Questões de Arte - Linguagens artísticas - Dança -
Eliminarei os movimentos sinuosos, indecisos, os gestos mal definidos, os percursos inúteis. Quero apenas o ritmo e os passos absolutamente indispensáveis. Enriquecerei o meu vocabulário como fazem os poetas. A imobilidade? Serei o primeiro a utilizá-la de uma forma consciente. A estática é o equilíbrio das forças. A imobilidade pode acentuar o sentido da ação, do mesmo modo que o silêncio pode ser mais eficaz que as palavras. A dança, como as demais artes, é expressão da pessoa humana e dos seus pensamentos, deve ir para além das regras recebidas, é extensível até ao infinito.
José Sasportes. Pensar a dança: a reflexão estética de Marllamé a Cocteau. Vila da Maia, Portugal: Imprensa Nacional, Casa da Moeda, 1983, p. 51-52 (com adaptações).
Considerando o fragmento de texto acima, que é parte do diário do bailarino e coreógrafo Vaslav Nijinski (1889-1950), julgue o item a seguir.
Ao longo da história, de modo semelhante ao verificado na ciência, ocorreram quebras de paradigmas nas artes, o que, entretanto, não atingiu o universo específico das artes cênicas.
Dançar a vida não seria, antes de tudo, tomar consciência de que não apenas a vida, mas também o universo é uma dança, e sentir-se penetrado e fecundado por esse fluxo do movimento, do ritmo, do todo? Em cada um de nossos gestos, toda a palpitação do mundo, todas as suas interações estão presentes, refletem-se e repetem-se, concentram-se como em um espelho convergente. Nesse diálogo de movimento entre o nosso ser ínfimo e o todo, é a invisível e incessante vida do todo que respira com nosso alento e pulsa com nosso sangue. Viver é, antes de tudo, participar desse fluxo e dessa pulsação orgânica do mundo que está em nós, desse movimento, desse ritmo, dessa totalidade, porque, mesmo durante nosso sono, vela, em nosso peito, a lei da dupla batida, a da nossa respiração e a do nosso coração. Mas, há um século, a física nos ensina que esta energia se degrada inexoravelmente, que esta vida do universo caminha irreversivelmente para a morte: terá, doravante, o destino definido cientificamente à face da entropia?
Roger Garaudy. Dançar a vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, p.26 (com adaptações).
A partir do texto e da figura acima, julgue o item.
Para um ator, é fundamental produzir emoções a partir do domínio e do manejo do corpo, os quais lhe possibilitam formas de atuação entre a espontaneidade e o controle absoluto.
Dançar a vida não seria, antes de tudo, tomar consciência de que não apenas a vida, mas também o universo é uma dança, e sentir-se penetrado e fecundado por esse fluxo do movimento, do ritmo, do todo? Em cada um de nossos gestos, toda a palpitação do mundo, todas as suas interações estão presentes, refletem-se e repetem-se, concentram-se como em um espelho convergente. Nesse diálogo de movimento entre o nosso ser ínfimo e o todo, é a invisível e incessante vida do todo que respira com nosso alento e pulsa com nosso sangue. Viver é, antes de tudo, participar desse fluxo e dessa pulsação orgânica do mundo que está em nós, desse movimento, desse ritmo, dessa totalidade, porque, mesmo durante nosso sono, vela, em nosso peito, a lei da dupla batida, a da nossa respiração e a do nosso coração. Mas, há um século, a física nos ensina que esta energia se degrada inexoravelmente, que esta vida do universo caminha irreversivelmente para a morte: terá, doravante, o destino definido cientificamente à face da entropia?
Roger Garaudy. Dançar a vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, p.26 (com adaptações).
A partir do texto e da figura acima, julgue o item.
Muitas obras de artistas, como a máscara africana representada na figura, desempenham papel específico em determinados rituais e, nesse caso, o que importa não é a beleza da escultura ou da pintura, mas o atributo da obra de arte de incumbir-se da mágica requerida.
Dançar a vida não seria, antes de tudo, tomar consciência de que não apenas a vida, mas também o universo é uma dança, e sentir-se penetrado e fecundado por esse fluxo do movimento, do ritmo, do todo? Em cada um de nossos gestos, toda a palpitação do mundo, todas as suas interações estão presentes, refletem-se e repetem-se, concentram-se como em um espelho convergente. Nesse diálogo de movimento entre o nosso ser ínfimo e o todo, é a invisível e incessante vida do todo que respira com nosso alento e pulsa com nosso sangue. Viver é, antes de tudo, participar desse fluxo e dessa pulsação orgânica do mundo que está em nós, desse movimento, desse ritmo, dessa totalidade, porque, mesmo durante nosso sono, vela, em nosso peito, a lei da dupla batida, a da nossa respiração e a do nosso coração. Mas, há um século, a física nos ensina que esta energia se degrada inexoravelmente, que esta vida do universo caminha irreversivelmente para a morte: terá, doravante, o destino definido cientificamente à face da entropia?
Roger Garaudy. Dançar a vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, p.26 (com adaptações).
A partir do texto e da figura acima, julgue o item.
Assumindo-se que a dança expressionista prioriza a expressão de sentimentos, é correto afirmar que, ao adotarem essa estética, os bailarinos devem, em suas manifestações cênicas, desconsiderar a interação espacial com o ambiente.
Dançar a vida não seria, antes de tudo, tomar consciência de que não apenas a vida, mas também o universo é uma dança, e sentir-se penetrado e fecundado por esse fluxo do movimento, do ritmo, do todo? Em cada um de nossos gestos, toda a palpitação do mundo, todas as suas interações estão presentes, refletem-se e repetem-se, concentram-se como em um espelho convergente. Nesse diálogo de movimento entre o nosso ser ínfimo e o todo, é a invisível e incessante vida do todo que respira com nosso alento e pulsa com nosso sangue. Viver é, antes de tudo, participar desse fluxo e dessa pulsação orgânica do mundo que está em nós, desse movimento, desse ritmo, dessa totalidade, porque, mesmo durante nosso sono, vela, em nosso peito, a lei da dupla batida, a da nossa respiração e a do nosso coração. Mas, há um século, a física nos ensina que esta energia se degrada inexoravelmente, que esta vida do universo caminha irreversivelmente para a morte: terá, doravante, o destino definido cientificamente à face da entropia?
Roger Garaudy. Dançar a vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, p.26 (com adaptações).
A partir do texto e da figura acima, julgue o item.
A respeito de uma dança funerária em que um mascarado vestido com trajes do defunto representa episódios da vida deste, criticando-o ou elogiando-o, é correto afirmar que o corpo desse ator dançarino é apenas suporte mediador da cerimônia teatral, e a gestualidade desse corpo é principalmente ilustrativa de fatos conhecidos.
Em e fez o homem a sua diferença, há a imersão de todos os participantes nas imagens projetadas durante o espetáculo. O ambiente e os corpos tornam-se anteparos para a projeção, que não é mais subjugada ao espaço retangular de uma tela ao fundo da cena. Algumas imagens, chamadas, no estudo cenográfico, de “janelas de imersão”, são agigantadas tanto pelo tamanho da área de projeção como por aquilo que nela é projetado. Em determinada cena, que trata do universo feminino, a imagem de um lago coberto com folhas é redimensionada nas “janelas de imersão”. Os movimentos oscilatórios da água recoberta de folhas, ou de gotas caindo no lago, ganham importância não apenas pela imagem, mas também pelo tipo de movimentação que exercem. (...) Não há um local ou dançarino específico para ser olhado. Todo o sistema está em funcionamento e cada pessoa tem a liberdade de olhar para o ponto que desejar. É como trabalhar com vários programas no computador ao mesmo tempo, optando-se, a cada instante, por utilizar um deles.
Ivani Santana. Dança na cultura digital. Salvador: Ed. Universidade Federal da Bahia, 2006, p. 154-55 (com adaptações).
Tendo como referências iniciais o texto e a fotografia acima, julgue o item, acerca das linguagens cênicas do teatro e da dança.
No processo de tradução teatral, identificam-se três níveis: o teórico, o do encenador e o do ator.
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