO TEM CAPACIDADE DE SER TREINADO PARA MELHORES RESULTADOS
Nosso cérebro é feito de neurônios, de células nervosas, que se comunicam entre si por sinapses elétricas, com
liberação de mediadores neuroquímicos. De acordo com os estímulos recebidos, pode haver um rearranjo
dessas células. Isso quer dizer que quanto mais utilizamos uma área do nosso cérebro, mais desenvolvida
ela se tornará.
[5] A neuroplasticidade, além de proporcionar um melhor desenvolvimento de certas áreas cerebrais,
aumentando o desempenho das atividades relacionadas a elas, permite a recuperação neuronal após certos
acidentes. Após lesões do sistema nervoso central (SNC), os axônios podem desenvolver novas ramificações
e estabelecer novos contatos sinápticos, alterando funções e comportamentos. O SNC tenta recuperar suas
funções perdidas ou fortalecer aquelas que se enfraqueceram.
[10] Há pessoas que já têm uma predisposição para certas atividades porque nasceram com a parte do cérebro
responsável mais desenvolvida, mas isso não significa que ele não possa ser treinado para desenvolver
alguma habilidade. “A gente pode estimular isso. Eu costumo falar para os meus pacientes que a atividade
física do cérebro é o aprendizado: aprender uma língua, um instrumento musical e trabalhos manuais. Tudo
isso vai estar reforçando essas vias de aprendizado e estimulando a plasticidade”, diz Raphael Spera, médico
[15] do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Uma vez traçados, esses caminhos neuronais não
são perdidos mesmo após anos em desuso.
O médico ainda cita um caso curioso. Na Inglaterra, a prova para ser taxista incluía decorar o mapa da cidade
em que se iria atuar, assim como saber o nome das ruas. “Fizeram um trabalho com taxistas ingleses de
Londres, mostrando que algumas regiões parietais eram mais espessas. São áreas do cérebro responsáveis
[20] por funções espaciais e de navegação, que é a capacidade de se deslocar no espaço.”
Outro exemplo: durante treinos musicais, uma área grande é estimulada, o que faz com que novos circuitos
sejam explorados e criados, para que um caminho mais eficiente para a realização dessa tarefa seja
descoberto. Por meio de estudos de ressonância magnética funcional e de Imageamento de Tensores de
Difusão (DTI), foi possível constatar que há uma diferença significativa entre a estrutura e as conexões das
[25] áreas do cérebro de músicos e não músicos.
Neurofeedback na psicologia
Na psicologia, há uma área de tratamento que se baseia na neuroplasticidade e é chamada de neurofeedback.
Os cerca de 87 bilhões de neurônios presentes no cérebro produzem, por meio de seus sinais elétricos,
diferentes frequências, ou padrões eletrofisiológicos.
A técnica do neurofeedback consiste em treinar o cérebro para normalizar esses padrões, a partir de
[30] estímulos na faixa de frequência desejada, como tentativa de potencializar o desempenho de dimensões
eletrofisiológicas ou curar sintomas de doenças psicológicas, como a depressão e a ansiedade. Outro aspecto
é o uso do neurofeedback para aumentar as funções normais, como a capacidade cognitiva ou aumento das
capacidades artísticas e da criatividade.
Um exemplo disso é escutar música clássica para estudar, ou então colocar frequências sonoras para
[35] “regular” emoções ou possibilitar entrar em estados de relaxamento, como a frequência 432 Hz, usada
para a meditação. As ondas de frequência são categorizadas em delta, theta, alpha, beta e gama. Cada
uma está relacionada a um estado do encéfalo: frequências baixas, como o delta, são dominantes durante
o sono, coma ou anestesia. Diferente dessa, a frequência theta é observada em estado de baixo nível de
alerta e sonolência.
[40] As ondas alpha de frequência estão relacionadas a uma maior concentração, diz estudo do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT). A pesquisa descobriu que, ao suprimir a frequência cerebral alpha
em um dos hemisférios de seu cérebro, as pessoas conseguiram se concentrar mais em coisas que
apareceram do outro lado no seu campo visual. Ou seja, é possível controlar a atenção manipulando o
uso da frequência alpha.
[45] O neurofeedback atua para condicionar o cérebro a pegar caminhos neuronais diferentes daqueles já
traçados em concordância com alguma doença, melhorando o quadro clínico e o bem-estar do paciente.
A técnica estimula a neuroplasticidade.
Julia Estanislau. Disponível em: https://jornal.usp.br/.
“Cada uma está relacionada a um estado do encéfalo: frequências baixas, como o delta, são dominantes durante o sono, coma ou anestesia.” (l. 36-38)
A relação de sentido estabelecida pela expressão após os dois-pontos com o restante da frase pode ser definida como:
Questão 11 15227635
USS (Univassouras) Medicina 2025/2CÉREBRO TEM CAPACIDADE DE SER TREINADO PARA MELHORES RESULTADOS
Nosso cérebro é feito de neurônios, de células nervosas, que se comunicam entre si por sinapses elétricas, com
liberação de mediadores neuroquímicos. De acordo com os estímulos recebidos, pode haver um rearranjo
dessas células. Isso quer dizer que quanto mais utilizamos uma área do nosso cérebro, mais desenvolvida
ela se tornará.
[5] A neuroplasticidade, além de proporcionar um melhor desenvolvimento de certas áreas cerebrais,
aumentando o desempenho das atividades relacionadas a elas, permite a recuperação neuronal após certos
acidentes. Após lesões do sistema nervoso central (SNC), os axônios podem desenvolver novas ramificações
e estabelecer novos contatos sinápticos, alterando funções e comportamentos. O SNC tenta recuperar suas
funções perdidas ou fortalecer aquelas que se enfraqueceram.
[10] Há pessoas que já têm uma predisposição para certas atividades porque nasceram com a parte do cérebro
responsável mais desenvolvida, mas isso não significa que ele não possa ser treinado para desenvolver
alguma habilidade. “A gente pode estimular isso. Eu costumo falar para os meus pacientes que a atividade
física do cérebro é o aprendizado: aprender uma língua, um instrumento musical e trabalhos manuais. Tudo
isso vai estar reforçando essas vias de aprendizado e estimulando a plasticidade”, diz Raphael Spera, médico
[15] do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Uma vez traçados, esses caminhos neuronais não
são perdidos mesmo após anos em desuso.
O médico ainda cita um caso curioso. Na Inglaterra, a prova para ser taxista incluía decorar o mapa da cidade
em que se iria atuar, assim como saber o nome das ruas. “Fizeram um trabalho com taxistas ingleses de
Londres, mostrando que algumas regiões parietais eram mais espessas. São áreas do cérebro responsáveis
[20] por funções espaciais e de navegação, que é a capacidade de se deslocar no espaço.”
Outro exemplo: durante treinos musicais, uma área grande é estimulada, o que faz com que novos circuitos
sejam explorados e criados, para que um caminho mais eficiente para a realização dessa tarefa seja
descoberto. Por meio de estudos de ressonância magnética funcional e de Imageamento de Tensores de
Difusão (DTI), foi possível constatar que há uma diferença significativa entre a estrutura e as conexões das
[25] áreas do cérebro de músicos e não músicos.
Neurofeedback na psicologia
Na psicologia, há uma área de tratamento que se baseia na neuroplasticidade e é chamada de neurofeedback.
Os cerca de 87 bilhões de neurônios presentes no cérebro produzem, por meio de seus sinais elétricos,
diferentes frequências, ou padrões eletrofisiológicos.
A técnica do neurofeedback consiste em treinar o cérebro para normalizar esses padrões, a partir de
[30] estímulos na faixa de frequência desejada, como tentativa de potencializar o desempenho de dimensões
eletrofisiológicas ou curar sintomas de doenças psicológicas, como a depressão e a ansiedade. Outro aspecto
é o uso do neurofeedback para aumentar as funções normais, como a capacidade cognitiva ou aumento das
capacidades artísticas e da criatividade.
Um exemplo disso é escutar música clássica para estudar, ou então colocar frequências sonoras para
[35] “regular” emoções ou possibilitar entrar em estados de relaxamento, como a frequência 432 Hz, usada
para a meditação. As ondas de frequência são categorizadas em delta, theta, alpha, beta e gama. Cada
uma está relacionada a um estado do encéfalo: frequências baixas, como o delta, são dominantes durante
o sono, coma ou anestesia. Diferente dessa, a frequência theta é observada em estado de baixo nível de
alerta e sonolência.
[40] As ondas alpha de frequência estão relacionadas a uma maior concentração, diz estudo do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT). A pesquisa descobriu que, ao suprimir a frequência cerebral alpha
em um dos hemisférios de seu cérebro, as pessoas conseguiram se concentrar mais em coisas que
apareceram do outro lado no seu campo visual. Ou seja, é possível controlar a atenção manipulando o
uso da frequência alpha.
[45] O neurofeedback atua para condicionar o cérebro a pegar caminhos neuronais diferentes daqueles já
traçados em concordância com alguma doença, melhorando o quadro clínico e o bem-estar do paciente.
A técnica estimula a neuroplasticidade.
Julia Estanislau. Disponível em: https://jornal.usp.br/.
“A técnica do neurofeedback consiste em treinar o cérebro para normalizar esses padrões, a partir de estímulos na faixa de frequência desejada, como tentativa de potencializar o desempenho de dimensões eletrofisiológicas ou curar sintomas de doenças psicológicas, como a depressão e a ansiedade”. (l. 29-31)
No trecho, a palavra “como” apresenta duas ocorrências, introduzindo expressões com a função, respectivamente, de:
Questão 10 15227634
USS (Univassouras) Medicina 2025/2CÉREBRO TEM CAPACIDADE DE SER TREINADO PARA MELHORES RESULTADOS
Nosso cérebro é feito de neurônios, de células nervosas, que se comunicam entre si por sinapses elétricas, com
liberação de mediadores neuroquímicos. De acordo com os estímulos recebidos, pode haver um rearranjo
dessas células. Isso quer dizer que quanto mais utilizamos uma área do nosso cérebro, mais desenvolvida
ela se tornará.
[5] A neuroplasticidade, além de proporcionar um melhor desenvolvimento de certas áreas cerebrais,
aumentando o desempenho das atividades relacionadas a elas, permite a recuperação neuronal após certos
acidentes. Após lesões do sistema nervoso central (SNC), os axônios podem desenvolver novas ramificações
e estabelecer novos contatos sinápticos, alterando funções e comportamentos. O SNC tenta recuperar suas
funções perdidas ou fortalecer aquelas que se enfraqueceram.
[10] Há pessoas que já têm uma predisposição para certas atividades porque nasceram com a parte do cérebro
responsável mais desenvolvida, mas isso não significa que ele não possa ser treinado para desenvolver
alguma habilidade. “A gente pode estimular isso. Eu costumo falar para os meus pacientes que a atividade
física do cérebro é o aprendizado: aprender uma língua, um instrumento musical e trabalhos manuais. Tudo
isso vai estar reforçando essas vias de aprendizado e estimulando a plasticidade”, diz Raphael Spera, médico
[15] do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Uma vez traçados, esses caminhos neuronais não
são perdidos mesmo após anos em desuso.
O médico ainda cita um caso curioso. Na Inglaterra, a prova para ser taxista incluía decorar o mapa da cidade
em que se iria atuar, assim como saber o nome das ruas. “Fizeram um trabalho com taxistas ingleses de
Londres, mostrando que algumas regiões parietais eram mais espessas. São áreas do cérebro responsáveis
[20] por funções espaciais e de navegação, que é a capacidade de se deslocar no espaço.”
Outro exemplo: durante treinos musicais, uma área grande é estimulada, o que faz com que novos circuitos
sejam explorados e criados, para que um caminho mais eficiente para a realização dessa tarefa seja
descoberto. Por meio de estudos de ressonância magnética funcional e de Imageamento de Tensores de
Difusão (DTI), foi possível constatar que há uma diferença significativa entre a estrutura e as conexões das
[25] áreas do cérebro de músicos e não músicos.
Neurofeedback na psicologia
Na psicologia, há uma área de tratamento que se baseia na neuroplasticidade e é chamada de neurofeedback.
Os cerca de 87 bilhões de neurônios presentes no cérebro produzem, por meio de seus sinais elétricos,
diferentes frequências, ou padrões eletrofisiológicos.
A técnica do neurofeedback consiste em treinar o cérebro para normalizar esses padrões, a partir de
[30] estímulos na faixa de frequência desejada, como tentativa de potencializar o desempenho de dimensões
eletrofisiológicas ou curar sintomas de doenças psicológicas, como a depressão e a ansiedade. Outro aspecto
é o uso do neurofeedback para aumentar as funções normais, como a capacidade cognitiva ou aumento das
capacidades artísticas e da criatividade.
Um exemplo disso é escutar música clássica para estudar, ou então colocar frequências sonoras para
[35] “regular” emoções ou possibilitar entrar em estados de relaxamento, como a frequência 432 Hz, usada
para a meditação. As ondas de frequência são categorizadas em delta, theta, alpha, beta e gama. Cada
uma está relacionada a um estado do encéfalo: frequências baixas, como o delta, são dominantes durante
o sono, coma ou anestesia. Diferente dessa, a frequência theta é observada em estado de baixo nível de
alerta e sonolência.
[40] As ondas alpha de frequência estão relacionadas a uma maior concentração, diz estudo do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT). A pesquisa descobriu que, ao suprimir a frequência cerebral alpha
em um dos hemisférios de seu cérebro, as pessoas conseguiram se concentrar mais em coisas que
apareceram do outro lado no seu campo visual. Ou seja, é possível controlar a atenção manipulando o
uso da frequência alpha.
[45] O neurofeedback atua para condicionar o cérebro a pegar caminhos neuronais diferentes daqueles já
traçados em concordância com alguma doença, melhorando o quadro clínico e o bem-estar do paciente.
A técnica estimula a neuroplasticidade.
Julia Estanislau. Disponível em: https://jornal.usp.br/.
“Após lesões do sistema nervoso central (SNC), os axônios podem desenvolver novas ramificações e estabelecer novos contatos sinápticos, alterando funções e comportamentos. O SNC tenta recuperar suas funções perdidas ou fortalecer aquelas que se enfraqueceram”. (l. 7-9)
No trecho, o conectivo que explicita a relação de sentido da segunda frase com a primeira é:
Questão 5 15227619
USS (Univassouras) Medicina 2025/2CÉREBRO TEM CAPACIDADE DE SER TREINADO PARA MELHORES RESULTADOS
Nosso cérebro é feito de neurônios, de células nervosas, que se comunicam entre si por sinapses elétricas, com
liberação de mediadores neuroquímicos. De acordo com os estímulos recebidos, pode haver um rearranjo
dessas células. Isso quer dizer que quanto mais utilizamos uma área do nosso cérebro, mais desenvolvida
ela se tornará.
[5] A neuroplasticidade, além de proporcionar um melhor desenvolvimento de certas áreas cerebrais,
aumentando o desempenho das atividades relacionadas a elas, permite a recuperação neuronal após certos
acidentes. Após lesões do sistema nervoso central (SNC), os axônios podem desenvolver novas ramificações
e estabelecer novos contatos sinápticos, alterando funções e comportamentos. O SNC tenta recuperar suas
funções perdidas ou fortalecer aquelas que se enfraqueceram.
[10] Há pessoas que já têm uma predisposição para certas atividades porque nasceram com a parte do cérebro
responsável mais desenvolvida, mas isso não significa que ele não possa ser treinado para desenvolver
alguma habilidade. “A gente pode estimular isso. Eu costumo falar para os meus pacientes que a atividade
física do cérebro é o aprendizado: aprender uma língua, um instrumento musical e trabalhos manuais. Tudo
isso vai estar reforçando essas vias de aprendizado e estimulando a plasticidade”, diz Raphael Spera, médico
[15] do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Uma vez traçados, esses caminhos neuronais não
são perdidos mesmo após anos em desuso.
O médico ainda cita um caso curioso. Na Inglaterra, a prova para ser taxista incluía decorar o mapa da cidade
em que se iria atuar, assim como saber o nome das ruas. “Fizeram um trabalho com taxistas ingleses de
Londres, mostrando que algumas regiões parietais eram mais espessas. São áreas do cérebro responsáveis
[20] por funções espaciais e de navegação, que é a capacidade de se deslocar no espaço.”
Outro exemplo: durante treinos musicais, uma área grande é estimulada, o que faz com que novos circuitos
sejam explorados e criados, para que um caminho mais eficiente para a realização dessa tarefa seja
descoberto. Por meio de estudos de ressonância magnética funcional e de Imageamento de Tensores de
Difusão (DTI), foi possível constatar que há uma diferença significativa entre a estrutura e as conexões das
[25] áreas do cérebro de músicos e não músicos.
Neurofeedback na psicologia
Na psicologia, há uma área de tratamento que se baseia na neuroplasticidade e é chamada de neurofeedback.
Os cerca de 87 bilhões de neurônios presentes no cérebro produzem, por meio de seus sinais elétricos,
diferentes frequências, ou padrões eletrofisiológicos.
A técnica do neurofeedback consiste em treinar o cérebro para normalizar esses padrões, a partir de
[30] estímulos na faixa de frequência desejada, como tentativa de potencializar o desempenho de dimensões
eletrofisiológicas ou curar sintomas de doenças psicológicas, como a depressão e a ansiedade. Outro aspecto
é o uso do neurofeedback para aumentar as funções normais, como a capacidade cognitiva ou aumento das
capacidades artísticas e da criatividade.
Um exemplo disso é escutar música clássica para estudar, ou então colocar frequências sonoras para
[35] “regular” emoções ou possibilitar entrar em estados de relaxamento, como a frequência 432 Hz, usada
para a meditação. As ondas de frequência são categorizadas em delta, theta, alpha, beta e gama. Cada
uma está relacionada a um estado do encéfalo: frequências baixas, como o delta, são dominantes durante
o sono, coma ou anestesia. Diferente dessa, a frequência theta é observada em estado de baixo nível de
alerta e sonolência.
[40] As ondas alpha de frequência estão relacionadas a uma maior concentração, diz estudo do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT). A pesquisa descobriu que, ao suprimir a frequência cerebral alpha
em um dos hemisférios de seu cérebro, as pessoas conseguiram se concentrar mais em coisas que
apareceram do outro lado no seu campo visual. Ou seja, é possível controlar a atenção manipulando o
uso da frequência alpha.
[45] O neurofeedback atua para condicionar o cérebro a pegar caminhos neuronais diferentes daqueles já
traçados em concordância com alguma doença, melhorando o quadro clínico e o bem-estar do paciente.
A técnica estimula a neuroplasticidade.
Julia Estanislau. Disponível em: https://jornal.usp.br/.
O teste de habilitação de taxistas de Londres é mencionado na fala de um pesquisador.
Essa menção pretende destacar o seguinte aspecto:
Questão 3 15227609
USS (Univassouras) Medicina 2025/2CÉREBRO TEM CAPACIDADE DE SER TREINADO PARA MELHORES RESULTADOS
Nosso cérebro é feito de neurônios, de células nervosas, que se comunicam entre si por sinapses elétricas, com
liberação de mediadores neuroquímicos. De acordo com os estímulos recebidos, pode haver um rearranjo
dessas células. Isso quer dizer que quanto mais utilizamos uma área do nosso cérebro, mais desenvolvida
ela se tornará.
[5] A neuroplasticidade, além de proporcionar um melhor desenvolvimento de certas áreas cerebrais,
aumentando o desempenho das atividades relacionadas a elas, permite a recuperação neuronal após certos
acidentes. Após lesões do sistema nervoso central (SNC), os axônios podem desenvolver novas ramificações
e estabelecer novos contatos sinápticos, alterando funções e comportamentos. O SNC tenta recuperar suas
funções perdidas ou fortalecer aquelas que se enfraqueceram.
[10] Há pessoas que já têm uma predisposição para certas atividades porque nasceram com a parte do cérebro
responsável mais desenvolvida, mas isso não significa que ele não possa ser treinado para desenvolver
alguma habilidade. “A gente pode estimular isso. Eu costumo falar para os meus pacientes que a atividade
física do cérebro é o aprendizado: aprender uma língua, um instrumento musical e trabalhos manuais. Tudo
isso vai estar reforçando essas vias de aprendizado e estimulando a plasticidade”, diz Raphael Spera, médico
[15] do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Uma vez traçados, esses caminhos neuronais não
são perdidos mesmo após anos em desuso.
O médico ainda cita um caso curioso. Na Inglaterra, a prova para ser taxista incluía decorar o mapa da cidade
em que se iria atuar, assim como saber o nome das ruas. “Fizeram um trabalho com taxistas ingleses de
Londres, mostrando que algumas regiões parietais eram mais espessas. São áreas do cérebro responsáveis
[20] por funções espaciais e de navegação, que é a capacidade de se deslocar no espaço.”
Outro exemplo: durante treinos musicais, uma área grande é estimulada, o que faz com que novos circuitos
sejam explorados e criados, para que um caminho mais eficiente para a realização dessa tarefa seja
descoberto. Por meio de estudos de ressonância magnética funcional e de Imageamento de Tensores de
Difusão (DTI), foi possível constatar que há uma diferença significativa entre a estrutura e as conexões das
[25] áreas do cérebro de músicos e não músicos.
Neurofeedback na psicologia
Na psicologia, há uma área de tratamento que se baseia na neuroplasticidade e é chamada de neurofeedback.
Os cerca de 87 bilhões de neurônios presentes no cérebro produzem, por meio de seus sinais elétricos,
diferentes frequências, ou padrões eletrofisiológicos.
A técnica do neurofeedback consiste em treinar o cérebro para normalizar esses padrões, a partir de
[30] estímulos na faixa de frequência desejada, como tentativa de potencializar o desempenho de dimensões
eletrofisiológicas ou curar sintomas de doenças psicológicas, como a depressão e a ansiedade. Outro aspecto
é o uso do neurofeedback para aumentar as funções normais, como a capacidade cognitiva ou aumento das
capacidades artísticas e da criatividade.
Um exemplo disso é escutar música clássica para estudar, ou então colocar frequências sonoras para
[35] “regular” emoções ou possibilitar entrar em estados de relaxamento, como a frequência 432 Hz, usada
para a meditação. As ondas de frequência são categorizadas em delta, theta, alpha, beta e gama. Cada
uma está relacionada a um estado do encéfalo: frequências baixas, como o delta, são dominantes durante
o sono, coma ou anestesia. Diferente dessa, a frequência theta é observada em estado de baixo nível de
alerta e sonolência.
[40] As ondas alpha de frequência estão relacionadas a uma maior concentração, diz estudo do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT). A pesquisa descobriu que, ao suprimir a frequência cerebral alpha
em um dos hemisférios de seu cérebro, as pessoas conseguiram se concentrar mais em coisas que
apareceram do outro lado no seu campo visual. Ou seja, é possível controlar a atenção manipulando o
uso da frequência alpha.
[45] O neurofeedback atua para condicionar o cérebro a pegar caminhos neuronais diferentes daqueles já
traçados em concordância com alguma doença, melhorando o quadro clínico e o bem-estar do paciente.
A técnica estimula a neuroplasticidade.
Julia Estanislau. Disponível em: https://jornal.usp.br/.
O texto lido se inscreve no gênero popularização científica.
Um mecanismo linguístico comum a esse gênero, presente no texto, é:
06


