Questões de Sociologia - Cultura - Diversidade Cultural / Antropologia - Identidade
312 Questões
Questão 2 14964829
FCMMG 2025
Disponível em: http://www.arionaurocartuns.com.br/2016/04/charge-discriminacao-da-mulher-trabalho.html. Acesso em: 30 jul. 2024. Acesso em: 16 ago. 2024.
A ideia básica da charge, expressa na imagem de uma sombra, remete para um problema social relacionado a:
Questão 54 14810313
PAS - UFLA 1 Etapa 2025-2027Papai, eu quero ser como a princesa Elsa
Idealização étnica e estética provoca sofrimento em meninas brasileiras
Ivan Martins
Psicanalista, escritor e pai de três filhos
[1] Por alguma razão que escapa ao meu entendimento, meninas são loucas pela princesa Elsa, a personagem
do filme "Frozen" - tão loucas que querem ser iguais a ela. Usam o seu vestido azul, repetem no chuveiro a
música que ela canta no filme -"Livre estou, livre estou!"— e sonham em ter, quando crescerem, os
mesmos cabelos louros platinados.
[5] Só que estamos num país de gente majoritariamente preta e parda, não? Além disso, sabemos que nem
todas as meninas crescerão com o manequim esguio da heroína do desenho - e ainda menos com seu
rostinho de proporções milimetricamente artificiais.
Começa a se esboçar assim, de forma precoce, a idealização étnica e estética que vai causar sofrimento a
tantas meninas brasileiras no futuro: elas gostariam de ser como Elsa, mas tendem a ser mais parecidas
[10] com Moana, a princesa polinésia de outro desenho da Disney.
Historicamente, o tema da aparência e da feminilidade é território das mulheres, coisa que as meninas
resolvem imitando ou rejeitando o modelo da mãe. Mas eu me pergunto, como pai, se nós, homens, não
podemos ter influência positiva sobre a maneira como nossas filhas enxergam a si mesmas, ajudando-as a
construir identidades estéticas menos opressivas.
[15] Em tese, estamos num lugar privilegiado para isso. O pai presente é, depois da mãe, a grande referência
afetiva da menina. É o primeiro homem da vida dela, uma presença carregada de afeição e de autoridade.
Não é infrequente que o pai se constitua num modelo de parceiro a ser buscado pela mulher na vida
adulta. Ele certamente ocupa uma posição de poder em relação ao psiquismo da filha e pode ajudar a
conduzi-lo em diferentes direções.
[20] As meninas têm sobrevivido a esse reducionismo há incontáveis gerações, mas com sofrimento. Crescem
em desvantagem em relação aos meninos, que são julgados pelo conjunto das suas habilidades, não só pela
aparência. Mesmo garotas que se encaixam nos padrões estéticos caem vítimas de ideais inatingíveis de
magreza ou sensualidade, com terríveis consequências.
Talvez os pais desta geração possam ajudar a mudar esse quadro. Seu olhar amoroso e seus incentivos
[25] podem ser voltados à personalidade de suas filhas, sem privilegiar tanto os aspectos físicos. Isso parece
contrário à nossa natureza, mas é apenas oposto à nossa cultura.
Também seria importante que nossas crianças crescessem em meio à diversidade estética, étnica e
comportamental, aprendendo, afetivamente, que não há corpos ou jeitos de ser melhores do que os
outros. As meninas continuariam amando Elsa, mas sem o imperativo impossível de serem iguais a ela.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/06/papai-eu-quero-ser-como-a-princesa-elsa.shtml. Ivan Martins 8.jun.2024
Na sequência: “Talvez os pais desta geração possam ajudar a mudar esse quadro. Seu olhar amoroso e seus incentivos podem ser voltados à personalidade de suas filhas, sem privilegiar tanto os aspectos físicos. Isso parece contrário à nossa natureza, mas é apenas oposto à nossa cultura”.
O pronome “isso”, tem a função de:
Questão 53 14810311
PAS - UFLA 1 Etapa 2025-2027Papai, eu quero ser como a princesa Elsa
Idealização étnica e estética provoca sofrimento em meninas brasileiras
Ivan Martins
Psicanalista, escritor e pai de três filhos
[1] Por alguma razão que escapa ao meu entendimento, meninas são loucas pela princesa Elsa, a personagem
do filme "Frozen" - tão loucas que querem ser iguais a ela. Usam o seu vestido azul, repetem no chuveiro a
música que ela canta no filme -"Livre estou, livre estou!"— e sonham em ter, quando crescerem, os
mesmos cabelos louros platinados.
[5] Só que estamos num país de gente majoritariamente preta e parda, não? Além disso, sabemos que nem
todas as meninas crescerão com o manequim esguio da heroína do desenho - e ainda menos com seu
rostinho de proporções milimetricamente artificiais.
Começa a se esboçar assim, de forma precoce, a idealização étnica e estética que vai causar sofrimento a
tantas meninas brasileiras no futuro: elas gostariam de ser como Elsa, mas tendem a ser mais parecidas
[10] com Moana, a princesa polinésia de outro desenho da Disney.
Historicamente, o tema da aparência e da feminilidade é território das mulheres, coisa que as meninas
resolvem imitando ou rejeitando o modelo da mãe. Mas eu me pergunto, como pai, se nós, homens, não
podemos ter influência positiva sobre a maneira como nossas filhas enxergam a si mesmas, ajudando-as a
construir identidades estéticas menos opressivas.
[15] Em tese, estamos num lugar privilegiado para isso. O pai presente é, depois da mãe, a grande referência
afetiva da menina. É o primeiro homem da vida dela, uma presença carregada de afeição e de autoridade.
Não é infrequente que o pai se constitua num modelo de parceiro a ser buscado pela mulher na vida
adulta. Ele certamente ocupa uma posição de poder em relação ao psiquismo da filha e pode ajudar a
conduzi-lo em diferentes direções.
[20] As meninas têm sobrevivido a esse reducionismo há incontáveis gerações, mas com sofrimento. Crescem
em desvantagem em relação aos meninos, que são julgados pelo conjunto das suas habilidades, não só pela
aparência. Mesmo garotas que se encaixam nos padrões estéticos caem vítimas de ideais inatingíveis de
magreza ou sensualidade, com terríveis consequências.
Talvez os pais desta geração possam ajudar a mudar esse quadro. Seu olhar amoroso e seus incentivos
[25] podem ser voltados à personalidade de suas filhas, sem privilegiar tanto os aspectos físicos. Isso parece
contrário à nossa natureza, mas é apenas oposto à nossa cultura.
Também seria importante que nossas crianças crescessem em meio à diversidade estética, étnica e
comportamental, aprendendo, afetivamente, que não há corpos ou jeitos de ser melhores do que os
outros. As meninas continuariam amando Elsa, mas sem o imperativo impossível de serem iguais a ela.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/06/papai-eu-quero-ser-como-a-princesa-elsa.shtml. Ivan Martins 8.jun.2024
Na sequência linguística “Só que estamos num país de gente majoritariamente preta e parda, não?”, a partícula de negação apresenta a função discursiva de:
Questão 51 14810280
PAS - UFLA 1 Etapa 2025-2027Papai, eu quero ser como a princesa Elsa
Idealização étnica e estética provoca sofrimento em meninas brasileiras
Ivan Martins
Psicanalista, escritor e pai de três filhos
[1] Por alguma razão que escapa ao meu entendimento, meninas são loucas pela princesa Elsa, a personagem
do filme "Frozen" - tão loucas que querem ser iguais a ela. Usam o seu vestido azul, repetem no chuveiro a
música que ela canta no filme -"Livre estou, livre estou!"— e sonham em ter, quando crescerem, os
mesmos cabelos louros platinados.
[5] Só que estamos num país de gente majoritariamente preta e parda, não? Além disso, sabemos que nem
todas as meninas crescerão com o manequim esguio da heroína do desenho - e ainda menos com seu
rostinho de proporções milimetricamente artificiais.
Começa a se esboçar assim, de forma precoce, a idealização étnica e estética que vai causar sofrimento a
tantas meninas brasileiras no futuro: elas gostariam de ser como Elsa, mas tendem a ser mais parecidas
[10] com Moana, a princesa polinésia de outro desenho da Disney.
Historicamente, o tema da aparência e da feminilidade é território das mulheres, coisa que as meninas
resolvem imitando ou rejeitando o modelo da mãe. Mas eu me pergunto, como pai, se nós, homens, não
podemos ter influência positiva sobre a maneira como nossas filhas enxergam a si mesmas, ajudando-as a
construir identidades estéticas menos opressivas.
[15] Em tese, estamos num lugar privilegiado para isso. O pai presente é, depois da mãe, a grande referência
afetiva da menina. É o primeiro homem da vida dela, uma presença carregada de afeição e de autoridade.
Não é infrequente que o pai se constitua num modelo de parceiro a ser buscado pela mulher na vida
adulta. Ele certamente ocupa uma posição de poder em relação ao psiquismo da filha e pode ajudar a
conduzi-lo em diferentes direções.
[20] As meninas têm sobrevivido a esse reducionismo há incontáveis gerações, mas com sofrimento. Crescem
em desvantagem em relação aos meninos, que são julgados pelo conjunto das suas habilidades, não só pela
aparência. Mesmo garotas que se encaixam nos padrões estéticos caem vítimas de ideais inatingíveis de
magreza ou sensualidade, com terríveis consequências.
Talvez os pais desta geração possam ajudar a mudar esse quadro. Seu olhar amoroso e seus incentivos
[25] podem ser voltados à personalidade de suas filhas, sem privilegiar tanto os aspectos físicos. Isso parece
contrário à nossa natureza, mas é apenas oposto à nossa cultura.
Também seria importante que nossas crianças crescessem em meio à diversidade estética, étnica e
comportamental, aprendendo, afetivamente, que não há corpos ou jeitos de ser melhores do que os
outros. As meninas continuariam amando Elsa, mas sem o imperativo impossível de serem iguais a ela.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/06/papai-eu-quero-ser-como-a-princesa-elsa.shtml. Ivan Martins 8.jun.2024
Em relação ao gênero do discurso, a alternativa que caracteriza, fundamentalmente, o texto como um artigo de opinião é:
Questão 27 14774415
UECE Específicas 2 Fase 2 Dia 2025/1Laraia (2006) aponta para o fato de que o ser humano enxerga o mundo a partir do sistema cultural de que faz parte e isto pode ter como consequência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Essa propensão é, por vezes, responsável por casos de conflitos sociais e variadas formas de intolerância. Ainda, trata-se de uma tendência que gera a dicotomia “nós e os outros”, que faz uma projeção de diferenciação excludente, podendo resultar, por exemplo, em manifestações de nacionalismo radical e xenofobia.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 20ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006.
Esta propensão ou tendência é chamada de...
Questão 115 14660439
UECE Específicas 2ª Fase 2° Dia 2025/2Se, antes, as comunidades locais e tradicionais davam o suporte para o sentimento de pertencimento com o lugar, com o local, criando identidades coletivas (identidades socioculturais), agora as novas tecnologias de comunicação e os processos de interconexões globais das sociedades em rede estão revolvendo esse terreno do sentimento de pertencimento. As identidades socioculturais, embasadas no lugar de vivência ou no local de origem, se defrontam com novas identificações que podem estar distantes do espaço físico-geográfico, mas bastante próximas pela rede mundial de computadores, por exemplo. Como consequência, existem redefinições de identidades locais e regionais nesse mundo social em redes e, não contraditoriamente, o reforço local das tradições e necessidades de preservação dessas identidades.
Com base no exposto, assinale a alternativa correta.
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