Questões de Sociologia - Poder, Estado e Política - Globalização
72 Questões
Questão 118 14660454
UECE Específicas 2ª Fase 2° Dia 2025/2Para Bauman (2008), as oportunidades de ter ou sentir medo estão atualmente entre as poucas coisas que não estão em falta neste mundo líquido-moderno, altamente carente em matéria de certezas, seguranças e proteções. Os medos são muitos e variados: do terrorismo, da violência urbana, do desemprego, de empregos ruins, de desastres naturais, do trânsito, de maus relacionamentos, de doenças. Esses medos se tornam aterradores quando não se podem prevê-los e bem piores pelo sentimento de impotência diante deles. A árdua missão, alerta Bauman, é a de encontrarmos mecanismos ou meios de colocar tais medos fora de ação ou de torná-los inofensivos.
BAUMAN, Zygmunt. Medo líquido. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008.
De acordo com o exposto, é correto afirmar que
Questão 115 14660439
UECE Específicas 2ª Fase 2° Dia 2025/2Se, antes, as comunidades locais e tradicionais davam o suporte para o sentimento de pertencimento com o lugar, com o local, criando identidades coletivas (identidades socioculturais), agora as novas tecnologias de comunicação e os processos de interconexões globais das sociedades em rede estão revolvendo esse terreno do sentimento de pertencimento. As identidades socioculturais, embasadas no lugar de vivência ou no local de origem, se defrontam com novas identificações que podem estar distantes do espaço físico-geográfico, mas bastante próximas pela rede mundial de computadores, por exemplo. Como consequência, existem redefinições de identidades locais e regionais nesse mundo social em redes e, não contraditoriamente, o reforço local das tradições e necessidades de preservação dessas identidades.
Com base no exposto, assinale a alternativa correta.
Questão 29 14554842
Unioeste Tarde 2025Existem muitas teorias a respeito da globalização e seus impactos na política, na economia, na sociedade, na cultura, na vida de cada pessoa. O sociólogo brasileiro Octávio Ianni escreveu alguns livros a respeito do tema e afirma que:
Ocorre que o globo não é mais exclusivamente um conglomerado de nações, sociedades nacionais, Estados-nações, em suas relações de interdependência, dependência, colonialismo, imperialismo, bilateralismo, multilateralismo. Ao mesmo tempo, o centro do mundo não é mais voltado só ao indivíduo, tomado singular e coletivamente como povo, classe, grupo, minoria, maioria, opinião pública. Ainda que a nação e o indivíduo continuem a ser muito reais, inquestionáveis e presentes todo o tempo, em todo lugar, povoando a reflexão e a imaginação, ainda assim já não são “hegemônicos”. Foram subsumidos, real ou formalmente, pela sociedade global, pelas configurações e movimentos da globalização. A Terra mundializou-se de tal maneira que o globo deixou de ser uma figura astronômica para adquirir mais plenamente sua significação histórica.
IANNI, Octávio. Teorias da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, p. 13.
A respeito da globalização, assinale a alternativa CORRETA.
Questão 12 14290166
FUVEST (USP) Conhecimento Gerais 2025/1Texto 1
“Em Big Tech: a ascensão dos dados e a morte da política, Morozov estabelece ‘um paralelo com os setores extrativistas de recursos naturais, como o petróleo’, colocando ‘no centro da discussão o modo de produção dessa economia, que ele chama de ‘extrativismo de dados’. Apesar de a frase ‘os dados são o novo petróleo’ ser um chavão fraco em termos conceituais, Morozov acha o modismo útil para debatermos a matriz extrativista desse modo de produção, em especial a forma como as grandes empresas de tecnologia ‘continuam escavando a nossa psique tal como as empresas de petróleo escavam o solo’.”
ZANATTA, Rafael. “Extrativismo Digital”. Quatro Cinco Um, 01/04/2019. Disponível em: https://quatrocincoum.com.br/resenhas/ (Adaptado).
Texto 2
“Colonialismo de dados é um modo de configurar o mundo inteiro, de tal forma que um recurso novo possa ser extraído – e esse recurso é a vida humana a partir da qual se pode extrair um valor econômico. Sustentamos que os modos nos quais este novo colonialismo opera, as escalas nas quais opera diferem do colonialismo histórico que tão bem entendemos. Mas a função, a finalidade subjacente, o núcleo deste novo colonialismo é exatamente o mesmo do colonialismo histórico. É o de despossuir, apropriar-se dos recursos do mundo para o bem de uns poucos, de uma parte do mundo.”
COULDRY, Nick. Colonialismo de Dados e Esvaziamento da Vida Social Antes e Pós Pandemia de Covid-19. In: Homo Digitalis. A Escalada da Algoritmização da Vida em Tempos de Pandemia. Anais do XIX Simpósio Internacional Instituto Humanitas Unisinos (Adaptado).
Considerando os excertos apresentados, é correto afirmar que extrativismo de dados e colonialismo de dados são conceitos desenvolvidos por Morozov e Couldry para nomear e descrever fenômenos
Questão 95 14255581
UNICENTRO Vestibular 2025Leia a charge e o texto a seguir.

(Disponível em: https://www.brasil247.com/charges/as-enchentes-no-rs-e-o-estado-minimo. Acesso em: 20 ago. 2024.)
O mundo está em perigo e a globalização tem uma parte de responsabilidade, de acordo com o sociólogo britânico Anthony Giddens. Ele acredita que a modernidade produziu um "mundo desembestado", no qual governos e indivíduos enfrentam riscos globais, como a mudança climática. Uma de suas contribuições para essa importante área é oferecer uma explicação sociológica de por que governos e pessoas relutam em tomar medidas imediatas para lidar com as causas do aquecimento global. Essa globalização da modernidade e suas consequências marcam um novo estágio da civilização humana, o qual Giddens chama de "modernidade tardia". Ele usa a analogia de "dirigir uma jamanta" para ilustrar como o mundo moderno parece estar "fora de controle" e difícil de dirigir. Se a vida na modernidade tardia é, às vezes, "gratificante" e "animadora", as pessoas têm que se defrontar com novas incertezas depositando confiança em sistemas abstratos e gerenciando novos desafios e riscos.
(Adaptado de: THORPE, C. et al A mudança climática é uma questão de baixa prioridade. Anthony Giddens. In: THORPE, C. et al O Livro da Sociologia. São Paulo: GloboLivros, 2016. p.148.)
Com base no papel do Estado diante das mudanças climáticas na era da modernidade tardia, como ilustrado pela charge e debatido pelo texto, considere as afirmativas a seguir.
I. O Estado deve adotar uma postura de abstenção, permitindo que o mercado e as forças econômicas solucionem os problemas ambientais de forma autônoma.
II. O Estado deve implementar políticas públicas eficazes e regulamentos ambientais rigorosos para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
III. O Estado deve promover a conscientização pública e incentivar a participação dos cidadãos na adoção de práticas sustentáveis e na mitigação dos impactos ambientais.
IV. O Estado deve cooperar com outras nações e organizações internacionais para desenvolver soluções globais e coordenadas no combate às mudanças climáticas.
Assinale a alternativa correta.
Questão 57 14045635
UnB Conhecimentos Gerais 2024/2A sociedade de risco é uma sociedade que se preocupa cada vez mais com o futuro e a segurança do mundo como um todo, implicando a busca da ampliação de resultados com políticas neoliberais, através dos blocos econômicos, e o uso intenso de tecnologia. A globalização na sociedade de risco é marcada pelo excesso de consumo, com aumento do uso de matéria-prima, cuja produção tem refletido no aquecimento global, trazendo não só consequências ambientais como também as crises que desencadeiam o deslocamento forçado, a exemplo das ocorridas na Síria, Afeganistão, Haiti, Venezuela e Ucrânia, o que demonstra a importância capital do estudo acerca da proteção social das pessoas em situação de refúgio e o reconhecimento de seus direitos.
Vera Maria Corrêa Queiroz e Miguel Horvath Junior. A globalização na sociedade de risco e os deslocamentos forçados: impactos e consequências. VII Congresso Internacional de Direitos Humanos de Coimbra, v. 7 n.º 1, 2022 (com adaptações).
A partir do texto precedente, assinale a opção correta no próximo item, que é do tipo C.
A doutrina socioeconômica conhecida como neoliberalismo
06


