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Questões de Português - Leitura e interpretação de textos - Gêneros textuais - Verbais/Narrativos - conto folclórico

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4 Questões

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Modo Escuro
Fonte

Questão 14 10734802
Fácil 00:00

ETEC 2024
  • Português
  • Sugira
  • Leitura e interpretação de textos
  • Gêneros textuais - Verbais/Narrativos
  • conto folclórico
  • Exibir tags
Resolução comentada

Leia o texto para responder à questão.

 

Curupira, Saci e Matinta Pereira, entre outras, são lendas folclóricas da Região Amazônica. Elas são ensinamentos e histórias repassados de geração a geração, de boca em boca, para transmitir valores, como respeitar a floresta e os seres que nela habitam.

Sobre o Curupira, indígenas relatam, por exemplo, que: “Ele é o guardião da floresta. Quando tem caçador mal-intencionado, ele começa a perseguir. O som que você ouve parece de tapas nas árvores, parece que ele vem com tudo pela floresta e você sente aquela força, aquela energia vindo, chegando perto”.

https://tinyurl.com/yc82rne4%20Acesso%20em:%2005.08.2023.%20Adaptado.

Com base no texto, o gênero textual abordado cumpre a função social de

Vídeos associados (18) Ver comentários

Questão 3 94294
Médio 00:00

UFG 2014/1
  • Português
  • Sugira
  • Gramática Leitura e interpretação de textos
  • Gêneros textuais - Verbais/Narrativos
  • conto folclórico
  • Exibir tags
Resolução comentada

Texto 1

DIÁLOGO DA RELATIVA GRANDEZA

 

  Sentado no monte de lenha, as pernas abertas, os cotovelos nos joelhos, Doril examinava um louva-deus pousado nas costas da mão. Ele queria que o bichinho voasse, ou pulasse, mas o bichinho estava muito à vontade, vai ver que dormindo – ou pensando? Doril tocava-o com a unha do dedo menor e ele nem nada, não dava confiança, parece que nem sentia; se Doril não visse o leve pulsar de fole do pescoço – e só olhando bem é que se via – era capaz de dizer que o pobrezinho estava morto, ou então que era um grilo de brinquedo, desses que as moças pregam no vestido para enfeitar.

  Entretido com o louva-deus Doril não viu Diana chegar comendo um marmelo, fruta azeda e enjoada que só serve para ranger os dentes. Ela parou perto do monte de lenha e ficou descascando o marmelo com os dentes mas sem jogar a casca fora, não queria perder nada. Quando ela já tinha comido um bom pedaço da parte de cima e nada de Doril ligar, ela cuspiu fora um pedaço de miolo com semente e falou:

– Está direitinho um macaco em galho de pau.

Doril olhou só com os olhos e revidou:

– Macaco é quem fala. Está até comendo banana.

– Marmelo é banana, besta?

– Não é mais serve.

Ficaram calados, cada um pensando por seu lado. Diana cuspiu mais um caroço.

– Sabe aquele livro de história que o Mirto ganhou?

– Que Mirto, seu. É Milllton. Mania!

– Mas sabe? Eu vou ganhar um igual. Tia Jura vai mindar.

– Não é mindar. É me-dar. Mas não é vantagem.

– Não é vantagem? É muita vantagem.

– Você já não leu o de Milton?

– Li mas quero ter. Pra guardar e ler de novo.

– Vantagem é ganhar outro. Diferente.

– Deferente eu não quero. Pode não ser bom.

– Como foi que você disse? Diz de novo?

– Já disse uma vez, chega.

– Você disse deferente.

– Foi não.

– Foi. Eu ouvi.

– Foi não.

– Foi.

– Foi não.

– Foooi.

  Continuariam até um se cansar e tapar os ouvidos para ficar com a última palavra se Diana não tivesse a habilidade de se retirar logo que percebeu a dízima. Com pedacinho final do marmelo entre os dedos, ela chegou-se mais perto do irmão e disse:

– Gi! Matando louva-deus! Olhe o castigo!

– Eu estou matando, estou?

– Está judiando. Ele morre.

– Eu estou judiando?

– Amolar um bicho tão pequenininho é o mesmo que judiar.  

Doril não disse mais nada, qualquer coisa que ele dissesse ela aproveitaria para outra acusação. Era difícil tapar a boca de Diana, ô menina renitente. Ele preferiu continuar olhando o louva-deus. Soprou-o de leve, ele encolheu-se e vergou o corpo para o lado do sopro, corno faz uma pessoa na ventania. O louva-deus estava no meio de uma tempestade de vento, dessas que derrubam árvores e arrancam telhados e podem até levantar urna pessoa do chão. Doril era a força que mandava a tempestade e que podia pará-la quando quisesse. Então ele era Deus? Será que as nossas tempestades também são brincadeira? Será que quem manda elas olha para nós como Doril estava olhando para o louva-deus? Será que somos pequenos para ele como um gafanhoto é pequeno para nós, ou menores ainda? De que tamanho, comparando – do de formiga? De piolho de galinha? Qual será o nosso tamanho mesmo, verdadeiro?

  Doril pensou, comparando as coisas em volta. Seria engraçado se as pessoas fossem criaturinhas miudinhas, vivendo num mundo miudinho, alumiado por um sol do tamanho de uma rodela de confete.

  Diana lambendo os dedos e enxugando no vestido. Qual seria o tamanho certo dela? Um palmo de cabeça, um palmo de peito, palmo e meio de barriga, palmo e meio até o joelho, palmo e meio até o pé... uns seis palmos e meio. Palmo de quem? Gafanhoto pode ter seis palmos e meio também – mas de gafanhoto. Formiga pode ter seis palmos e meio – de formiga. E os bichinhos que existem mas a gente não vê, de tão pequenos? Se tem bichos que a gente não vê, não pode ter bichos que esses que a gente não vê não veem? Onde é que o tamanho dos bichos começa, e onde acaba? Qual é o maior, e qual o menor? Bonito se nós também somos invisíveis para outros bichos muito grandes, tão grandes que os nossos olhos não abarcam? E se a Terra é um bicho grandegrandegrandegrande e nós somos pulgas dele? Mas não pode! Como é que vamos ser invisíveis, se qualquer pessoa tem mais de um metro de tamanho?

  Doril olhou o muro, os cafezeiros, as bananeiras, tudo bem maior do que ele, uma bananeira deve ter mais de dois metros...

  Aí ele notou que o louva-deus não estava mais na mão. Procurou por perto e achou-o pousado num pau de lenha, numa ponta coberta de musgo. Doril levantou o pau devagarinho, olhou-o de perto e achou que a camada de musgo lembrava um matinho fechado, com certeza cheio de 

  – Quando é que você vai deixar esse bichinho sossegado? Tamanho homem!

  Doril largou o pau devagarinho no monte, limpou as mãos na roupa.

  – Você não sabe qual é o meu tamanho.

  Ela olhou-o desconfiada, com medo de dizer uma coisa e cair em alguma armadilha. Doril estava sempre arranjando novidades para atrapalhá-la.

  – Você nem sabe qual é o seu tamanho – insistiu ele.

  – Então não sei? Já medi e marquei com um carvão atrás da porta da sala. Pode olhar lá, se quiser.

  Ele sorriu da esperada ingenuidade.

  – Isso não quer dizer nada. Você não sabe o tamanho da marca.

  – Sei. Mamãe mediu com a fita de costura. Diz que tem um metro e vinte e tantos.

  – Em metro de anão. Ou metro invisível.

   Ela olhou-o assustada, desconfiada; e não achando o que responder, desconversou:

  – Ih, Doril! Você está bobo hoje!

  – Boba é você, que não sabe de nada.

  Ela esperou, ele explicou:

  – Você não sabe que nós somos invisíveis, de tão pequenos?

  – Sei disso não. Invisível é micuim, que a gente sente mas não vê.

  – Pois é. Nós somos como micuins.

  Diana olhou depressa para ela mesma, depois para Doril.

  – Como é que eu vejo eu, vejo você, vejo minha mãe?

  – E você pensa que micuim não vê micuim?

  Diana franziu a testa, pensando. Doril tinha cada ideia.

  [...]

  – Não pode, Doril. A gente é grande. Olha aí, você é quase da altura desse monte de lenha.

  – Está vendo como você não sabe nada? Isso não é um monte de lenha. É um monte de pauzinhos menores do que pau de fósforo.

  – Ora sebo, Doril. Pau de fósforo é deste tamanho – ela mostrou dois dedinhos separados, dando tamanho que ela irma-ginava.

  – Isso que você está mostrando não é tamanho de pau de fósforo. Pau de fósforo é quase do seu tamanho.

  Diana ficou pensativa, triste por ter diminuído de tamanho de repente. Doril aproveitou para ensinar mais.

  – Como você é tapada, Diana. Tudo no mundo é muito pequeno. O mundo é muito pequeno. – Olhou em volta procurando uma ilustração. – Está vendo aquela jaca? Sabe o tamanho dela?

  – Sei sim. Regula com uma melancia.

  – Pronto. Não sabe. É do tamanho de cajá.

  Diana olhou a jaca já madura em ponto de cair, qualquer dia caía.

  – Ah, não pode, Doril. Comparar jaca com cajá?

  – Mas é porque você não sabe que cajá não é cajá.

  – O que é então?

  – É bago de arroz.

  Diana olhou em volta aflita, procurando uma prova de que Doril estava errado.

  – E coqueiro o que é?

  – Coqueiro é pé de salsa.

  – E eu?

  – Você é formiga de dois pés.

  – Se eu sou formiga como é que eu pulo rego d´água?

  – Que rego d´água?

  – Esse nosso aí.

  Doril sacudiu a cabeça, sorrindo.

  – Aquilo não é rego d´água. É risquinho no chão, da grossura de um fio de linha.

  – E... E aquele morro lá longe?

  – Não é morro. Você pensa que é morro porque você é formiga.

  Aquilo é um montinho de terra que cabe num carrinho de mão.

  – E... E aquele morro lá longe?

  – Não é morro. Você pensa que é morro porque você é formiga.

  Aquilo é um montinho de terra que cabe num carrinho de mão.

  – Onde você aprendeu isso?

  Ela precisava da garantia de uma autoridade para aceitar a nova ideia.

  – Em parte nenhuma. Eu descobri.

  Diana deu um riso de zombaria, como quem começa a entender. Tudo aquilo era invenção dele, coisa sem pé nem cabeça. Como a história de recado por pensamento.

  A mãe chamou da janela. Doril desceu do monte de lenha, um pau resvalou e feriu-o no tornozelo. Ele ia xingar mas lembrou que pau de fósforo não machuca. A mãe chamou de novo, ele saiu correndo e gritou para trás:

  – Quem chegar por último é filho de lesma.

  Diana correu também, mais para não ficar sozinha do que para competir. Pularam uma bacia velha, simples tampa de cerveja emborcada no chão. Pularam o fio de linha que Diana tinha pensado que era um rego d´água. Doril tropeçou num balde furado (isto é, um dedal com alça), subiu de um fôlego os dentes do pente que servia de escada para a varanda, e entrou no caixotinho de giz onde eles moravam. A mãe uma formiguinha severa de pano amarrado na cabeça estava esperando na porta com uma colher e um vidro de xarope nas mãos, a colher uma simples casquinha de arroz. Doril abriu a boca, fechou os olhos e engoliu, o borrifo de xarope desceu queimando a garganta de formiga.

VEIGA, J. J. Melhores contos J. J. Veiga. Seleção de J. Aderaldo Castello. 4. ed. São Paulo: Global, 2000. p. 97-102.

O trecho “Foi não. / Foi. Eu ouvi. / Foi não. / Foi. / Foi não. Foooi. / Continuariam até um se cansar e tapar os ouvidos para ficar com a última palavra se Diana não tivesse a habilidade de se retirar logo que percebeu a dízima” descreve uma particularidade do diálogo infantil. Nesse jogo discursivo, vence aquele que

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Questão 16 46556
Médio 00:00

UNESP 2011/1
  • Português
  • Sugira
  • Leitura e interpretação de textos
  • Gêneros textuais - Verbais/Narrativos
  • conto folclórico conto folclórico literatura de cordel literatura de cordel
  • Exibir tags
Resolução comentada

Instrução: A questão toma por base um fragmento do livro Comunicação e folclore, de Luiz Beltrão (1918-1986). 

 

O Bumba-Meu-Boi

 

  Entre os autos populares conhecidos e praticados no Brasil – pastoril, fandango, chegança, reisado, congada, etc. – aquele em que melhor o povo exprime a sua crítica, aquele que tem maior conteúdo jornalístico, é, realmente, o bumba-meu-boi, ou simplesmente boi.

  Para Renato Almeida, é o “bailado mais notável do Brasil, o folguedo brasileiro de maior significação estética e social”. Luís da Câmara Cascudo, por seu turno, observou a sua superioridade porque “enquanto os outros autos cristalizaram, imóveis, no elenco de outrora, o bumba-meu-boi é sempre atual, incluindo soluções modernas, figuras de agora, vocabulário, sensação, percepção contemporânea. Na época da escravidão mostrava os vaqueiros escravos vencendo pela inteligência, astúcia e cinismo. Chibateava a cupidez, a materialidade, o sensualismo de doutores, padres, delegados,  fazendo-os cantar versinhos que eram confissões estertóricas. O capitão-do-mato, preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fugiram, depois da morte do Boi, e em vez de trazê-los é trazido amarrado, humilhado, tremendo de medo. O valentão mestiço, capoeira, apanha pancada e é mais mofino que todos os mofinos. Imaginem a alegria negra, vendo e ouvindo essa sublimação aberta, franca, na porta da casa-grande de engenho ou no terreiro da fazenda, nos pátios das vilas, diante do adro da igreja! A figura dos padres, os padres do interior, vinha arrastada com a violência de um ajuste de contas. O doutor, o curioso, metido a entender de tudo, o delegado autoritário, valente com a patrulha e covarde sem ela, toda a galeria perpassa, expondo suas mazelas, vícios, manias, cacoetes, olhada por uma assistência onde estavam muitas vítimas dos personagens reais, ali subalternizados pela virulência do desabafo”.

   Como algumas outras manifestações folclóricas, o bumbameu- boi utiliza uma forma antiga, tradicional; entretanto, fá-la revestir-se de novos aspectos, atualiza o entrecho, recompõe a trama. Daí “o interesse do tipo solidário que desperta nas camadas populares”, como o assinala Édison Carneiro. Interesse que só pode manter-se porque o que no auto se apresenta não reflete apenas situações do passado, “mas porque têm importância para o futuro”. Com efeito, tendo por tema central a morte e a ressurreição do boi, “cerca-se de episódios acessórios, não essenciais, muito desligados da ação principal, que variam de região para região... em cada lugar, novos personagens são enxertados, aparentemente sem outro objetivo senão o de prolongar e variar a brincadeira”. Contudo, dentre esses personagens, os que representam as classes superiores são caricaturados, cobrindo-se de ridículo, o que torna “o folguedo, em si mesmo, uma reivindicação”.

  Sílvio Romero recolheu os versos de um bumba-meu-boi, através dos quais se constata a intenção caricaturesca nos personagens do folguedo. Como o Padre, que recita:

 

Não sou padre, não sou nada

“Quem me ver estar dançando

Não julgue que estou louco;

Secular sou como os outros”.

Ou como o Capitão-do-Mato que, dando com o negro Fidélis, vai prendê-lo:

“CAPITÃO – Eu te atiro, negro

Eu te amarro, ladrão,

Eu te acabo, cão.”

Mas, ao contrário, quem vai sobre o Capitão e o amarra é o Fidélis:

 

“CORO – Capitão de campo

Veja que o mundo virou

Foi ao mato pegar negro

Mas o negro lhe amarrou.

CAPITÃO – Sou valente afamado

Como eu não pode haver;

Qualquer susto que me fazem

Logo me ponho a correr”.

(Luiz Beltrão. Comunicação e folclore. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1971.)

O fragmento apresentado focaliza, por meio da opinião do autor e de outros folcloristas mencionados, o bumba-meu-boi, auto popular brasileiro bastante conhecido. A leitura do fragmento, como um todo, deixa claro que o núcleo temático do bumba-meu-boi é sempre

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Questão 27 631102
Difícil 00:00

UFN Verão 2017
  • Português
  • Sugira
  • Gramática Leitura e interpretação de textos
  • Coesão (elem. coesivos) e Coerência Estratégias de leitura Gêneros textuais - Verbais/Narrativos Linguagem
  • conto folclórico Funções da linguagem
  • Exibir tags
Resolução comentada

Sobre o conto “O adeus do comandante”, presente na obra A cidade ilhada, de Milton Hatoum, assinale a alternativa cor-reta.

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