Questões de Sociologia - Teoria Sociológica - Émile Durkheim
Leia o fragmento retirado do conto Ayoluwa, a alegria do nosso povo, de Conceição Evaristo.
Cada dia era sem quê nem porquê. E nós ali amolecidos, sem sustância alguma para aprumar o nosso corpo. Repito: tudo era uma pitimba só. Escassez de tudo. Até a natureza minguava e nos confundia. Ora aparecia um sol desensolarado e que mais se assemelhava a uma bola murcha, lá no nascente. Um frio interior nos possuía então, e nós mal enfrentávamos o dia sob a nula ação da estrela desfeita. Ora gotejava uma chuva de pinguitos tão ralos e escassos que mal molhava as pontas de nossos dedos. E então deu de faltar tudo: mãos para o trabalho, alimentos, água, matéria para os nossos pensamentos e sonhos, palavras para as nossas bocas, cantos para as nossas vozes, movimento, dança, desejos para os nossos corpos. Os mais velhos, acumulados de tanto sofrimento, olhavam para trás e do passado nada reconheciam no presente. Suas lutas, seu fazer e saber, tudo parecia ter se perdido no tempo. O que fizeram, então? Deram de clamar pela morte. E a todo instante eles partiam. E, com a tristeza da falta de lugar em um mundo em que eles não se reconheciam e nem reconheciam mais, muitos se foram.[...]
As velhas mulheres também. Elas, que sempre inventavam formas de enfrentar e vencer a dor, não acreditavam mais na eficácia delas próprias. Como os homens, deslembravam a potência que se achava resguardada partir de suas denominações. E pediam veementemente à vida que esquecesse delas e que as deixasse partir.
E até eles, os moços, começaram a se encafuar dentro deles mesmos, a se tornarem infelizes. Puseram-se a matar uns aos outros, e a tentarem contra a própria vida, bebendo líquidos maléficos ou aspirando um tipo de areia fininha que em poucos dias acumulava e endurecia dentro de seus pulmões. Ou então se deixavam morrer aos poucos, cada dia um pouquinho, descrentes que pudesse existir outra vida senão aquela, para viverem.
EVARISTO, Conceição. Ayoluwa. Rio de Janeiro: Pallas: Fundação Biblioteca Nacional,.
Ao analisar os fatos narrados na perspectiva de Émile Durkheim, pode-se afirmar que aquela comunidade vivenciava
Em um estudo de pesquisa sociológica dos mais importantes na história das Ciências Sociais, Émile Durkheim analisou os índices de suicídio em diferentes segmentos da população na Europa do século XIX. Para ele, a soma total de suicídios em uma dada sociedade e em dado período de tempo é um fato social ou um fenômeno sociológico, e não psicológico. De outra forma, existem causas sociais para esse trágico ato humano, e tais causas estão, assim, na sociedade, e não no indivíduo. Durkheim, nesse estudo, demonstrou que o envolvimento dos indivíduos nos meios sociais a que pertencem ou o nível de integração moral em que estão com a sociedade afeta a variação desse índice. No mundo moderno, Durkheim classificou dois tipos de suicídio mais comuns: o Egoísta e o Anômico. O primeiro se caracteriza pelo isolamento social dos indivíduos, e o segundo, pela crescente ausência de referências morais para as pessoas.
Acerca das causas sociológicas que contribuem para a manutenção da taxa de suicídios, é correto afirmar que
A Sociologia é uma ciência que surgiu a partir da necessidade de compreender as questões sociais no processo de passagem da sociedade feudal para a sociedade capitalista. Neste processo, diversos pensadores desenvolveram ideias que foram se desdobrando até que no século XIX a Sociologia se consolidou como ciência. Dois dos autores clássicos da Sociologia são considerados os principais responsáveis pela institucionalização desta ciência em seus países, ao estabelecerem um objeto de estudo próprio, ou seja, um tema de estudos que particularizava a Sociologia em relação às demais ciências existentes na época.
Esses pensadores, seus países e o objeto de estudos próprio da Sociologia foram respectivamente:
Acerca da relação entre indivíduo e sociedade, assinale o que for correto.
01) Para Norbert Elias não há dicotomia entre indivíduo e sociedade.
02) Sobre a discussão da relação entre indivíduo e sociedade a sociologia elaborou três matrizes consideradas clássicas: durkheimiana, marxista e weberiana.
04) O modelo clássico durkheimiano de análise da relação entre indivíduo e sociedade propõe que a sociedade determina os indivíduos.
08) Para Max Weber a sociedade é compreendida como resultado da ação social dos indivíduos.
16) Karl Marx dispensou a compreensão dos elementos materiais e históricos que ligam o indivíduo à sociedade para analisar essa relação.
Para Durkheim (1989), partindo das religiões mais elementares, como o totemismo australiano, às mais complexas, como o cristianismo, em essência, todas possuem a função de reforçar os laços sociais e, assim, proporcionar coesão aos grupos ou às sociedades. E, para isto, todas religiões separam ou dividem o mundo entre o que é sagrado e o que é profano. Os rituais e as cerimônias de uma comunidade religiosa reafirmam, aos seus membros, o que é sagrado e, assim, tudo aquilo e todos aqueles que merecem reverência, devoção, fé e respeito incondicionais. O profano, diferentemente, é toda atividade da vida cotidiana e que não esteja relacionada com os rituais e símbolos que dão sentido para a comunidade de fé.
DURKHEIM, Émile. Formas elementares de vida religiosa: o sistema totêmico na Austrália. São Paulo: Ed. Paulinas, 1989.
Considerando o pensamento de Durkheim sobre religião, assinale a proposição verdadeira.
Karl Marx (1818-1883), Émile Durkheim (1858-1917) e Max Weber (1864-1920) são considerados os três autores clássicos da Sociologia. Essa ciência foi consolidada no século XIX tendo esses autores desenvolvido ideias e conceitos fundamentais para essa forma de conhecimento. Cada um deles expressou concepções distintas que estabeleceram as bases das principais escolas sociológicas desenvolvidas posteriormente.
Segundo Marx, a sociedade
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