Questões de Português - Gramática - Figuras de Linguagem - Comparação
61 Questões
Questão 12 14472005
EEAR 2° Etapa 2024Relacione as colunas quanto ao emprego das figuras de linguagem. Em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta.
1 – Comparação
2 – Metáfora
3 – Metonímia
4 – Hipérbole
( ) Nas festividades de final de ano, morro de medo dos fogos de artifício.
( ) “O rio era um bicho que de repente embrabecera.” (Deonísio da Silva)
( ) São muitos os desabrigados que necessitam de um teto para viver.
( ) O meu corpo é como uma fogueira.
Questão 10 8795514
UFV 2022Leia a tirinha a seguir para responder à questão.
A tira lida provoca o humor e a quebra da expectativa pelo fato de que um dos personagens utiliza-se de uma fala em linguagem literária, apesar de não saber traduzi-la, demonstrando que não entende bem aquilo que ele mesmo diz.
Para provocar esse efeito irônico, o autor da tira, na segunda cena, construiu a figura de linguagem
Questão 11 7337636
UNIVESP 2022Considere a tirinha de Quino.
No terceiro quadrinho, para responder ao questionamento do amigo, a personagem
Questão 7 6696351
UNIFAE 2022Considere o texto de Carlos Drummond de Andrade para responder a questão.
Vinte livros na ilha deserta
Aqui e ali continua a formular-se a velha pergunta: se fosse obrigado a passar seis meses numa ilha deserta, com direito a levar vinte livros, que obras escolheria? A indagação é capciosa e convida à cisma.
No fundo da pergunta, porém, é fácil descobrir logo outra preocupação. E vem a ser o gosto romântico que todos nós guardamos pela viagem, cada vez menos possível, às terras misteriosas que a civilização não desencantou. No mundo moderno, esse nomadismo elementar do homem encontra satisfação nas inúmeras possibilidades que lhe oferecem — ou ofereciam — trens, aviões, e vapores em contínuo movimento. Mas as viagens eram previstas escrupulosamente pelas companhias de transporte. Guias cautelosos conduziam o nômade pelas ruas em que ele amaria perder-se; ministravam-lhe noções exatas sobre a significação dos monumentos; tudo lhe davam, mas igualmente tudo lhe tiravam.
Por que será que o homem civilizado sonha tanto com a ilha deserta? Pelo desejo romântico de aventura, já se disse. Pela aflitiva necessidade de solidão, convém acrescentar. As grandes cidades atormentam-no de tal sorte com os ruídos incoerentes e a complexidade de sua vida, que ele se volta para a ilha anônima como para um deserto habitável.
(“Folha da Manhã”, São Paulo, 08.10.1942. In: Amor nenhum dispensa uma gota de ácido. Hélio de Seixas Guimarães (org.), 2019. Adaptado.)
No trecho “tudo lhe davam, mas igualmente tudo lhe tiravam” (2º parágrafo), verifica-se emprego de
Questão 71 12392448
UECE 2ª Fase - 1º Dia 2021/1Texto
Padrão de beleza: mutante, mas sempre ao nosso redor
Fomos ensinadas a agradar e a nos
preocupar com a opinião alheia, a nos
[160] comportar de determinada maneira, a nos
vestir com roupas específicas, ter um tipo
de cabelo e por aí vai.
Quando não seguimos a cartilha,
algumas pessoas se sentem no direito de
[165] fazer comentários ou brincadeiras sobre
nossas características físicas sem ninguém
ter pedido uma opinião. Ao longo dos anos,
isso vai se internalizando em nós. Passamos
a ver como problema algo que nem era
[170] uma questão, dando poder a palavras
destrutivas.
Bom, nós sabemos que mesmo
racionalizando tudo isso, muitas vezes nos
pegamos inseguras por não apresentarmos
[175] um conjunto de traços que satisfaçam essas
expectativas.
Por muito tempo, fomos ensinadas a
agir dessa maneira. Quando não somos
magras o suficiente ou temos estrias, nos
[180] culpamos e seguimos em busca de melhorar
a todo custo. Entender essa dinâmica é o
primeiro passo para construir uma mudança
real e significativa em nossas vidas.
Se antes os grandes culpados eram
[185] os ensaios fotográficos e as campanhas
publicitárias estampados nas revistas
femininas, hoje somos bombardeadas por
centenas de imagens. Facebook, Instagram
e Pinterest estão aí para mostrar padrões
[190] de beleza corporal a todo o momento. Ou
seja, o padrão de beleza imposto pela
mídia agora também é encontrado nas
redes sociais. Uma das maiores
problemáticas desse ambiente é que,
[195] mesmo dando preferência para seguir
pessoas conhecidas, ainda há uma tentativa
constante, por parte de todas nós, de
mostrarmos uma existência maravilhosa.
São fotos e mais fotos de pessoas
[200] malhando loucamente, sem estrias ou sinais
de celulite. E pensamos: por que não eu?
Esse momento pode ser o mais perigoso
porque gera muitas frustrações.
Está tudo bem você querer perder
[205] uns quilinhos ou seguir um estilo mais
saudável, desde que seja uma escolha sua
e com acompanhamento médico. E esse é o
X da questão. Muitas vezes, queremos
alcançar níveis surreais de magreza ou
[210] definição que não têm nada a ver com a
gente.
Começamos a perseguir uma vida
que vemos em nosso feed, mas cujos
bastidores não conhecemos. Gastamos
[215] nosso salário em procedimentos estéticos,
dietas e para quê? Muitas vezes, apenas
para chegar a alguma meta difícil de ser
alcançada e que não combina com o nosso
estilo de vida e valores pessoais. [...]
[220] Se o seu ritmo é acordar mais cedo,
correr, voltar para a casa, comer uma
tapioca e se arrumar para o trabalho,
ótimo. Se você não é fã de uma rotina
regrada, gosta da sua alimentação do jeito
[225] que ela é, tudo certo também. E se um dia
você acordar e quiser mudar tudo, não tem
nenhum problema!
Sabemos que estamos falando de
um assunto delicado. No entanto,
[230] insistimos: escolha cuidar de você, da sua
saúde mental e da sua qualidade de vida
em primeiro lugar. E vamos nos apoiar
nesta caminhada, dando um passo por vez,
cada uma no seu ritmo. Vamos juntas, no
[235] agora ou no futuro, dizer: amo meu corpo
do jeitinho que ele é.
Texto adaptado. Disponível em https://www.pantys.com.br/blogs/pantys/padrao-debeleza-mutante-mas-sempre-ao-nosso-redor Acesso em 28 de maio de 2021.
A escolha pelo uso da primeira pessoa plural, no texto,
Questão 6 6706713
UNIFUNEC 2021Leia um trecho do conto “A caçada”, de Lygia Fagundes Telles, para responder à questão.
A loja de antiguidades tinha o cheiro de uma arca de sacristia com seus anos embolorados e livros comidos de traça. Com as pontas dos dedos, o homem tocou numa pilha de quadros. Uma mariposa levantou vôo e foi chocar-se contra uma imagem de mãos decepadas.
— Bonita imagem — disse ele.
A velha tirou um grampo do coque, e limpou a unha do polegar. Tornou a enfiar o grampo no cabelo.
— É um São Francisco.
Ele então voltou-se lentamente para a tapeçaria que tomava toda a parede no fundo da loja. Aproximou-se mais. A velha aproximou-se também.
— Já vi que o senhor se interessa mesmo é por isso… Pena que esteja nesse estado.
O homem estendeu a mão até a tapeçaria, mas não chegou a tocá-la.
— Parece que hoje está mais nítida…
— Nítida? — repetiu a velha, pondo os óculos. Deslizou a mão pela superfície puída. — Nítida, como?
— As cores estão mais vivas. A senhora passou alguma coisa nela? [...]
— Não passei nada, imagine… Por que o senhor pergunta?
— Notei uma diferença.
— Não, não passei nada, essa tapeçaria não aguenta a mais leve escova, o senhor não vê? Acho que é a poeira que está sustentando o tecido — acrescentou, tirando novamente o grampo da cabeça. Rodou-o entre os dedos com ar pensativo. [...]
Era uma caçada. No primeiro plano, estava o caçador de arco retesado, apontando para uma touceira espessa. Num plano mais profundo, o segundo caçador espreitava por entre as árvores do bosque, mas esta era apenas uma vaga silhueta, cujo rosto se reduzira a um esmaecido contorno. Poderoso, absoluto era o primeiro caçador, a barba violenta como um bolo de serpentes, os músculos tensos, à espera de que a caça levantasse para desferir-lhe a seta.
O homem respirava com esforço. Vagou o olhar pela tapeçaria que tinha a cor esverdeada de um céu de tempestade. Envenenando o tom verde-musgo do tecido, destacavam-se manchas de um negro-violáceo e que pareciam escorrer da folhagem, deslizar pelas botas do caçador e espalhar-se no chão como um líquido maligno. A touceira na qual a caça estava escondida também tinha as mesmas manchas e que tanto podiam fazer parte do desenho como ser simples efeito do tempo devorando o pano.
— Parece que hoje tudo está mais próximo — disse o homem em voz baixa. — É como se… Mas não está diferente? A velha firmou mais o olhar. Tirou os óculos e voltou a pô-los.
— Não vejo diferença nenhuma.
— Ontem não se podia ver se ele tinha ou não disparado a seta…
— Que seta? O senhor está vendo alguma seta?
— Aquele pontinho ali no arco… A velha suspirou.
— Mas esse não é um buraco de traça? Olha aí, a parede já está aparecendo, essas traças dão cabo de tudo — lamentou, disfarçando um bocejo. [...]
(Os cem melhores contos brasileiros do século, 2000. Adaptado.)
Nas passagens “a barba violenta como um bolo de serpentes” (14º parágrafo) e “simples efeito do tempo devorando o pano” (15º parágrafo), ocorrem, respectivamente, as figuras de linguagem
Pastas
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