Questões de Português - Gramática - Semântica - Operadores argumentativos
52 Questões
Questão 9 15188614
UEG 2025/2No enunciado “Tal atitude faz parte da formação integral do cidadão, pois é, também, indicativo de respeito pelas diferenças do outro” (linhas 24-25), a palavra “também” exerce a seguinte função lógico-semântica:
Questão 6 15052496
FCMS/JF Medicina 2025/2Texto 3: Saúde do profissional de saúde (Adaptado).
A dedicação intensa ao trabalho e a alta sobrecarga exercem um grande impacto negativo sobre a saúde do profissional de saúde. Embora seja comumente "deixada de lado", a atenção com a saúde do profissional de saúde deveria ser uma prioridade. Afinal, todos nós precisamos que esses especialistas estejam bem — física e mentalmente — para que possam exercer o seu trabalho, cuidando dos demais.
Não é novidade que a carga de trabalho para o profissional da área da saúde é muito intensa. Mé dicos, enfermeiros e outros especialistas do ramo enfrentam longos plantões, realizam diversas tarefas e lidam com pressão e cobranças de forma constante.
É indiscutível que o profissional da área da saúde costuma se dedicar de uma forma intensa à sua profissão, afinal, o seu objetivo é ajudar o máximo de pessoas possível. O problema é que, com essa postura, não raramente, o especialista acaba por ultrapassar os próprios limites. Geralmente, ele enfrenta muitas noites em claro, privando a mente e o organismo do descanso fundamental para o equilíbrio das funções orgânicas e para o reparo do próprio corpo. Assim, começa a surgir um quadro de exaustão, que traz consigo uma série de outros problemas — inclusive, desregulando a química do cérebro e do organismo como um todo. Portanto, é imperativo que cada profissional aprenda a identificar os seus próprios limites para que eles possam ser verdadeiramente respeitados. A dedicação à profissão é, sim, superimportante, mas os momentos de descanso e de lazer não podem ser "deixados de lado".
Disponível em:. https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/pe/artigos/saude-do-profissional-de-saude-5-boas-praticas-para adotar-na-rotina,447b6d87bff5a810VgnVCM1000001b00320aRCRD Acesso em: 10 abr. 2025.
Leia a frase (Texto 3): “Portanto, é imperativo que cada profissional aprenda a identificar os seus próprios limites para que eles possam ser verdadeiramente respeitados”.
Assinale a alternativa que identifica o uso do termo “portanto”:
Questão 2 14794302
UEMG 2024Leia o texto para responder à questão.
Saúde e bem-estar. (Por Ma. Vanessa dos Santos).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde pode ser definida como “um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidades”. Sendo assim, não basta apenas estar sem nenhuma doença, é necessário estar bem consigo mesmo e com o corpo, sem sentir dores ou até mesmo tristeza.
Para conseguir bem-estar físico, é importante estar sempre ativo através da prática de exercícios. Não há idade para iniciar as atividades físicas, por isso, faça uma caminhada, natação ou até mesmo exercícios mais pesados, como musculação. O importante é realizar uma atividade que gere bem-estar. Além disso, é válido ter sempre em mente que os exercícios físicos aumentam a expectativa de vida, diminuem o estresse, além de proporcionarem mais beleza quando o assunto é estética.
Para conseguir bem-estar mental, é preciso preocupar-se com o emocional. Por que se estressar com coisas pequenas? Mantenha a alegria e as atitudes positivas! Evite sentimentos ruins e sempre tente fazer com que as pessoas tenham uma experiência agradável ao seu lado. Ninguém gosta da companhia de pessoas amargas e rancorosas, não é mesmo?
O bem-estar social, por sua vez, diz respeito às relações sociais de cada indivíduo. Para estar bem socialmente, é necessário manter boas relações com a família, no ambiente de trabalho e com a sociedade em geral. Essa interação com outros indivíduos é fundamental para o bem-estar individual.
Para ter saúde, é fundamental, portanto, estar feliz e em forma. Também é importante ter um bom convívio social, ter amigos e relacionar-se. Percebe-se, dessa forma, que nem sempre ter saúde é fácil e nem mesmo é possível ter saúde em todo o tempo.
Disponível em: https://www.biologianet.com/saude-bem-estar. Acesso em: 02 nov. 2023.
No trecho “O importante é realizar uma atividade que gere bem-estar.
Além disso, é válido ter sempre em mente que os exercícios físicos aumentam a expectativa de vida (...)” o conectivo grifado tem valor de:
Questão 5 8457824
Albert Einstein 2023Para responder a questão, leia um trecho do prefácio “Um gênero tipicamente brasileiro”, do escritor Humberto Werneck, publicado na antologia Boa companhia: crônicas.
Fernando Sabino e Rubem Braga, por longos anos obrigados a desovar crônicas diárias, não se limitavam, nas horas de aperto, a requentar seus requintados escritos — chegaram a permutar, na moita, velhos recortes, na suposição de que os textos, de tão antigos, já se houvessem apagado da memória do leitor de jornal, recuperando assim a virgindade tipográfica. O troca-troca, contado por Fernando Sabino na crônica “O estranho ofício de escrever”, merece ser aqui reproduzido:
Éramos três condenados à crônica diária: Rubem no Diário de Notícias, Paulo no Diário Carioca e eu no O Jornal. Não raro um caso ou uma ideia, surgidos na mesa do bar, servia de tema para mais de um de nós. Às vezes para os três. Quando caiu um edifício no bairro Peixoto, por exemplo, três crônicas foram por coincidência publicadas no dia seguinte, intituladas respectivamente: “Mas não cai?”, “Vai cair” e “Caiu”.
Até que um dia, numa hora de aperto, Rubem perdeu a cerimônia:
— Será que você teria aí uma crônica pequenininha para me emprestar?
Procurei nos meus guardados e encontrei uma que talvez servisse: sobre um menino que me pediu um cruzeiro para tomar uma sopa, foi seguido por mim até uma miserável casa de pasto da Lapa: a sopa existia mesmo, e por aquele preço. Chamava-se “O preço da sopa”. Rubem deu uma melhorada na história, trocou “casa de pasto” por “restaurante”, elevou o preço para cinco cruzeiros, pôs o título mais simples de “A sopa”.
Tempos mais tarde chegou a minha vez — nada como se valer de um amigo nas horas difíceis:
— Uma crônica usada, de que você não precisa mais, qualquer uma serve.
— Vou ver o que posso fazer — prometeu ele.
Acabou me dando de volta a da sopa.
— Logo esta? — protestei.
— As outras estão muito gastas.
Sou pobre mas não sou soberbo. Ajeitei a crônica como pude, toquei-lhe uns remendos, atualizei o preço para dez cruzeiros e liquidei de vez com ela, sob o título: “Esta sopa vai acabar”.
Eternamente deleitável ou imediatamente deletável — depende menos do tema do que das artes do autor —, a crônica pode não ser um “gênero de primeira necessidade, a não ser talvez para os escritores que a praticam”, como sustentava Luís Martins — um dos recordistas brasileiros nesse ramo de escreveção. Um subgênero, há quem desdenhe. “Literatura em mangas de camisa”, diz-se em Portugal. Mas, para o crítico Wilson Martins, trata-se de uma “espécie literária” que de jornalístico “só tem o fato todo circunstancial de aparecer em periódicos.”
(Humberto Werneck (org.). Boa companhia: crônicas, 2005. Adaptado.)
“a crônica pode não ser um ‘gênero de primeira necessidade, a não ser talvez para os escritores que a praticam’” (13º parágrafo)
A expressão sublinhada pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido do texto, por:
Questão 16 14235680
UnB - PAS 2022/1É justo, pois, cidadãos atenienses, que, em primeiro lugar, eu me defenda das primeiras e falsas acusações que me foram apresentadas, e dos primeiros acusadores; depois, me defenderei das últimas e dos últimos. Porque muitos dos meus acusadores têm vindo até vós já há bastante tempo, talvez anos, e sem jamais dizerem a verdade; e esses eu temo mais do que Anito e seus companheiros, embora também sejam temíveis os últimos. Mais temíveis, porém, são os primeiros, ó cidadãos, os quais tomando a maior parte de vós, desde crianças, vos persuadiam e me acusavam falsamente, dizendo-vos que há um tal Sócrates, homem douto, especulador das coisas celestes e investigador das subterrâneas e que torna mais forte a razão mais fraca. Esses, cidadãos atenienses, que divulgaram tais coisas, são os acusadores que eu temo; pois aqueles que os escutam julgam que os investigadores de tais coisas não acreditam nem mesmo nos deuses. Pois esses acusadores são muitos e me acusam já há bastante tempo; e, além disso, vos falavam naquela idade em que mais facilmente podíeis dar crédito, quando éreis crianças e alguns de vós muito jovens, acusando-me com pertinaz tenacidade, sem que ninguém me defendesse.
Platão. Apologia de Sócrates (com adaptações).
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item abaixo.
Em “Mais temíveis, porém, são os primeiros” (terceiro período), a conjunção “porém” está empregada com o sentido de
Questão 10 10129230
EAM 2022Texto
Um caminho tortuoso
Do jeito que a ciência é ensinada nas escolas, não é à toa que a maioria das pessoas acha que o conhecimento científico cresce linearmente, sempre se acumulando. No entanto, uma rápida olhada na história da ciência permite ver que não é bem assim: o caminho que leva ao conhecimento é tortuoso e, às vezes, vai até para trás, quando uma ideia errada persiste por mais tempo do que deveria.
Isso pode ocorrer por razões como censura política [...] ou por ideologias na classe científica, defendidas por membros influentes.
Apresentar a ciência nas escolas e universidades ou nos meios informais de comunicação como uma crença infalível da civilização esconde um de seus lados mais interessantes: o drama da descoberta, as incertezas da criatividade.
Cientistas tendem a reagir negativamente às ideias que ameaçam o que eles pensam ser a verdade. Por um lado, essa descrença é essencial, dado que a maioria das ideias novas está errada. Por outro, ela pode revelar um conservadorismo que atravanca o avanço do conhecimento. Um bom exemplo disso é o experimento de Albert Michelson e Edward Morley, realizado em 1887 para detectar o movimento da Terra através do éter, o meio material cuja função era servir de suporte para a propagação das ondas de luz.
Tal qual as ondas de som se propagam no ar, supunha-se que as ondas luminosas também necessitassem de um meio para se propagar, o éter. O experimento mediria as diferenças na velocidade da luz quando um raio luminoso ia contra o éter ou a favor, como quando “andamos de bicicleta e sentimos um "vento" contra nosso corpo. (Uma bola jogada contra ou a favor do "vento" terá velocidades diferentes.)
Para total e completa surpresa da comunidade científica, o experimento não detectou diferenças na velocidade da luz em qualquer direção.
Em meio à perplexidade generalizada, várias tentativas de explicar o achado foram, propostas, inclusive uma por George Fitzgerald e Hendrik Lorentz que sugeria que as hastes do aparato podiam encolher na direção do movimento. Esse' encolhimento de fato existe, mas não como proposto pelos dois.
Apenas em 1905 Einstein explicou oque estava acontecendo, com sua teoria da relatividade especial: o éter não existe - a velocidade da luz é sempre a mesma, uma constante da natureza. Observações recentes andam questionando à existência de um outro meio material ainda não detectado, a matéria escura. Essa matéria, supostamente feita de partículas diferentes das que compõem o que conhecemos no Universo (ou seja, coisas feitas de elétrons, prótons: e nêutrons), deve ser seis vezes mais abundante que a matéria comum e se aglomerar em torno de galáxias, inclusive a nossa.
As observações não detectaram a quantidade esperada de matéria escura. E agora? A coisa é complicada porque existem outros métodos de detecção da matéria escura que parecem bastante claros. Qualquer que seja a resolução do impasse atual, estou certo de que algo de novo e surpreendente está para acontecer. Será interessante ver a reação da comunidade ao se deparar com o inesperado.
GLEISER, Marcelo, Um caminho tortuoso. Folha de São Paulo, 29 de abril de 2012. Com adaptações.
Em “Tal qual as ondas de som se propagam no ar, supunha-se que as ondas luminosas também necessitassem de um meio para se propagar, o éter.” (5º §), o elemento destacado tem valor semântico de:
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