Questões de Sociologia - Trabalho e Estratificação Social
O fordismo-taylorismo, enquanto sistema de produção e de administração identificado no século XX, foi o ápice de um processo em que o trabalho humano pode ser reduzido a um conjunto de gestos simples, observáveis, previsíveis e repetitivos que permitiram em muitos casos a sua realização por máquinas. Essa percepção fez com que se difundisse a crença e, muitas vezes o temor, de que o ser humano fosse substituído por robôs.
Assinale a alternativa que denomina o processo de substituição por máquinas do trabalho do ser humano, incluindo as diversas habilidades, no âmbito da produção:
Para o historiador estadunidense Frederick Cooper, “o comércio de escravos significou diferentes coisas para diferentes parceiros” (COOPER, 2001).
(I) Para os impérios ultramarinos foi o meio pelo qual se concentraram capitais e mão-de-obra necessários para seu desenvolvimento.
(II) Para os povos originários do Novo Mundo, criou oportunidades singulares de contato étnico e cultural amplamente positivos em todos os aspectos.
(III) Para os escravizados, estabeleceu melhores condições de vida e trabalho em mercados maiores e mais dinâmicos como a Europa e os Estados Unidos.
(IV) Para os dirigentes africanos significou a possibilidade de obtenção de recursos e bens de elevado potencial redistributivo com os quais poderiam conquistar mais aliados e vassalos.
(V) Para os homens e mulheres submetidos ao sistema escravagista, significou a violência, o trabalho extenuante e a morte precoce ou antecipada.
Assinale a alternativa correta
Mesmo com o avanço da remuneração média em 2022, a desigualdade de renda aumentou nas regiões metropolitanas do Brasil. É o que mostra a 12ª edição do boletim “Desigualdade nas Metrópoles”. De acordo com o estudo que considera a realidade de três grupos de renda – 40% mais pobres, 50% intermediários e 10% mais ricos –, os mais ricos encerraram 2022 ganhando 31 vezes o salário dos mais pobres nas regiões metropolitanas do país.
Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/04/13/ aumento-da-desigualdade-10percent-mais-ricos-ganham-31-vezes-o-salario-dos-mais-pobres-nasregioes-metropolitanas-diz-estudo.ghtml. (Adaptado)
Sobre a desigualdade socioeconômica no Brasil, assinale a alternativa INCORRETA.
Leia o trecho a seguir.
O processo de trabalho na indústria da carne é historicamente apontado como uma das mais insalubres experiências da produção humana. Esta constatação se estabelece bem antes do advento dos frigoríficos, nos primórdios da indústria de carnes. O exemplo mais evidente é o das charqueadas, instaladas na região sul do Brasil desde o fim do século XVIII, que eram conhecidas tanto pelas condições extremamente difíceis de labuta para seus trabalhadores escravizados quanto pela importância econômica. [...] Entre fins do século XIX e início do século XX, a produção de charque nas repúblicas do Prata e também no sul do Brasil sofreu uma grande transformação tecnológica com a implantação dos frigoríficos e a adoção de um processo muito mais eficaz de conservação das carnes, através do resfriamento. [...] Se o processamento da carne já era insalubre no modelo das charqueadas, pelo próprio manejo da carne, o processo de trabalho dos frigoríficos acrescentou ao setor não apenas a modernização tecnológica, mas também a administração programada dos tempos e movimentos dos trabalhadores. [...] Essa situação altamente insalubre foi fortemente agravada pela eclosão da pandemia de Covid-19 em 2020. Enquadrados como serviços essenciais, por se tratar da indústria de alimentação, os frigoríficos não foram afetados pelos decretos de distanciamento social. De fato, com o aumento da demanda mundial por alimentos, a produção acelerou-se, especialmente no primeiro ano da pandemia.
GONTARSKI SPERANZA, C. Pandemia, trabalho em frigoríficos e cultura de direitos. Revista Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 15, p. 1-16, 2023.
O texto perpassa, a partir da produção de carnes, diferentes fases da produção industrial (do século XVIII ao XXI).
Considerando o texto, as chamadas fases da revolução industrial e o mundo globalizado duramente afetado pela pandemia de Covid-19 na atualidade, assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir.
“Neste 11 de fevereiro, as Nações Unidas assinalam o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Neste 2023, a reflexão destaca o papel das mulheres e meninas em relação às metas globais. Em mensagem, o secretário-geral da ONU sublinha que todos podem fazer sua parte para liberar o enorme talento inexplorado no mundo. António Guterres defende que o ponto de partida para esse propósito é encher as salas de aula, os laboratórios e as salas de reuniões com mulheres cientistas. O líder das Nações Unidas lembra que as mulheres representam menos de um terço da força de trabalho na ciência, na tecnologia, na engenharia e na matemática, e ainda menos em áreas de vanguarda. E apenas uma em cada cinco trabalha com inteligência artificial.”
Observe a figura.
Fonte: Mulheres e Meninas na Ciência trazem ainda mais resultados, diz ONU. ONU News. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2023/02/1809607. Acesso em: 21 jun. 2023. (Adaptado).
De acordo com as Ciências Sociais e com as informações contidas no texto e na figura, considere as seguintes afirmativas sobre as desigualdades de gênero.
I → Justificam-se pelas diferenças biológicas entre homens e mulheres, evidenciadas na estrutura genética e na conformação cerebral de cada um dos sexos, o que naturalmente distingue o masculino como hierarquicamente superior ao feminino.
II → Resultam de estereótipos de gênero que, com base em generalizações e ideias superficiais, historicamente vêm determinando os papéis sociais a serem desempenhados pelos homens e pelas mulheres.
III → Refletem comportamentos de desconfiança, aversão, medo e profunda antipatia às mulheres, típicos do que sociologicamente chamamos de xenofobia.
Está(ão) correta(s)
Consumidores de baixa renda preferem fazer compras em ambientes com publico da mesma classe social, para não serem discriminados, mesmo que para isso paguem mais pelos produtos, segundo estudo da lêseg School of Management-“Paris, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Os pesquisadores chamam o fenômeno de “pedágio social” ou “Imposto do gueto”, entendido como o custo da pobreza, que leva pessoas de baixa renda a pagarem mais por produtos e serviços.
(Lucianne Carneiro. “Pedágio sociaf faz brasileiro pagar mais” Valor Econômico. 15.09 2022. Adaptado.)
O estudo mostra que