Questões de Português - Gramática - Figuras de Linguagem - Hipérbato
35 Questões
Questão 23 8553332
ESA 2022Assinale a alternativa cuja definição da figura de linguagem esteja correta:
Questão 13 1374250
UESB 1° Dia 2019Texto 1:
Boa-noite
Boa noite, Maria! Eu vou-me embora.
A lua nas janelas bate em cheio...
Boa noite, Maria! É tarde... é tarde...
Não me apertes assim contra teu seio.
[5] Boa noite!... E tu dizes – Boa noite.
Mas não digas assim por entre beijos...
Mas não mo digas descobrindo o peito,
– Mar de amor onde vagam meus desejos.
Julieta do céu! Ouve... a calhandra
[10] já rumoreja o canto da matina.
Tu dizes que eu menti?... pois foi mentira...
...Quem cantou foi teu hálito, divina!
[...]
É noite ainda! Brilha na cambraia
– Desmanchado o roupão, a espádua nua –
[15] o globo de teu peito entre os arminhos
Como entre as névoas se balouça a lua...
[...]
A frouxa luz da alabastrina lâmpada
Lambe voluptuosa os teus contornos...
Oh! Deixa-me aquecer teus pés divinos
[20] Ao doudo afago de meus lábios mornos.
Mulher do meu amor! Quando aos meus beijos
Treme tua alma, como a lira ao vento,
Das teclas de teu seio que harmonias,
Que escalas de suspiros, bebo atento!
[...]
CASTRO ALVES. Espumas Flutuantes. In: ___. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. p. 122-123.
Texto 2:
Virgem morta
Ó minha amante, minha doce virgem,
Eu não te profanei, e dormes pura:
No sono do mistério, qual na vida,
Podes sonhar ainda na ventura.
[5] Bem cedo, ao menos eu serei contigo
— Na dor do coração a morte leio...
Poderei amanhã, talvez, meus lábios
Da irmã dos anjos encostar no seio...
[...]
Dorme ali minha paz, minha esperança,
[10] Minha sina de amor morreu com ela,
E o gênio do poeta, lira eólia
Que tremia ao alento da donzela!
[...]
No leito virginal de minha noiva
Quero, nas sombras do verão da vida,
[15] Prantear os meus únicos amores,
Das minhas noites a visão perdida!
Quero ali, ao luar, sentir passando
Por alta noite a viração marinha,
E ouvir, bem junto às flores do sepulcro,
[20] Os sonhos de sua alma inocentinha.
E quando a mágoa devorar meu peito,
E quando eu morra de esperar por ela,
Deixai que eu durma ali e que descanse,
Na morte ao menos, junto ao seio dela!
ALVARES DE AZEVEDO. Lira dos vinte anos. In: ____. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.
Marque com V ou com F, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmativas que apresentam aspectos formais referentes ao Texto 1 e ao Texto 2.
( ) No Texto 1, “A lua nas janelas bate em cheio...” (v. 2) constitui uma comparação.
( ) No Texto 2, em “Na dor do coração a morte leio” (v. 6), verifica-se um hipérbato.
( ) No Texto 1, “como entre as névoas se balouça a lua” (v. 16) constitui uma metonímia.
( ) No Texto 2, “E quando eu morra de esperar por ela, “ (v. 22) constitui uma hipérbole.
( ) “mar de amor” (Texto 1, v. 8) e “sono do mistério” (Texto 2, v. 3) são metáforas que se referem, respectivamente, ao seio da mulher amada e à morte da mulher amada.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a
Questão 6 6522065
FASM 2018Leia a tirinha de Charles M. Schulz para responder a questão.

Na frase “Eu tenho a maior coleção de piadas de gato do mundo!” verifica-se a presença da figura de linguagem
Questão 2 109989
UERJ 2016/2A PRESSA DE ACABAR
[1] Evidentemente nós sofremos agora em todo o mundo de uma dolorosa moléstia: a pressa de
acabar. Os nossos avós nunca tinham pressa. Ao contrário. Adiar, aumentar, era para eles a
suprema delícia. Como os relógios, nesses tempos remotos, não eram maravilhas de precisão,
os homens mediam os dias com todo o cuidado da atenção.
[5] Sim! Em tudo, essa estranha pressa de acabar se ostenta como a marca do século. Não há
mais livros definitivos, quadros destinados a não morrer, ideias imortais. Trabalha-se muito mais,
pensa-se muito mais, ama-se mesmo muito mais, apenas sem fazer a digestão e sem ter tempo
de a fazer.
Antigamente as horas eram entidades que os homens conheciam imperfeitamente. Calcular
[10] a passagem das horas era tão complicado como calcular a passagem dos dias. Inventavam-se
relógios de todos os moldes e formas.
Hoje, nós somos escravos das horas, dessas senhoras inexoráveis* que não cedem nunca e
cortam o dia da gente numa triste migalharia de minutos e segundos. Cada hora é para nós
distinta, pessoal, característica, porque cada hora representa para nós o acúmulo de várias
[15] coisas que nós temos pressa de acabar. O relógio era um objeto de luxo. Hoje até os mendigos
usam um marcador de horas, porque têm pressa, pressa de acabar.
O homem mesmo será classificado, afirmo eu já com pressa, como o Homus cinematographicus.
Nós somos uma delirante sucessão de fitas cinematográficas. Em meia hora de sessão tem-se
um espetáculo multiforme e assustador cujo título geral é: Precisamos acabar depressa.
[20] O homem de agora é como a multidão: ativo e imediato. Não pensa, faz; não pergunta, obra;
não reflete, julga.
O homem cinematográfico resolveu a suprema insanidade: encher o tempo, atopetar o tempo,
abarrotar o tempo, paralisar o tempo para chegar antes dele. Todos os dias (dias em que ele não
vê a beleza do sol ou do céu e a doçura das árvores porque não tem tempo, diariamente, nesse
[25] número de horas retalhadas em minutos e segundos que uma população de relógios marca,
registra e desfia), o pobre diabo sua, labuta, desespera com os olhos fitos nesse hipotético
poste de chegada que é a miragem da ilusão.
Uns acabam pensando que encheram o tempo, que o mataram de vez. Outros desesperados
vão para o hospício ou para os cemitérios. A corrida continua. E o Tempo também, o Tempo
[30] insensível e incomensurável, o Tempo infinito para o qual todo o esforço é inútil, o Tempo que
não acaba nunca! É satanicamente doloroso. Mas que fazer?
João do Rio Adaptado de Cinematógrafo: crônicas cariocas. Rio de Janeiro: ABL, 2009.
Hoje, nós somos escravos das horas, dessas senhoras inexoráveis que não cedem nunca (l. 12)
Neste fragmento, o autor emprega uma figura de linguagem para expressar o embate entre o homem e o tempo.
Essa figura de linguagem é conhecida como:
Questão 60 95213
UnB 1° Dia 2013/1Queixa-se o poeta em que o mundo vay errado, e querendo emendâlo o que tem por empreza difficultosa.
[1] Carregado de mim ando no mundo,
E o grande peso embarga-me as passadas,
Que como ando por vias desusadas,
[4] Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo.
O remédio será seguir o imundo
Caminho, onde dos mais vejo as pisadas,
[7] Que as bestas andam juntas mais ornadas,
Do que anda só o engenho mais profundo.
Não é fácil viver entre os insanos,
[10] Erra quem presumir que sabe tudo,
Se o atalho não soube dos seus danos.
O prudente varão há de ser mudo,
[13] Que é melhor neste mundo mar de enganos
Ser louco cos demais, que ser sisudo.
Gregório de Matos. Crônica do viver baiano seiscentista – obra poética completa – códice James Amado. 4.ª ed. Rio de Janeiro: Record, V. 1 1999, p. 347.
Considerando o texto acima, de Gregório de Matos, julgue o item.
No verso 11, a inversão de termos tem como efeito, entre outros, a descontinuidade do sintagma cujo núcleo é o vocábulo “atalho”.
Questão 5 15251344
FCMSCSP - Santa Casa Conhecimentos Gerais 2025Leia o soneto “XCIX”, do poeta Cláudio Manuel da Costa, para responder à questão.
Parece, ou eu me engano, que esta fonte
De repente o licor deixou turvado;
O Céu, que estava limpo e azulado,
Se vai escurecendo no horizonte:
Porque não haja horror, que não aponte
O agouro funestíssimo, e pesado,
Até de susto já não pasta o gado,
Nem uma voz se escuta em todo o monte.
Um raio de improviso na celeste
Região rebentou: um branco lírio
Da cor das violetas se reveste;
Será delírio! não, não é delírio.
Que é isto, Pastor meu? que anúncio é este?
Morreu Nise (ai de mim!), tudo é martírio.
(Domício Proença Filho (org.). A poesia dos inconfidentes, 1996.)
Por razões estilísticas, o poeta recorre a várias inversões sintáticas.
Está reescrito em ordem direta o seguinte trecho do soneto:
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