Questões de Literatura - Poemas
218 Questões
Questão 25 14567681
Unioeste 1° Etapa Manhã 2025O poema “Descreve naquele tempo o que era a cidade da Bahia” de autoria de Gregório de Matos é um exemplo significativo da poesia do autor denominado como Boca do Inferno.
Quanto à poesia do autor, trata-se de um soneto que se enquadra em seu seguinte estilo
Questão 41 14562263
URCA Dia 2° 2025/1Leia o texto a seguir (poema de ma njanu) e responda à questão.
njanu, ma. olho de tigre com fome: considerac¸oes sobre uma literatura perversa. Fortaleza: ma njanu, 2020
O poema de ma njanu utiliza a disposição visual dos versos como recurso expressivo para construção de sentido do discurso.
Com base nesse aspecto, analise as alternativas e assinale aquela que melhor interpreta o papel da visualidade na construção de sentido do poema:
Questão 28 14516482
FGV-SP Administração - UNIFICADO 2025/1Texto para a questão.
NO MEIO DO CAMINHO
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia.
Para dar concreção verbal à vivência de choque produzida pelo encontro com o obstáculo, o poema vale-se, primordialmente, do recurso à
Questão 8 14412197
Albert Einstein 2025Para responder à questão, leia o poema “ Aproximação do terror”, de Murilo Mendes, escrito entre 1943 e 1945, mas publicado originalmente em 1947 no livro Poesia Liberdade.
1
Dos braços do poeta
Pende a ópera do mundo
(Tempo, cirurgião do mundo): —
O abismo bate palmas,
A noite aponta o revólver.
Ouço a multidão, o coro do universo,
O trote das estrelas
Já nos subúrbios da caneta:
As rosas perderam a fala.
Entrega-se a morte a domicílio.
Dos braços…
Pende a ópera do mundo.
2
Tenho que dar de comer ao poema.
Novas perturbações me alimentam:
Nem tudo o que penso agora
Posso dizer por papel e tinta.
O poeta já nasce conscrito,
Atento às fascinantes inclinações do erro,
Já nasce com as cicatrizes da liberdade.
O ouvido soprando sua trompa
Percebe a galope
A marcha do número 666.
Palpo1 a Quimera2.
O tremor
E os jasmins da palavra “jamais”.
3
Dos telhados abstratos
Vejo os limites da pele,
Assisto crescerem os cabelos dos minutos
No instante da eternidade.
Vejo ouvindo, ouço vendo.
Considero as tatuagens dos peixes,
O astro monossecular.
Os rochedos colocam-se máscaras contra
[pássaros asfixiantes.
A grande Babilônia ergue o corpo de dólares.
Ruído surdo, o tempo oco a tombar…
A espiral das gerações cresce.
(Murilo Mendes. Antologia poética, 2014.)
1 palpar: apalpar.
2 Quimera: monstro mitológico com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente.
Em um ensaio sobre o poema de Murilo Mendes, o crítico Murilo Marcondes de Moura assinalou que, “à sua maneira, ‘Aproximação do terror’ também é um poema em que se dis cutem o lugar do poeta e a função da poesia” (In: Alfredo Bosi (org.). Leitura de poesia, 2007.).
A se considerar esse ponto de vista do crítico, o poema assume também uma dimensão
Questão 38 14290197
FUVEST (USP) Conhecimento Gerais 2025/1Bem-vinda!
“Eram faíscas suas palavras que me queimavam em
doses homeopáticas
durante todas as noites…
Foram longos anos, dia após dia perdendo um pouco
mais minha autoestima,
abrindo mão das roupas que gostava, dos estudos, do
trabalho e das amigas
fazendo de tudo pra evitar brigas,
mas ele sempre dizia que a culpa era minha.
Até que um dia, me empurrou, me acuou
como se eu pudesse caber em qualquer fresta,
encurralada,
me mandou ficar calada e, com medo, obedeci.
Eu pedia desculpa toda vez depois de falar
como se fosse um defeito de nascença querer me
colocar.
A minha casa se tornou um ambiente tão hostil e eu,
prisioneira das minhas próprias ideias,
acreditando que o amor era isso, esse abismo, onde só
um fala e o outro, fica omisso.
Precisei tirar forças de lugares sagrados
pra me afastar e reagir, recolher meus pedaços.
Meus olhos encheram de mar, eu desaguei,
decidi não mais me calar, denunciei!
E depois do silêncio quebrado, meus pensamentos em
guerra cessaram,
recuperei o fôlego e ouvi meu coração sendo grato.
Encontrei em mim um porto seguro, entendi que meu
corpo é meu lar
e, no caminho até ele, escolho quem anda comigo e
quem convido pra entrar.
Hoje, quando olho pra dentro, vejo uma nova mulher
renascendo,
eu celebro sua chegada e contemplo essa nova vida.
Sem medo, abro a janela de casa
e, com olhar de quem há tanto tempo esperava,
te pego pela mão e digo:
Seja bem-vinda!”
Mel Duarte. Colmeia - Poemas Reunidos.
Assinale a alternativa que apresenta uma correspondência correta entre os versos destacados e os recursos utilizados para evidenciar a dor expressa no poema.
Questão 37 14290196
FUVEST (USP) Conhecimento Gerais 2025/1Bem-vinda!
“Eram faíscas suas palavras que me queimavam em
doses homeopáticas
durante todas as noites…
Foram longos anos, dia após dia perdendo um pouco
mais minha autoestima,
abrindo mão das roupas que gostava, dos estudos, do
trabalho e das amigas
fazendo de tudo pra evitar brigas,
mas ele sempre dizia que a culpa era minha.
Até que um dia, me empurrou, me acuou
como se eu pudesse caber em qualquer fresta,
encurralada,
me mandou ficar calada e, com medo, obedeci.
Eu pedia desculpa toda vez depois de falar
como se fosse um defeito de nascença querer me
colocar.
A minha casa se tornou um ambiente tão hostil e eu,
prisioneira das minhas próprias ideias,
acreditando que o amor era isso, esse abismo, onde só
um fala e o outro, fica omisso.
Precisei tirar forças de lugares sagrados
pra me afastar e reagir, recolher meus pedaços.
Meus olhos encheram de mar, eu desaguei,
decidi não mais me calar, denunciei!
E depois do silêncio quebrado, meus pensamentos em
guerra cessaram,
recuperei o fôlego e ouvi meu coração sendo grato.
Encontrei em mim um porto seguro, entendi que meu
corpo é meu lar
e, no caminho até ele, escolho quem anda comigo e
quem convido pra entrar.
Hoje, quando olho pra dentro, vejo uma nova mulher
renascendo,
eu celebro sua chegada e contemplo essa nova vida.
Sem medo, abro a janela de casa
e, com olhar de quem há tanto tempo esperava,
te pego pela mão e digo:
Seja bem-vinda!”
Mel Duarte. Colmeia - Poemas Reunidos.
A expressão bem-vinda usada no título e repetida no último verso faz alusão
Pastas
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