Questões de Português - Gramática - Linguagem
177 Questões
Questão 10 15063067
UFGD 2025“Machado de Assis com sotaque carioca? ‘Brás Cubas’ ganha um novo viral.”
Mais de cem anos após sua primeira publicação, o livro Memórias Póstumas de Brás Cubas voltou a ser assunto no Brasil. Com o sucesso de um TikTok, em que uma leitora americana se encantava pela obra de Machado de Assis, mais discussões sobre o livro e o autor vieram à tona – e uma nova brincadeira tomou conta das redes sociais.
Como relembrado por internautas, Machado de Assis nasceu e viveu no Rio de Janeiro. Com isso, muitos retomaram uma discussão que surgiu em 2021: qual era o sotaque do escritor? “Ele provavelmente falava ‘Memóriax Poxtumax de Braix Cubax’”, brincou um usuário do X (antigo Twitter).
Conhecida por seu sotaque carregado, a influenciadora Baueny Barroco entrou na brincadeira e releu o primeiro trecho de Memórias Póstumas de Brás Cubas em “carioquês”. O áudio rapidamente viralizou e, no último sábado, 25, até a apresentadora Maria Beltrão entrou na brincadeira.
Disponível em: https://www.estadao.com.br/cultura/literatura/machado-de-assis-com-sotaque-carioca-trecho-de-bras-cubas-vira novo-meme-viral-entenda-nprec/. Acesso em: 27 jun. 2024.
A notícia, ao abordar o possível sotaque de Machado de Assis, remete ao fenômeno da variação geográfica ou diatópica. Sobre o fenômeno da variação linguística, é correto afirmar que uma língua se constitui
Questão 8 14835682
UNIMONTES Tarde - Biologicas 2025Texto 3
Novo filme de Anna Muylaert será baseado em canção de sucesso de Chico Buarque
O novo filme de Anna Muylaert, de “Que horas ela volta?”, será baseado em “Geni e o Zepelim”, sucesso de Chico Buarque. O longa está em desenvolvimento e será rodado em 2025, com produção da Migdal Filmes e coprodução da Globo Filmes. A única certeza, por ora, é que Geni terá final feliz.
Desde que a música foi lançada em 1978, o refrão tornou-se um clássico da MPB. A protagonista da canção é malvista por toda a cidade, e o compositor repete, ao longo da obra, os pedidos dos moradores: “Joga pedra na Geni”. Embora na segunda parte da música Geni seja exaltada como uma heroína, ao final da canção ela, mais uma vez, vira o principal recipiente do ódio coletivo. A ideia do filme, então, é de inverter essa lógica e dar um fim mais digno à mulher.
"Que horas ela volta?", lançado em 2015, com Regina Casé no papel principal, é considerado o principal trabalho de Anna Muylaert. Ele venceu sete categorias do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, incluindo o de melhor longa de ficção, além de conquistar reconhecimento internacional nos festivais de Sundance (EUA) e de Berlim (Alemanha).
Disponível em: https://oglobo.globo.com/play/noticia/2024/02/23/novo-filme-de-anna-muylaert-sera-baseado-em-cancao-de-sucesso-de-chico buarque.ghtml. Acesso em: 10 out. 2024. Adaptado.
Texto 4
Você dá pra qualquer um

Disponível em: https://www.deviantart.com/renarrais/art/Geni-e-o-Zepelim-07-251415007. Acesso em: 10 out. 2024.
Em “Você dá pra qualquer um” (texto 4), a expressão “pra” pode ser definida como um caso de variação linguística
Questão 1 14795044
UEMG 2025Leia a tirinha e responda à próxima questão.

Disponível em:https://clickrec.com.br/wp content/uploads/2021/06/196326783_328267598669939_5996653058847598187_n 2000x666.jpg. Acesso em: 04 dez. 204
Sobre a linguagem do personagem Chico Bento, podemos afirmar que:
Questão 64 14771353
UECE Específicas 2 Fase 1 Dia 2025/1Rede cearense é a mais avançada das tecnologias da humanidade
[1] No momento em que o Ministério da
Educação debate o possível veto do aparelho
celular nas escolas, vejo aqui uma imagem
comovente de São Gonçalo do Amarante, na
[5] Região Metropolitana de Fortaleza. Dá pra sentir
até a brisa do mar no rosto daquelas pequenas
criaturas.
Deitados em redes coloridas, com livros
nas mãos, os meninos e meninas da creche pública
[10] municipal viajam nas histórias e estórias oferecidas
na cidade cearense. Uma iniciativa tão simples,
mas que pode significar uma experiência marcante
na vida desses miúdos.
O balanço das “fiangas” embala a leitura e
[15] as brincadeiras da Creche Viva Criança, tema de
reportagem de Theyse Viana aqui no Diário do
Nordeste. É uma resposta digna e prática que bate
todas as tentações das telas e outras bugigangas
modernas.
[20] Na aldeia dos Anacés, a mais avançada
das tecnologias para a meninada é o projeto Redes
do Saber. A invenção indígena brasileira, citada
por Pero Vaz de Caminha desde a invasão
portuguesa de 1500, segue mais lúdica e
[25] necessária do que nunca.
O gênio potiguar Câmara Cascudo, autor
do clássico “Rede de Dormir – Uma pesquisa
Etnográfica” (Global Editora) aplaudiria de pé essa
ideia do litoral do Ceará. A civilização nordestina, é
[30] bom que se diga, foi praticamente inventada no
balanço da “mãe veia”, como os mais antigos
chamavam suas redinhas.
O livro de Cascudo nos conta toda essa
longa história, com passagens curiosas sobre o
[35] olhar estrangeiro. Repare as impressões de Jean
Nieuhof, holandês que morou no Nordeste entre
1640 a 1649: “Os brasileiros não possuem grande
variedade de utensílios domésticos e seu maior
cuidado é com a rede a que dão o nome de Ini”,
[40] descreveu. “Quando vão dormir, amarram a rede a
duas traves de sua tenda, ou em duas árvores, ao
ar livre, a certa altura do chão, para evitar os
animais daninhos e as exalações pestíferas da
terra”.
[45] Para dormir, para descansar, tirar uma
sesta ou para o prazer da leitura, como a meninada
de São Gonçalo do Amarante, estão para inventar
um utensílio mais incrível e mais evoluído no
planeta. Não existe, a rede cearense é imbatível.
[50] Foi numa fianga que me tornei leitor. Um
leitor improvável no sítio das Cobras, no município
de Santana do Cariri, já nas proximidades de
Aratama. Um redário faz milagres.
Imagina se o doutor Sigmund Freud
[55] tivesse tido a sorte de conhecer esse utensílio com
a marca estilosa do Nordeste. O divã teria sido
trocado na hora. Em uma boa rede de Jaguaruana,
a gente confessa as mais distantes lembranças
encobridoras do fundo da alma.
SÁ, Xico. Rede cearense é a mais avançada das tecnologias da humanidade. Diário do Nordeste. Fortaleza, 26 de out. 2024. Adaptado.
Para referir-se à rede de dormir como “fiangas” (linha 14) e “Ini” (linha 39), o autor está utilizando-se da
Questão 39 14593981
Campo Real Medicina 2025O texto a seguir é referência para a questão abaixo.
Influência das línguas africanas no português brasileiro é alvo de estigmas.
Davi Caldas
A influência de línguas africanas na língua portuguesa brasileira recebeu o nome de pretoguês e gera, até hoje, diversos estigmas e preconceitos. De acordo com Sheila Perina, doutoranda pela Faculdade de Educação (FE) da Universidade de São Paulo, em cotutela com a Universidade Pedagógica de Maputo, da África, o termo tem origem colonial e surgiu para indicar uma maneira pejorativa de classificar o português falado pelos negros nas ex-colônias, indicando que o modo de falar dos africanos e de seus descendentes não poderia ser considerado português legítimo.
Apesar disso, ela explica que o termo ganhou um novo significado em solo brasileiro: “Por conta desses discursos que circulavam durante o período colonial no Brasil, a antropóloga e intelectual Lélia González propõe uma positivação do termo, para descrever a variedade do português que é profundamente influenciado pelas línguas africanas. Nós falamos o pretoguês, um português profundamente marcado pelas influências das línguas africanas”.
Sobre as características da africanização do português brasileiro, a especialista comenta que o grupo de línguas Bantu tem um padrão silábico consoante-vogal que trouxe uma influência para a nossa língua. Alguns exemplos dessa influência na fala do português brasileiro são o apagamento ou enfraquecimento do “r” final dos infinitivos verbais, além da não marcação do plural com o morfema “s”, como ocorre no português europeu – nas línguas Bantu, a indicação do singular ou plural é feita por um prefixo, como indica Sheila.
Contudo, essa influência das línguas africanas no português é, frequentemente, alvo de estigmas. A doutoranda afirma que isso é produzido por opressões ligadas tanto à raça quanto à classe e é observável, por exemplo, no preconceito que muitas pessoas sofrem ao não marcarem o plural. Ela complementa: “Isso é devido à influência das línguas Bantu e é apresentado no português brasileiro quando nós dizemos ‘os menino’, ou ‘os livro’, porque marcamos esse plural inicialmente e não no final”.
Preconceito linguístico
Mesmo com muitas palavras brasileiras de origem africana, o que cria uma receptividade com o nosso léxico, com influências em nível estrutural, a pesquisadora alerta que há uma resistência das instituições de ensino em reconhecer a contribuição de línguas africanas. Isso ajuda a criar e perpetuar estigmas, enfatizando o racismo científico e linguístico enraizado na sociedade brasileira, fator que contribui para que as marcas das línguas africanas no português não sejam legitimadas.
“Os países que hoje têm o português como língua oficial e vivenciaram a colonização vivem questões, principalmente relacionadas à educação e à legitimação do português popular, que se assemelham. São países que têm a sua variedade popular do português profundamente marcada pela influência das línguas Bantu, e essa influência na estrutura da língua portuguesa tende, como um processo natural de evolução, a se distanciar da norma padrão, gerando estigma, racismo e preconceito. São elementos que as pessoas vivem diariamente e não se dão conta que isso tem uma raiz histórica que está ligada a todo o processo de colonização linguística que nós sofremos”, explica.
Por esse motivo, Sheila entende que a possibilidade de esses países se reunirem em um espaço de discussão é fundamental, em congregações sobre o debate da língua portuguesa brasileira e africana. Um desses exemplos foi a Semana da Língua Portuguesa em Pretória, na África do Sul, evento do qual a especialista foi palestrante.
Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/influencia-das-linguas-africanas-no-portugues-brasileiro-e-alvo-de-estigmas. Adaptado.
Os termos a seguir são usados no texto para remeter à Sheila Perina, EXCETO:
Questão 8 14712755
Mackenzie 2 Dia 2024Texto para a questão.
[1] Poetas niversitário,
Poetas de Cademia,
De rico vocabiJiaro
Cheio de mitologia;
[5] Se a gente canta o que pensa,
Eu quero pedir licença,
Pois mesmo sem português
Neste livrinho apresento
O prazê e o sofrimento
[10] De um poeta camponês.
[...]
Na minha pobre linguage,
A minha lira servage
Canto o que minha arma sente
E o meu coração incerra,
[15] As coisa de minha terra
E a vida de minha gente.
Patatjva do Assaré (1909-2002)
Em relação a elementos linguísticos presentes nos versos, assinale a alternativa correta.
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