Questões de Sociologia - Cultura - Diversidade Cultural / Antropologia
854 Questões
Questão 29 15012174
UNEMAT 2025/1Traição, culpa e o direito ao esquecimento
A rede social é um ambiente fértil para o pior das pessoas. Onde se planta chorume, o que nasce é bate-boca, ranço e ansiedade. Para transitar no umbral digital você precisa ter um preparo emocional muito forte, ou então, vai sair de lá pingando ódio, num peculiar estado de esgotamento.
Fiquei impressionada com o poder dos haters na história da Iza (caso você esteja vivendo em Marte ou não se informe por meios virtuais, Iza é a cantora que foi traída pelo namorado, um jogador do Mirassol, aos 6 meses de gravidez). Já tinha visto movimentos parecidos em outros casos de grande comoção feminina nas redes, e não por acaso, com outro jogador de futebol – neste caso um mundialmente famoso com legiões de seguidores fiéis. Quase uma seita.
Iza, ao saber dos prints das conversas bem íntimas do seu boy desaplaudido com uma moça, veio a público e imediatamente disse que não eram mais um casal. Nada de novo sob o sol, se ela não estivesse grávida, um momento delicado e profundamente sensível na vida de qualquer mulher. Imediatamente, as redes sociais foram inundadas de vídeos de apoio a ela. No dia seguinte, os haters viraram a narrativa: disseram que Iza tinha traído o ex-marido com esse cara, e a traição era, portanto, a “lei do retorno”. De Maria Madalena a Geni, a sociedade sempre terá uma pedra na mão para jogar na mulher, mesmo que ela tenha razão. Traída ou traidora, não importa a posição que você ocupe, a culpa sempre será sua, e o castigo agora vem da rede social.
NAUJORKS, Jaqueline. Disponível em: https://primeirapagina.com.br/comportamento/traicao-culpa-e-o-direito-ao-esquecimento/. Acesso: 12 de out. de 2024. (Fragmento adaptado).
No trecho acima, a responsabilidade feminina ocorre na perspectiva de que
Questão 23 15012111
UNEMAT 2025/1A educação inclusiva é uma abordagem educacional que visa garantir o acesso e a permanência de todos os alunos na escola, independentemente de suas características individuais, como deficiências ou transtornos do desenvolvimento. O autismo, por exemplo, é uma condição que envolve diferentes graus de dificuldades de interação social e comunicação, o que muitas vezes requer adaptações no ambiente escolar para que esses estudantes possam aprender em igualdade de condições. Na educação, em todos os níveis, o enfrentamento ao preconceito e à discriminação é crucial para que todos os estudantes, com e sem deficiências, se sintam acolhidos e respeitados. A sociologia nos ajuda a compreender como a escola pode ser tanto um espaço de reprodução de desigualdades como de transformação social. Para isso, é fundamental que a escola promova uma cultura de respeito à diversidade, com práticas que enfrentem estigmas e exclusões que ainda existem em relação aos alunos com autismo. A formação de uma cidadania crítica passa pelo reconhecimento da pluralidade e pela valorização de cada sujeito na sua singularidade.
Fonte: Autor.
Sobre os temas abordados nesse texto, é correto afirmar que
Questão 2 14964829
FCMMG 2025
Disponível em: http://www.arionaurocartuns.com.br/2016/04/charge-discriminacao-da-mulher-trabalho.html. Acesso em: 30 jul. 2024. Acesso em: 16 ago. 2024.
A ideia básica da charge, expressa na imagem de uma sombra, remete para um problema social relacionado a:
Questão 55 14810319
PAS - UFLA 1 Etapa 2025-2027Papai, eu quero ser como a princesa Elsa
Idealização étnica e estética provoca sofrimento em meninas brasileiras
Ivan Martins
Psicanalista, escritor e pai de três filhos
[1] Por alguma razão que escapa ao meu entendimento, meninas são loucas pela princesa Elsa, a personagem
do filme "Frozen" - tão loucas que querem ser iguais a ela. Usam o seu vestido azul, repetem no chuveiro a
música que ela canta no filme -"Livre estou, livre estou!"— e sonham em ter, quando crescerem, os
mesmos cabelos louros platinados.
[5] Só que estamos num país de gente majoritariamente preta e parda, não? Além disso, sabemos que nem
todas as meninas crescerão com o manequim esguio da heroína do desenho - e ainda menos com seu
rostinho de proporções milimetricamente artificiais.
Começa a se esboçar assim, de forma precoce, a idealização étnica e estética que vai causar sofrimento a
tantas meninas brasileiras no futuro: elas gostariam de ser como Elsa, mas tendem a ser mais parecidas
[10] com Moana, a princesa polinésia de outro desenho da Disney.
Historicamente, o tema da aparência e da feminilidade é território das mulheres, coisa que as meninas
resolvem imitando ou rejeitando o modelo da mãe. Mas eu me pergunto, como pai, se nós, homens, não
podemos ter influência positiva sobre a maneira como nossas filhas enxergam a si mesmas, ajudando-as a
construir identidades estéticas menos opressivas.
[15] Em tese, estamos num lugar privilegiado para isso. O pai presente é, depois da mãe, a grande referência
afetiva da menina. É o primeiro homem da vida dela, uma presença carregada de afeição e de autoridade.
Não é infrequente que o pai se constitua num modelo de parceiro a ser buscado pela mulher na vida
adulta. Ele certamente ocupa uma posição de poder em relação ao psiquismo da filha e pode ajudar a
conduzi-lo em diferentes direções.
[20] As meninas têm sobrevivido a esse reducionismo há incontáveis gerações, mas com sofrimento. Crescem
em desvantagem em relação aos meninos, que são julgados pelo conjunto das suas habilidades, não só pela
aparência. Mesmo garotas que se encaixam nos padrões estéticos caem vítimas de ideais inatingíveis de
magreza ou sensualidade, com terríveis consequências.
Talvez os pais desta geração possam ajudar a mudar esse quadro. Seu olhar amoroso e seus incentivos
[25] podem ser voltados à personalidade de suas filhas, sem privilegiar tanto os aspectos físicos. Isso parece
contrário à nossa natureza, mas é apenas oposto à nossa cultura.
Também seria importante que nossas crianças crescessem em meio à diversidade estética, étnica e
comportamental, aprendendo, afetivamente, que não há corpos ou jeitos de ser melhores do que os
outros. As meninas continuariam amando Elsa, mas sem o imperativo impossível de serem iguais a ela.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/06/papai-eu-quero-ser-como-a-princesa-elsa.shtml. Ivan Martins 8.jun.2024
De acordo com o texto, a idealização ética e estética da personagem Elsa provoca sofrimento nas meninas brasileiras – “elas gostariam de ser como Elsa, mas tendem a ser mais parecidas com a Moana, a princesa polinésia de outro desenho da Disney”. Isso se deve ao fato de:
I- O autor considera a diversidade étnica e estética da população brasileira.
II- O autor critica a aparência da princesa Moana, de outro filme da Disney.
III- O autor problematiza a idealização de padrões de beleza valorizados socialmente por grande parte da população brasileira.
IV- O autor atribui às meninas a responsabilidade pelo sofrimento provocado pela constante e inveterada busca pela autoestima.
Marque
Questão 54 14810313
PAS - UFLA 1 Etapa 2025-2027Papai, eu quero ser como a princesa Elsa
Idealização étnica e estética provoca sofrimento em meninas brasileiras
Ivan Martins
Psicanalista, escritor e pai de três filhos
[1] Por alguma razão que escapa ao meu entendimento, meninas são loucas pela princesa Elsa, a personagem
do filme "Frozen" - tão loucas que querem ser iguais a ela. Usam o seu vestido azul, repetem no chuveiro a
música que ela canta no filme -"Livre estou, livre estou!"— e sonham em ter, quando crescerem, os
mesmos cabelos louros platinados.
[5] Só que estamos num país de gente majoritariamente preta e parda, não? Além disso, sabemos que nem
todas as meninas crescerão com o manequim esguio da heroína do desenho - e ainda menos com seu
rostinho de proporções milimetricamente artificiais.
Começa a se esboçar assim, de forma precoce, a idealização étnica e estética que vai causar sofrimento a
tantas meninas brasileiras no futuro: elas gostariam de ser como Elsa, mas tendem a ser mais parecidas
[10] com Moana, a princesa polinésia de outro desenho da Disney.
Historicamente, o tema da aparência e da feminilidade é território das mulheres, coisa que as meninas
resolvem imitando ou rejeitando o modelo da mãe. Mas eu me pergunto, como pai, se nós, homens, não
podemos ter influência positiva sobre a maneira como nossas filhas enxergam a si mesmas, ajudando-as a
construir identidades estéticas menos opressivas.
[15] Em tese, estamos num lugar privilegiado para isso. O pai presente é, depois da mãe, a grande referência
afetiva da menina. É o primeiro homem da vida dela, uma presença carregada de afeição e de autoridade.
Não é infrequente que o pai se constitua num modelo de parceiro a ser buscado pela mulher na vida
adulta. Ele certamente ocupa uma posição de poder em relação ao psiquismo da filha e pode ajudar a
conduzi-lo em diferentes direções.
[20] As meninas têm sobrevivido a esse reducionismo há incontáveis gerações, mas com sofrimento. Crescem
em desvantagem em relação aos meninos, que são julgados pelo conjunto das suas habilidades, não só pela
aparência. Mesmo garotas que se encaixam nos padrões estéticos caem vítimas de ideais inatingíveis de
magreza ou sensualidade, com terríveis consequências.
Talvez os pais desta geração possam ajudar a mudar esse quadro. Seu olhar amoroso e seus incentivos
[25] podem ser voltados à personalidade de suas filhas, sem privilegiar tanto os aspectos físicos. Isso parece
contrário à nossa natureza, mas é apenas oposto à nossa cultura.
Também seria importante que nossas crianças crescessem em meio à diversidade estética, étnica e
comportamental, aprendendo, afetivamente, que não há corpos ou jeitos de ser melhores do que os
outros. As meninas continuariam amando Elsa, mas sem o imperativo impossível de serem iguais a ela.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/06/papai-eu-quero-ser-como-a-princesa-elsa.shtml. Ivan Martins 8.jun.2024
Na sequência: “Talvez os pais desta geração possam ajudar a mudar esse quadro. Seu olhar amoroso e seus incentivos podem ser voltados à personalidade de suas filhas, sem privilegiar tanto os aspectos físicos. Isso parece contrário à nossa natureza, mas é apenas oposto à nossa cultura”.
O pronome “isso”, tem a função de:
Questão 53 14810311
PAS - UFLA 1 Etapa 2025-2027Papai, eu quero ser como a princesa Elsa
Idealização étnica e estética provoca sofrimento em meninas brasileiras
Ivan Martins
Psicanalista, escritor e pai de três filhos
[1] Por alguma razão que escapa ao meu entendimento, meninas são loucas pela princesa Elsa, a personagem
do filme "Frozen" - tão loucas que querem ser iguais a ela. Usam o seu vestido azul, repetem no chuveiro a
música que ela canta no filme -"Livre estou, livre estou!"— e sonham em ter, quando crescerem, os
mesmos cabelos louros platinados.
[5] Só que estamos num país de gente majoritariamente preta e parda, não? Além disso, sabemos que nem
todas as meninas crescerão com o manequim esguio da heroína do desenho - e ainda menos com seu
rostinho de proporções milimetricamente artificiais.
Começa a se esboçar assim, de forma precoce, a idealização étnica e estética que vai causar sofrimento a
tantas meninas brasileiras no futuro: elas gostariam de ser como Elsa, mas tendem a ser mais parecidas
[10] com Moana, a princesa polinésia de outro desenho da Disney.
Historicamente, o tema da aparência e da feminilidade é território das mulheres, coisa que as meninas
resolvem imitando ou rejeitando o modelo da mãe. Mas eu me pergunto, como pai, se nós, homens, não
podemos ter influência positiva sobre a maneira como nossas filhas enxergam a si mesmas, ajudando-as a
construir identidades estéticas menos opressivas.
[15] Em tese, estamos num lugar privilegiado para isso. O pai presente é, depois da mãe, a grande referência
afetiva da menina. É o primeiro homem da vida dela, uma presença carregada de afeição e de autoridade.
Não é infrequente que o pai se constitua num modelo de parceiro a ser buscado pela mulher na vida
adulta. Ele certamente ocupa uma posição de poder em relação ao psiquismo da filha e pode ajudar a
conduzi-lo em diferentes direções.
[20] As meninas têm sobrevivido a esse reducionismo há incontáveis gerações, mas com sofrimento. Crescem
em desvantagem em relação aos meninos, que são julgados pelo conjunto das suas habilidades, não só pela
aparência. Mesmo garotas que se encaixam nos padrões estéticos caem vítimas de ideais inatingíveis de
magreza ou sensualidade, com terríveis consequências.
Talvez os pais desta geração possam ajudar a mudar esse quadro. Seu olhar amoroso e seus incentivos
[25] podem ser voltados à personalidade de suas filhas, sem privilegiar tanto os aspectos físicos. Isso parece
contrário à nossa natureza, mas é apenas oposto à nossa cultura.
Também seria importante que nossas crianças crescessem em meio à diversidade estética, étnica e
comportamental, aprendendo, afetivamente, que não há corpos ou jeitos de ser melhores do que os
outros. As meninas continuariam amando Elsa, mas sem o imperativo impossível de serem iguais a ela.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/06/papai-eu-quero-ser-como-a-princesa-elsa.shtml. Ivan Martins 8.jun.2024
Na sequência linguística “Só que estamos num país de gente majoritariamente preta e parda, não?”, a partícula de negação apresenta a função discursiva de:
06


