Questões de Sociologia - Movimentos Sociais - Movimentos negros
85 Questões
Questão 31 14774427
UECE Específicas 2 Fase 2 Dia 2025/1No ano de 1949, o cientista social brasileiro Arthur Ramos assumiu o departamento de Ciências Socais das Organizações das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e propôs um programa de estudos sobre as relações raciais no Brasil (Machado, 2016). A partir de então, entre as décadas de 1950 e 1970, uma série de estudos científicos foram produzidos sobre esse tema e a UNESCO demonstrou que, de modo geral, no Brasil, os negros e mestiços continuavam a ser discriminados, tinham menos oportunidades de trabalho e condições de vida inferiores aos das pessoas brancas. Além disso, identificou-se que, diferente de outras sociedades, no Brasil, o preconceito racial manifesta-se com base “na cor”, e não “na origem”, como no sistema racial dos EUA, que basta ter um ascendente negro, para que se considere a pessoa negra.
MACHADO, Igor José de Renó. Sociologia Hoje. 2a ed. São Paulo: Ática, 2016.
Considerando o enunciado acima apresentado, é correto afirmar que
Questão 21 14649609
UECE Específicas 2ª Fase 1° Dia 2025/2Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
O Rappa
[1] Tudo começou quando a gente conversava
Naquela esquina ali
De frente àquela praça
Veio os homens
[5] E nos pararam
Documento por favor
Então a gente apresentou
Mas eles não paravam
Qual é negão? Qual é negão?
[10] O que que tá pegando?
Qual é negão? Qual é negão?
É mole de ver
Que em qualquer dura
O tempo passa mais lento pro negão
[15] Quem segurava com força a chibata
Agora usa farda
Engatilha a macaca
Escolhe sempre o primeiro
Negro pra passar na revista
[20] Pra passar na revista
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
É mole de ver
Que para o negro
[25] Mesmo a AIDS possui hierarquia
Na África a doença corre solta
E a imprensa mundial
Dispensa poucas linhas
Comparado, comparado
[30] Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
Comparado, comparado
Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
[35] Ou das colunas sociais
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
O RAPPA. Todo camburão tem um pouco de navio negreiro. In: O Rappa. Rio de Janeiro: Warner Music, 1994. Disponível em: https://open.spotify.com/intl-pt/track/3csVVy81hO5HeGLSNgb7P7. Acesso em: 1º maio 2025.
Com base no texto, a relação entre os personagens ocorre para
Questão 72 14645570
UECE 1ª Fase 2025/2“O racismo, enquanto pseudociência, busca legitimar a produção de privilégios simbólicos e materiais para a supremacia branca que o engendrou. São esses privilégios que determinam a permanência e a reprodução do racismo enquanto instrumento de dominação, exploração e, mais contemporaneamente, de exclusão social em detrimento de toda evidência científica que invalida qualquer sustentação para o conceito de raça.”
CARNEIRO, Sueli. Dispositivo de racialidade: a construção do outro como não ser como fundamento do ser. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 2023. (Adaptado).
Sobre a citação anterior, é correto afirmar que
Questão 7 14433802
UFT Manhã 2025/1Leia o texto para responder as questão.
Mudanças na Lei de Cotas são bem-vindas, o que reforça seu sucesso
Alterações aprovadas no Senado e que devem ser sancionadas por Lula foram elogiadas por Luiz Augusto de Campos, professor da UERJ, que enaltece novo teto socioeconômico e inclusão dos programas de pós-graduação. O Senado aprovou nesta semana o projeto de lei com mudanças na Lei de Cotas. A proposta, que ainda precisa da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, traz modificações na legislação que visa ampliar o acesso de pessoas pretas, indígenas e com deficiência ao ensino superior.
Entre as mudanças previstas estão a inclusão de quilombolas, que terão direito às vagas na mesma proporção da população que ocupam no respectivo estado. A lei atual estipula esse direito a autodeclarados pretos, pardos e indígenas.
Houve alteração também no recorte socioeconômico, com a limitação de benefício para candidatos que em famílias com renda de até um salário-mínimo por pessoa, atualmente R$ 1.320 e não mais 1,5 salário-mínimo.
O novo texto estipula ainda que os candidatos cotistas também vão concorrer às vagas de ampla concorrência. Eles só entrarão nas vagas reservadas caso não alcancem a média entre os demais estudantes. Isso faz com que a chance de novos alunos cotistas entrarem nas universidades seja ainda maior, dizem especialistas.
A Lei de Cotas foi sancionada em 2012 e sua reavaliação deveria ter acontecido no ano de 2022. Os defensores da proposta, no entanto, foram ao Congresso salientar que a legislação poderia sofrer retrocessos em um ano marcado pela disputa eleitoral e a polarização política.
A atualização da lei estabelece ainda relatórios anuais elaborados pelo Ministério da Educação sobre a efetividade do projeto, como dados sobre acesso, permanência e conclusão dos alunos, assim como avaliações a cada 10 anos, e não mais revisões como prega o texto atual.
Fonte: HENRIQUE, Guilherme. Mudanças na Lei de Cotas são bem-vindas, o que reforça seu sucesso. Uol. Notícias. 28/10/2023. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/deutschewelle/2023/10/28/mudancas na-lei-de-cotas-sao-bem-vindas-o-que-reforca-seu-sucesso.htm. Acesso em: 23 ago. 2024. (Adaptado).
Assinale a alternativa CORRETA que indica os motivos pelos quais a reavaliação da Lei de Cotas, prevista para 2022, não foi realizada.
Questão 3 14433663
UFT Manhã 2025/1Leia o texto para responder a questão.
Como funciona o sistema de cotas pelo mundo?
EUA, Índia, Canadá e África do Sul possuem políticas muito diferentes das ações brasileiras e não se baseiam somente na etnia.
O Brasil sancionou sua primeira política nacional de cotas apenas em 2012, com a Lei 12.711. A adoção dessa política representa um importante modelo para outros países, que possuem sistemas diferentes, adaptados à cultura regional. Em maio deste ano (2024), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou o Projeto de Lei (PL) 1.958, que prorroga por mais 10 anos a política de cotas raciais para concursos públicos e processos seletivos para a administração pública federal, direta e indireta, incluindo fundações privadas e autarquias.
[...]
Um exemplo é a Índia, que adotou a política de cotas pela primeira vez na década de 1950, para promover ações afirmativas que integrassem a população tradicionalmente excluída nos sistemas educativos, na administração pública e nos cargos políticos. O antigo sistema de castas indiano fazia distinção entre as pessoas com base na origem da família, criando um aparato social de forte exclusão das populações pertencentes à casta mais baixa ou que não possuíssem casta.
Nos EUA, as cotas não se tornaram parte da constituição, como foi feito na Índia. No entanto, desde 1961, sob influência de Martin Luther King Jr., as políticas passaram a ser implementadas, através de empregos para a população negra, criadas pelo governo de J. F. Kennedy.
Outros países também adotaram políticas de cotas para incluir as populações vulneráveis e excluídas na educação, no serviço público e em sistemas políticos. No Canadá, por exemplo, as políticas afirmativas foram adotadas em 1986 e aprimoradas em 1995, promovendo a inclusão no mercado de trabalho para mulheres, indígenas, deficientes, esquimós e não brancos. Na Malásia, as ações afirmativas existem desde 1970 e reduziram a pobreza de 52% para 8,1% em 1999.
Já na África do Sul, as cotas foram implementadas para diminuir os efeitos do apartheid, adotadas desde 1993. A política visa financiamento especial e criação de metas em setores público e privados para pessoas com deficiência, negros e mulheres, além da reserva de vagas nas universidades públicas e privadas. Outros países, como a Austrália – com cotas para os aborígenes – e a Colômbia, também adotam diferentes sistemas para incluir as populações vulneráveis e excluídas.
[...]
No Brasil, ONGs, intelectuais e juristas defendem a necessidade das cotas sociais e raciais para solucionar os problemas de desigualdade no país. Eles argumentam que a exclusão social e o racismo estrutural levam a uma necessidade de implantar medidas que promovam a igualdade, reconhecendo que primeiro é preciso estabelecer um sistema de equidade. Isso significa criar ações afirmativas que efetivamente incluam as pessoas excluídas na sociedade, após anos de discriminação resultante da escravização e do racismo estrutural.
Fonte: NUNES, Caroline. Como funciona o sistema de cotas pelo mundo?. 11 de junho de 2024. Alma Preta. Cotidiano. Disponível em: https://almapreta.com.br/sessao/cotidiano/como-funciona-o-sistema-de-cotas pelo-mundo/. Acesso em: 23 ago. 2024. (Adaptado).
Assinale a alternativa CORRETA sobre a política de cotas no Brasil.
Questão 2 14433655
UFT Manhã 2025/1Leia o texto para responder a questão.
Como funciona o sistema de cotas pelo mundo?
EUA, Índia, Canadá e África do Sul possuem políticas muito diferentes das ações brasileiras e não se baseiam somente na etnia.
O Brasil sancionou sua primeira política nacional de cotas apenas em 2012, com a Lei 12.711. A adoção dessa política representa um importante modelo para outros países, que possuem sistemas diferentes, adaptados à cultura regional. Em maio deste ano (2024), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou o Projeto de Lei (PL) 1.958, que prorroga por mais 10 anos a política de cotas raciais para concursos públicos e processos seletivos para a administração pública federal, direta e indireta, incluindo fundações privadas e autarquias.
[...]
Um exemplo é a Índia, que adotou a política de cotas pela primeira vez na década de 1950, para promover ações afirmativas que integrassem a população tradicionalmente excluída nos sistemas educativos, na administração pública e nos cargos políticos. O antigo sistema de castas indiano fazia distinção entre as pessoas com base na origem da família, criando um aparato social de forte exclusão das populações pertencentes à casta mais baixa ou que não possuíssem casta.
Nos EUA, as cotas não se tornaram parte da constituição, como foi feito na Índia. No entanto, desde 1961, sob influência de Martin Luther King Jr., as políticas passaram a ser implementadas, através de empregos para a população negra, criadas pelo governo de J. F. Kennedy.
Outros países também adotaram políticas de cotas para incluir as populações vulneráveis e excluídas na educação, no serviço público e em sistemas políticos. No Canadá, por exemplo, as políticas afirmativas foram adotadas em 1986 e aprimoradas em 1995, promovendo a inclusão no mercado de trabalho para mulheres, indígenas, deficientes, esquimós e não brancos. Na Malásia, as ações afirmativas existem desde 1970 e reduziram a pobreza de 52% para 8,1% em 1999.
Já na África do Sul, as cotas foram implementadas para diminuir os efeitos do apartheid, adotadas desde 1993. A política visa financiamento especial e criação de metas em setores público e privados para pessoas com deficiência, negros e mulheres, além da reserva de vagas nas universidades públicas e privadas. Outros países, como a Austrália – com cotas para os aborígenes – e a Colômbia, também adotam diferentes sistemas para incluir as populações vulneráveis e excluídas.
[...]
No Brasil, ONGs, intelectuais e juristas defendem a necessidade das cotas sociais e raciais para solucionar os problemas de desigualdade no país. Eles argumentam que a exclusão social e o racismo estrutural levam a uma necessidade de implantar medidas que promovam a igualdade, reconhecendo que primeiro é preciso estabelecer um sistema de equidade. Isso significa criar ações afirmativas que efetivamente incluam as pessoas excluídas na sociedade, após anos de discriminação resultante da escravização e do racismo estrutural.
Fonte: NUNES, Caroline. Como funciona o sistema de cotas pelo mundo?. 11 de junho de 2024. Alma Preta. Cotidiano. Disponível em: https://almapreta.com.br/sessao/cotidiano/como-funciona-o-sistema-de-cotas pelo-mundo/. Acesso em: 23 ago. 2024. (Adaptado).
Sobre as políticas de cotas adotadas pelos diferentes países, conforme o texto, assinale a alternativa INCORRETA.
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