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Questões de Literatura - Literatura brasileira - Escolas Literárias - Naturalismo

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289 Questões

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Questão 6 14529122
Fácil 00:00

UEMA PAES 2025
  • Literatura
  • Sugira
  • Literatura brasileira Realismo brasileiro
  • Escolas Literárias
  • Naturalismo
  • Exibir tags
Resolução comentada

Aluísio de Azevedo, maranhense nascido em São Luís, autor de Casa de Pensão, mantém em sua ficção relações vivas com o mundo real, demonstrando como comportamentos humanos são determinados pelo meio. Foram selecionados dois fragmentos que servem de base para a questão.

 

        Texto I

 

    Estava hospedado há dois dias em casa do Campos; esse tempo levara ele a entregar cartas e encomendas. À noite, fatigado e entorpecido pelo calor, mal tinha ânimo para dar uma vista de olhos pelas ruas da cidade.

    Entretanto, a vida externa o atraía de um modo desabrido; estalava por cair no meio desse formigueiro, desse bulício vertiginoso, cuja vibração lhe chegava aos ouvidos, como os ecos longínquos de uma saturnal. Queria ver de perto o que vinha a ser essa grande Corte, de que tanto lhe falavam; ouvira contar maravilhas a respeito de cortesãs cínicas e formosas, ceias pela madrugada, passeios ao Jardim Botânico, em carros descobertos, o champanhe ao lado, o cocheiro bêbado; – e tudo isso o atraía em silêncio, e tudo isso o fascinava, o visgava com domínio secreto de um vício antigo.

    – Mas, por onde havia de principiar?... Não tinha relações, não tinha amigos que o encaminhassem! Além disso, o Campos estava sempre a lhe moer o juízo com as matrículas, com a entrada na academia, com um inferno de obrigações a cumprir, cada qual mais pesada, mais antipática, mais insuportável!

    – Olhe, seu Amâncio, que o tempo não espicha – encolhe!... É bom ir cuidando disso!... repetia-lhe o negociante, fazendo ar sério e comprometido. - Veja agora se vai perder o ano! Veja se quer arranjar por aí um par de botas!...

    Amâncio fingia-se logo muito preocupado com os estudos e falava calorosamente na matrícula.

    Mexa-se então, homem de Deus! bradava o outro. – Os dias estão correndo!...

    Afinal, graças aos esforços do Campos, conseguiu matricular-se na academia, duas semanas depois de ter chegado ao Rio de Janeiro.

AZEVEDO, Aluísio de. Casa de Pensão. Editora Ática, 1997.

 

        Texto II

    [...]

    – Bem me dizia o Simões, pensou ele. – Bem me dizia o Simões “Quando te começarem as aventuras, hás de ver o que vai por esta sociedade!” [...]

    – O Simões tinha toda a razão ... principiavam as aventuras! Diabo era aquela asneira de abandonar tão intempestivamente a casa do Campos! Fora uma triste ideia, que dúvida! mas ele também não podia adivinhar quais seriam as intenções de Hortência!... O melhor por conseguinte era não se apoquentar – o que lhe estivesse destinado havia de chegar- lhe às mãos!...

    E já nem pensava nisso quando subiu as escadas da casa de pensão. Sorrisos amáveis de Amelinha e de Mme. Brizard o receberam desde a entrada. Coqueiro estava na rua.

    Veio à conversa o baile dessa noite. Amâncio, pela primeira vez, ia conhecer uma sala da Corte. As duas senhoras profetizavam que ele voltaria cativo por alguma carioca.

    – Duvido! respondeu o estudante, a rir.

    – É! disse a francesa – vocês do Norte são todos uns santinhos! Eu já os conheço! Nunca vi gente tão assanhada.

    Amelinha abaixou os olhos, depois de lançar à outra um gesto repreensivo. Mme. Brizard não fez caso e acrescentou:

    – Os demônios não podem ver um rabo-de-saia!

    – Loló! censurou Amelinha em voz baixa.

    – Também não é tanto assim! ... contradisse o provinciano.

    Mme. Brizard citou logo os exemplos de casa, até ali entre todos os seus hóspedes, só os nortistas davam sorte em questão de amor. – Um deles, um tal Benfica Duarte, chegara a raptar com escândalo uma crioula, e crioula feia!

AZEVEDO, Aluísio de. Casa de Pensão. Editora Ática, 1997.

Considerando a estreita relação entre protagonista e a construção do enredo, o trecho “O melhor por conseguinte era não se apoquentar – o que lhe estivesse destinado havia de chegar-lhe às mãos!” exemplifica e, até antecipa ao leitor, na perspectiva do Naturalismo, o determinismo

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Questão 14 14615411
Fácil 00:00

UFAM PSC 2º etapa 2024
  • Literatura
  • Sugira
  • Literatura brasileira
  • Escolas Literárias
  • Naturalismo Realismo
  • Exibir tags
Resolução comentada

(ADAPTADA) Analise as informações a seguir sobre Aluísio Azevedo e o Realismo/Naturalismo, preenchendo a coluna da esquerda com V, se a afirmativa for VERDADEIRA, e F, se for FALSA:

 

(  ) O Naturalismo apresenta o homem como "produto" de forças naturais; os temas voltam-se para a análise dos comportamentos patológicos do homem, das suas taras sexuais e da sua animalização.
(  ) No livro O mulato, de Aluísio Azevedo, é feita uma crítica social, a partir da sátira a personagens típicos de São Luís, como o comerciante grosseiro, as beatas e fofoqueiras, o padre sedutor, entre outros.
(  ) O enredo de O Cortiço, de Aluísio Azevedo, gira em torno do Cortiço São Romão, cujo dono era o português João Romão, homem sovina que levava uma vida de privações para economizar e enriquecer.
(  ) Bertoleza e João Romão são personagens de O Cortiço.

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Questão 5 14511863
Fácil 00:00

UPE 3ª Fase 1º Dia SSA 2024
  • Literatura
  • Sugira
  • Literatura brasileira Textos Literários
  • Elementos da narrativa Escolas Literárias
  • Naturalismo Personagens
  • Exibir tags
Resolução comentada

    Até ali, Clara não dissera palavra; e Dona Salustiana, mesmo antes de saber que aquela moça era mais uma vítima da libidinagem do filho, quase não a olhava; e, se o fazia, era com evidente desdém. A moça foi notando isso e encheu-se de raiva, de rancor por aquela humilhação por que passava, além de tudo que sofria e havia ainda de sofrer.

    Ao ouvir a pergunta de Dona Salustiana, não se pôde conter e respondeu como fora de si:

    — Que se case comigo.

    Dona Salustiana ficou lívida; a intervenção da mulatinha a exasperou. Olhou-a cheia de malvadez e indignação, demorando o olhar propositadamente. Por fim, expectorou:

    — Que é que você diz, sua negra?

    [...]

    A velha continuou:

    — Casado com gente dessa laia... Qual!... Que diria meu avô, Lord Jones, que foi cônsul da Inglaterra em Santa Catarina — que diria ele, se visse tal vergonha? Qual!

    Parou um pouco de falar; e, após instantes, aduziu:

    — Engraçado, essas sujeitas! Queixam-se de que abusaram delas... É sempre a mesma cantiga... Por acaso, meu filho as amarra, as amordaça, as ameaça com faca e revólver? Não. A culpa é delas, só delas...

    Dona Margarida ia perguntar: "Que decide, então?" — quando se ouviram passos na escada. Era o dono da casa. Entrando e deparando-se-lhe aquele quadro, suspendeu os passos e parou no meio da sala.

    Olhou tudo e todos e perguntou:

    — Que há?

    "Papai" — ia dizendo uma das filhas; — mas sabendo, por aí, quem era aquele homem, Clara correu para ele, ajoelhou-se e implorou:

    — Tenha pena de mim, "Seu" Azevedo! Tenha pena de uma infeliz! Seu filho me desgraçou!

    O velho Azevedo descansou os embrulhos, levantou a moça, fê-la sentar-se; e ele, sentando-se por sua vez, pôs-se a olhar, cheio de pena, o dorido rosto da rapariga. Todos os olhos se fixaram nele; ninguém respirava. Afinal, Azevedo falou:

    — Minha filha, eu não te posso fazer nada. Não tenho nenhuma espécie de autoridade sobre "ele"... Já o amaldiçoei... Demais, "ele" fugiu e eu já esperava que essa fuga fosse para esconder mais alguma das suas ignóbeis perversidades... Tu, minha filha, te ajoelhaste diante de mim ainda agora. Era eu que devia ajoelhar-me diante de ti, para te pedir perdão por ter dado vida a esse bandido — que é o meu filho... Eu, como pai, não o perdoo; mas peço que Deus me perdoe o crime de ser pai de tão horrível homem... Minha filha, tem dó de mim, deste pobre velho, deste amargurado pai, que há dez anos sofre as ignomínias que meu filho espalha por aí, mais do que ele... Não te posso fazer nada... Perdoa-me, minha filha! Cria teu filho e me procura se...

    Não acabou a frase. A voz sumiu-se; ele descaiu o corpo sobre a cadeira e os olhos se foram tornando inchados.

    As filhas acudiram, a mulher também; e uma daquelas, chorando, pediu à Clara e à Dona Margarida:

    — É favor, minhas senhoras; retirem-se, sim?

    Na rua, Clara pensou em tudo aquilo, naquela dolorosa cena que tinha presenciado e no vexame que sofrera. Agora é que tinha a noção exata da sua situação na sociedade. Fora preciso ser ofendida irremediavelmente nos seus melindres de solteira, ouvir os desaforos da mãe do seu algoz, para se convencer de que ela não era uma moça como as outras; era muito menos no conceito de todos. [...]

BARRETO, Lima. Clara dos Anjos. São Paulo: Ática, 2002. p. 131-133. (Fragmento)

O Texto é o trecho de um romance de Lima Barreto que, como em quase toda sua obra, denuncia mazelas sociais, como o racismo e o machismo.

 

Esses problemas sociais são percebidos nas falas e ações de cada um dos personagens, como é o caso de

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Questão 16 13198080
Fácil 00:00

UnirG Medicina 2024/1
  • Literatura
  • Sugira
  • Literatura brasileira
  • Escolas Literárias
  • Naturalismo
  • Exibir tags
Resolução comentada

Leia o fragmento a seguir:

 

“E, naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.”

 

Nele, estão contidos elemento da estética literária:

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Questão 25 13442561
Fácil 00:00

ENEM PPL 1º Dia (Azul – Reaplicação) 2023
  • Literatura
  • Sugira
  • Literatura brasileira
  • Escolas Literárias
  • Naturalismo Realismo
  • Exibir tags
Resolução comentada

Terça-feira, 30 de maio de 1893.

 

Eu gosto muito de todas as festas de Diamantina; mas quando são na igreja do Rosário, que é quase pegada à chácara de vovó, eu gosto ainda mais. Até parece que a festa é nossa. E este ano foi mesmo. Foi sorteada para rainha do Rosário uma ex-escrava de vovó chamada Júlia e para rei um negro muito entusiasmado que eu não conhecia. Coitada de Júlia! Ela vinha há muito tempo ajuntando dinheiro para comprar um rancho. Gastou tudo na festa e ainda ficou devendo. Agora é que eu vi como fica caro para os pobres dos negros serem reis por um dia. Júlia com o vestido e a coroa já gastou muito. Além disso, teve de dar um jantar para a corte toda. A rainha tem uma caudatária que vai atrás segurando na capa que tem uma grande cauda. Esta também é negra da chácara e ajudou no jantar. Eu acho graça é no entusiasmo dos pretos neste reinado tão curto. Ninguém rejeita o cargo, mesmo sabendo a despesa que dá!

MORLEY, H. Minha vida de menina. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.

 

O trecho apresenta marcas textuais que justificam o emprego da linguagem coloquial.

 

O tom informal do discurso se deve ao fato de que se trata de um(a)

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Questão 3 12658010
Fácil 00:00

UEA - SIS 2ª Etapa 2024/2026 2023
  • Literatura
  • Sugira
  • Literatura brasileira
  • Escolas Literárias
  • Naturalismo Realismo
  • Exibir tags
Resolução comentada

Leia o trecho do conto “O alienista”, de Machado de Assis, para responder à questão abaixo.

 

    No fim de cinco meses e meio estava vazia a Casa Verde; todos curados! [...]

    Agora, se imaginais que o alienista1 ficou radiante ao ver sair o último hóspede da Casa Verde, mostrais com isso que ainda não conheceis o nosso homem. Plus ultra! 2 era a sua divisa. Não lhe bastava ter descoberto a teoria verdadeira da loucura; não o contentava ter estabelecido em Itaguaí o reinado da razão. Plus ultra! Não ficou alegre, ficou preocupado, cogitativo; alguma coisa lhe dizia que a teoria nova tinha, em si mesma, outra e novíssima teoria.

    — Vejamos, pensava ele; vejamos se chego enfim à última verdade.

    Dizia isto, passeando ao longo da vasta sala, onde fulgurava a mais rica biblioteca dos domínios ultramarinos de Sua Majestade. [...] Era assim que ele ia, o grande alienista, de um cabo a outro da vasta biblioteca, metido em si mesmo, estranho a todas as coisas que não fosse o tenebroso problema da patologia cerebral. Súbito, parou. Em pé, diante de uma janela, com o cotovelo esquerdo apoiado na mão direita, aberta, e o queixo na mão esquerda, fechada, perguntou ele a si:

    — Mas deveras estariam eles doidos, e foram curados por mim, — ou o que pareceu cura, não foi mais do que a descoberta do perfeito desequilíbrio do cérebro?

    E cavando por aí abaixo, eis o resultado a que chegou: os cérebros bem organizados que ele acabava de curar, eram tão desequilibrados como os outros. Sim, dizia ele consigo, eu não posso ter a pretensão de haver-lhes incutido um sentimento ou uma faculdade nova; uma e outra coisa existiam no estado latente, mas existiam.

    Chegado a esta conclusão, o ilustre alienista teve duas sensações contrárias, uma de gozo, outra de abatimento. A de gozo foi por ver que, ao cabo de longas e pacientes investigações, constantes trabalhos, luta ingente com o povo, podia afirmar esta verdade: — não havia loucos em Itaguaí; Itaguaí não possuía um só mentecapto. Mas tão depressa esta ideia lhe refrescara a alma, outra apareceu que neutralizou o primeiro efeito; foi a ideia da dúvida. Pois quê! Itaguaí não possuiria um único cérebro concertado? Esta conclusão tão absoluta não seria por isso mesmo errônea, e não vinha, portanto, destruir o largo e majestoso edifício da nova doutrina psicológica?

    A aflição do egrégio Simão Bacamarte é definida pelos cronistas itaguaienses como uma das mais medonhas tempestades morais que têm desabado sobre o homem. Mas as tempestades só aterram os fracos; os fortes enrijam-se contra elas e fitam o trovão. Vinte minutos depois alumiou-se a fisionomia do alienista de uma suave claridade.

    — Sim, há de ser isso, pensou ele.

    Isso é isto. Simão Bacamarte achou em si os característicos do perfeito equilíbrio mental e moral; pareceu-lhe que possuía a sagacidade, a paciência, a perseverança, a tolerância, a veracidade, o vigor moral, a lealdade, todas as qualidades enfim que podem formar um acabado mentecapto.

(Machado de Assis. 50 contos, 2007.)

1 alienista: médico especialista em doenças mentais.

2 Plus ultra!: expressão latina que significa “Mais além!”.

    O leitor é figura fundamental na prosa machadiana da maturidade.

 

Verifica-se a inclusão do leitor na narrativa no seguinte trecho:

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