Questões de Português - Gramática - Figuras de Linguagem
2.230 Questões
Questão 40 14366041
UNICAMP Conhecimento Gerais 2025(Postagem de Renato Janine Ribeiro em seu perfil no Facebook, publicada em 27/2/2024.)
O "duplo sentido" a que o autor se refere está relacionado a uma
Questão 12 14472005
EEAR 2° Etapa 2024Relacione as colunas quanto ao emprego das figuras de linguagem. Em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta.
1 – Comparação
2 – Metáfora
3 – Metonímia
4 – Hipérbole
( ) Nas festividades de final de ano, morro de medo dos fogos de artifício.
( ) “O rio era um bicho que de repente embrabecera.” (Deonísio da Silva)
( ) São muitos os desabrigados que necessitam de um teto para viver.
( ) O meu corpo é como uma fogueira.
Questão 4 14031487
UEA - SIS 1º série 2025/2027 2024Para responder à questão, leia o trecho do “Sermão do Mandato”, de Antônio Vieira, pregado em Lisboa, no Hospital Real, ano de 1643.
Estes são os poderes do tempo sobre o amor. Mas sobre qual amor? Sobre o amor humano, que é fraco; sobre o amor humano, que é inconstante; sobre o amor humano, que não se governa por razão, senão por apetite; sobre o amor humano, que, ainda quando parece mais fino, é grosseiro e imperfeito. O amor, a quem remediou e pôde curar o tempo, bem poderá ser que fosse doença; mas não é amor. O amor perfeito, e que só merece o nome de amor, vive imortal sobre a esfera da mudança, e não chegam lá as jurisdições do tempo. Nem os anos o diminuem, nem os séculos o enfraquecem, nem as eternidades o cansam. Quis-nos declarar Salomão, diz Santo Agostinho, que o amor que é verdadeiro tem obrigação de ser eterno; porque, se em algum tempo deixou de ser, nunca foi amor. Notável dizer! Em todas as outras coisas o deixar de ser é sinal de que já foram; no amor o deixar de ser é sinal de nunca ter sido. Deixou de ser, pois nunca foi. Deixastes de amar, pois nunca amastes. O amor que não é de todo o tempo, e de todos os tempos, não é amor, nem foi; porque, se chegou a ter fim, nunca teve princípio. É como a eternidade, que se por impossível tivera fim, não teria sido eternidade.
(Antônio Vieira. Essencial, 2011. Adaptado.)
Antônio Vieira recorre a um enunciado antitético (ou seja, um enunciado em que duas palavras de sentido contrário se opõem) no seguinte trecho:
Questão 38 13478960
ENEM 1º Dia (Azul) 2024pessoas com suas malas
mochilas e valises
chegam e se vão
se encontram se despedem
e se despem
de seus pertences
como se pudessem chegar
a algum lugar onde elas mesmas
não estivessem
RUIZ, A. In: SANTANNA, A. Rua Aribau: coletânea de poemas. Porto Alegre: TAG, 2018.
Esse poema, por meio da ideia de deslocamento, metaforiza a tentativa de pessoas
Questão 26 12065702
UFSM Tarde 2024Para responder à questão, considere o texto a seguir.
ÚLTIMA CARTA DE PAUL KLEE AOS GATOS DA SUA VIDA
Queridos Nuggi, Fritzy e Binho,
Chegando ao fim da minha vida, dirijo-vos esta
carta para vos dar conta da importância que tiveram
no meu atribulado percurso como pintor.
[5] Creio que não teria chegado aonde cheguei como
artista do meu tempo sem o vosso amor e a inspi-
ração que nunca me regatearam.
Fiz questão de vos manter presentes em tudo
quanto fiz, desde as cartas aos poemas, passando,
[10] naturalmente, pelos quadros em que tentei modes-
tamente representar-vos.
Vocês acompanharam-me nas horas de sofr-
imento e de incerteza, de exílio e de privação, mas
também naquelas que me deram a ilusão da feli-
[15] cidade. Primeiro, o meu querido Nuggi, cinzento e
meigo, ainda nos anos da juventude; depois, Fritzy,
tigrado, brincalhão e matreiro, a quem também
chamei Fripouille, nos tempos mais intensos da
criação pictórica e também do reconhecimento ar-
[20] tístico pelo público e pela crítica; por fim, Bimbo,
branco e discreto, já nos anos da doença e da de-
cadência física, sempre dedicado, sempre presente,
sempre terno e atento.
Devo confessar que sempre vislumbrei em vós um
[25] toque do sagrado, porque não hesito em considerar-vos
seres divinos, que eu não fui capaz de retratar com
o talento merecido nas telas e nos desenhos em que
vos tentei eternizar. Sim, é verdade que vos escrevi
cartas, sobretudo a Bimbo, já no fim da vida, e que
[30] não tinha sossego nos meus telefonemas sempre
que me diziam que algum de vocês estava doente ou
andava fugido. Isso nunca foi uma fraqueza minha e
sim uma das principais manifestações do amor que
consegui partilhar com outros seres.
[35] Ainda assim, alguns dos quadros de que mais
gosto são precisamente aqueles em que vos reser-
vei lugar, com títulos como O Gato e o Pássaro ou
A Montanha do Gato Sagrado. Os gatos ajudaram
também a fortalecer amizades com artistas e poetas
[40] que comungam comigo esse amor e essa admiração
irrenunciáveis. Foi o que aconteceu com Rainer Maria
Rilke. Até isso eu vos fiquei a dever, tributo reserva-
do a um pintor que tentou sempre estar à altura da
vossa ternura e infinita capacidade de dádiva.
[45] Agora que estou de partida, levo comigo a re-
cordação do que vocês foram para mim e a con-
vicção de que não teria sido o que fui, nem teria
chegado aonde cheguei, sem o vosso amparo e a
vossa dedicação. No meu íntimo, sei que volta-
[50] remos a encontrar-nos, porque não pode acabar
no perecível mundo material e terreno um amor
como foi o nosso.
Eternamente vosso,
Paul Klee
Fonte: LETRIA, J. J. Última carta de Paul Klee aos gatos da sua vida. In: LETRIA, J. J. Amados gatos: pequenas histórias de gatos célebres. Oficina do Livro: Alfragide, Portugal, 2005. (Adaptado)
Os termos “primeiro” (ℓ. 15), “depois” (ℓ. 16) e “por fim” (ℓ. 20) são empregados para indicar
Questão 9 12046592
UNIFESP 1º Dia 2024Leia o soneto de Manuel Maria Barbosa du Bocage para responder à questão.
Nos campos o vilão1 sem sustos passa,
Inquieto na corte o nobre mora;
O que é ser infeliz aquele ignora,
Este encontra nas pompas a desgraça.
Aquele canta e ri; não se embaraça
Com essas coisas vãs que o mundo adora;
Este (oh, cega ambição!) mil vezes chora,
Porque não acha bem que o satisfaça.
Aquele dorme em paz no chão deitado,
Este, no ebúrneo2 leito precioso,
Nutre, exaspera velador cuidado3.
.
Triste! Sai do palácio majestoso:
Se hás-de ser cortesão, mas desgraçado,
Antes ser camponês e venturoso!
(Bocage. Poemas escolhidos, 1974.)
1vilão: camponês.
2ebúrneo: feito de marfim.
3cuidado: preocupação, inquietação.
O eu lírico lança mão do recurso retórico conhecido como hipérbole no seguinte verso:
Pastas
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