Questões de Português - Gramática - Sintaxe - Adjunto adverbial
415 Questões
Questão 7 15052568
UNISA Prova 2 2024Considere o trecho da crônica “Mais uma...” (1915), de Lima Barreto:
São inúmeras as cartas que recebemos, abordando este ou aquele assunto, pedindo que publiquemos versos horrorosos, sem falar naquelas que se fazem acompanhar de crônicas desenxabidas e insultuosas. Naturalmente, deixamos de publicá-las por todos os motivos e o principal encontramo-lo no desejo que temos de não enfadar os leitores.
Suponhamos que publicássemos, já não diremos a carta, mas o soneto que a acompanhava e tem os seguintes versos:
Pr’ao céu minha alma rasteira voa,
Como, na mata, a pomba-juriti,
Desdenhando o bem-te-vi que caçoa,
Só forte com o meu amor por ti.
Vejam só, os senhores, se nós fôssemos publicar essa produção do poeta Horácio ou outro qualquer de sua academia, como iríamos desgostar os nossos leitores!
(Lima Barreto. Sátiras e outras subversões, 2016.)
“Vejam só, os senhores, se nós fôssemos publicar essa produção do poeta Horácio ou outro qualquer de sua academia, como iríamos desgostar os nossos leitores!” (último parágrafo)
O termo sublinhado modifica a oração em que está inserido, conferindo a ela o sentido de
Questão 10 14760300
ESPM 2024/1Assinale a alternativa em que o vocábulo em destaque estabeleça uma relação de causa:
Questão 9 14802431
UFV 2023Leia o trecho de texto instrucional a seguir, observando o uso da crase.
Como lavar à mão roupas delicadas
Uma das coisas que mais levamos em conta em nossa casa é a qualidade de tudo o que compramos. No caso das roupas, por exemplo, a intenção é que elas durem bastante tempo com a mesma qualidade, mas, infelizmente, nem sempre é assim. As mais delicadas se danificam, muitas vezes, por nossa falta de conhecimento sobre como lavar à mão aquelas manchas mais difíceis de remover.
(CUIDADO DA CASA. Como lavar à mão roupas delicadas. Disponível em: https://www.cuidadodacasa.com.br/truques-e-dicas-de-limpeza/roupa/como-lavar-a-mao-roupas-delicadas. Acesso em: 05 set. 2022.)
É CORRETO afirmar que o uso da crase, na expressão “lavar à mão”,
Questão 1 9764538
IMEPAC Itumbiara 2023/1Incêndio atinge Parque Nacional de Brasília, e ICMBio aciona brigada própria
Um incêndio atinge nesta segunda-feira (5) o Parque Nacional de Brasília, no Distrito Federal, a cerca de 10 km da Esplanada dos Ministérios.
O Corpo de Bombeiros informou que o fogo consumiu uma “área considerável” do parque. Um levantamento parcial indica que ao menos 130 hectares de vegetação foram queimados.
OLIVEIRA, Thaísa. Incêndio atinge Parque Nacional de Brasília, e ICMBio aciona brigada própria. Folha de S. Paulo. Cotidiano, 5 set. 2022. Disponível em: https://www1.folha.uol. com.br/cotidiano/2022/09/incendio-atinge-parque-nacional-debrasilia-e-icmbio-aciona-brigada-propria.shtml. Acesso em: 5 set. 2022.
Considerando a classificação morfológica do termo destacado, sua aplicação no contexto apresentado indica que o(a)
Questão 10 9155348
FAMERP 2023Leia a crônica “José de Nanuque”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
Como se não bastasse o excesso de população deste mundo, os homens estão detectando a existência de outros mundos habitados, no espaço sideral, e suspiram, emocionados: “Não estamos sós”. E quem disse que estamos sós, se andamos tão acotovelados pelas avenidas da Terra? Pois, como se tudo isso não fosse suficiente, correm às matas de Nanuque e de lá retiram à força José Pedro dos Santos, último promeneur solitaire1 de que havia notícia, o homem que vivia com uma fogueira acesa, espantando onça e, sobretudo, gente.
— Venha, rapaz! Queremos que participe das maravilhas da civilização!
— Vocês me arranjam casa pra morar?
— Bem, isso atualmente está difícil, José.
— Emprego?
— Só se você for concursado, e houver vaga.
— E comida?
— Depois nós conversamos. Venha depressa, estão nos chamando de outras galáxias!
José recalcitra: estava tão bem ali! Não paga aluguel, não preenche o formulário do imposto de renda, não faz fila para nada, não tem horário nem patrão, come carne variada, segunda-feira paca, terça peixe, quarta aves, quinta raízes e tubérculos, sexta frutas, sábado...
— Mais uma razão para vir. Está desfrutando privilégios, e todos são iguais perante a lei!
Outra razão forte: os fazendeiros de Nanuque reclamavam contra esse homem estranho, embrenhado no mato, fazendo Deus sabe lá o quê. Em vão José alega que os ajuda, espantando onça com seu facho noturno. As onças não devem ser espantadas, sustentam a beleza selvagem da região. Esse homem não trabalha na lavoura, como os outros; não produz, não rende, e, embora não pese a ninguém, pesa globalmente no espírito de todos, com seu mistério. O fato de não produzir não é o mais grave; tolera-se cá fora, à luz do dia, honradamente: mas no interior da mata? Que ideia faz esse sujeito do contrato social? Nenhuma. Está se ninando para o contrato social. Não é possível. Tragam José para perto de nós, ele tem de aprender ou reaprender a vida apertada que levamos.
José tem medo. Os homens, as cidades, os códigos, até os prazeres intervalares dos civilizados lhe dão medo. O motor de sua volta ao estado natural foi menos o amor à natureza do que o pânico. Em cada homem vê um perigo, em cada situação uma ameaça, em cada palavra uma condenação. Com as árvores e os bichos ele se entende. Nu e experimentado, conhece e domina o ambiente em que vive sem maiores riscos. Na cidade não praticara ação criminosa, e foi isso precisamente que o fez embrenhar-se na mata. Inocente, faltavam-lhe as provas negativas de sua inocência; se cometesse qualquer malfeito, poderia mentir e salvar-se, mas, estando puro e desarmado diante do sistema, como mentir, senão confessando a falta imaginária, e, portanto, condenando-se? A solução era virar bicho. Virou, com êxito.
Agora trazem José para a capital, incorporam-no ao estranho maquinismo, ao estatuto sombrio, inexplicável; ele é condenado a viver como os outros, no grau inferior. José está salvo ou perdido? O certo é que nunca mais brilhará, na mata de Nanuque, aquele foguinho solitário.
Todos são iguais perante a lei.
Não estamos sós.
(Carlos Drummond de Andrade. Caminhos de João Brandão, 2016.)
1promeneur solitaire: caminhante solitário.
Em “— Mais uma razão para vir. Está desfrutando privilégios, e todos são iguais perante a lei!” (10º parágrafo), a palavra sublinhada expressa ideia de
Questão 7 8452647
UECE 1ª Fase 2023/1Texto
A ARMADILHA DOS VAPES
No Brasil, 20% dos jovens adultos já
experimentaram. Nos EUA, virou um problema de saúde
pública grave. Entenda em que pé se encontra a febre dos
cigarros eletrônicos – que têm se mostrado tão perigosos
[5] quanto os convencionais.
7 a 19 segundos. É o tempo que a nicotina do cigarro
leva para chegar ao cérebro. Lá dentro, ela ativa o principal
neurotransmissor do prazer. E dá-lhe prazer: comer
chocolate eleva em 55% a liberação de dopamina; fazer sexo,
[10] 100%. A nicotina? 150%. Com o tempo, essas doses
contínuas de prazer acostumam o cérebro, que passa a
precisar de doses maiores para se satisfazer. Instaura-se um
vício. E não é só a descarga de dopamina que importa aí. É
também a velocidade com a qual você obtém o efeito.
[15] Cocaína inalável, por exemplo, sobe os níveis de dopamina
em 400%, mas essa descarga vem só 3 minutos após o
consumo. Já o cigarro, embora não cause tanta disrupção
neuronal, tem efeito praticamente instantâneo. Isso torna a
nicotina no mínimo tão viciante quanto cocaína, heroína ou
[20] metanfetaminas. Com uma perversidade adicional: ela não
altera nosso estado consciente, então o usuário pode passar
o dia inteiro mimando os neurônios.
(Disponível em: https://super.abril.com.br).
Em “Com uma perversidade adicional: ela não altera nosso estado consciente, então o usuário pode passar o dia inteiro mimando os neurônios” (linhas 20-22), o termo destacado estabelece, entre as orações, uma relação de
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