Questões de Literatura - Literatura brasileira - Escolas Literárias - Barroco
438 Questões
Questão 25 14567681
Unioeste 1° Etapa Manhã 2025O poema “Descreve naquele tempo o que era a cidade da Bahia” de autoria de Gregório de Matos é um exemplo significativo da poesia do autor denominado como Boca do Inferno.
Quanto à poesia do autor, trata-se de um soneto que se enquadra em seu seguinte estilo
Questão 23 15116403
UNIEVANGÉLICA Medicina 2024/2A Jesus Cristo Nosso Senhor
Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido;
Antes, quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida já cobrada,
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
MATOS, Gregório de. Seleção, introdução e notas: José Miguel Wisnik. Poemas escolhidos. São Paulo: Cultrix. p. 218.
Analise o poema, de Gregório de Matos, poeta barroco brasileiro e assinale a alternativa que distingue as características do texto literário, apresentadas no poema, das características de um texto não literário.
Questão 12 14760312
ESPM 2024/1Leia o soneto que segue para responder à questão.
A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar a cabana, e vinha,(1)
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um bem frequente olheiro,(2)
Que a vida do vizinho, e da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
Para a levar à praça, e ao terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos pelos pés os homens nobres,
Posta nas palmas toda a picardia.(3)
Estupendas usuras nos mercados,(4)
Todos os que não furtam muito pobres:
E eis aqui a cidade da Bahia.
(MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos - Seleção de José Miguel Wisnik. 2a ed. São Paulo: Cultrix, [s.d.])
1. Casa e trabalho
2. Observador, fofoqueiro.
3. Refere-se aos escravos que o poeta considerava malandros, tratados na palma da mão pelos nobres e sem respeito nenhum pelos donos.
4. Juros exagerados, abusos excessivos nos mercados.
A segunda estrofe trata diretamente de
Questão 11 14760305
ESPM 2024/1Leia o soneto que segue para responder à questão.
A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar a cabana, e vinha,(1)
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um bem frequente olheiro,(2)
Que a vida do vizinho, e da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
Para a levar à praça, e ao terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos pelos pés os homens nobres,
Posta nas palmas toda a picardia.(3)
Estupendas usuras nos mercados,(4)
Todos os que não furtam muito pobres:
E eis aqui a cidade da Bahia.
(MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos - Seleção de José Miguel Wisnik. 2a ed. São Paulo: Cultrix, [s.d.])
1. Casa e trabalho
2. Observador, fofoqueiro.
3. Refere-se aos escravos que o poeta considerava malandros, tratados na palma da mão pelos nobres e sem respeito nenhum pelos donos.
4. Juros exagerados, abusos excessivos nos mercados.
Na primeira estrofe, o soneto apresenta denúncia relacionada à
Questão 4 15181987
Unichristus 2023/2Meu Deus, que estais pendente em um madeiro,
Em cuja lei protesto de viver,
Em cuja santa lei hei de morrer
Animoso, constante, firme e inteiro.
Neste lance, por ser o derradeiro,
Pois vejo a minha vida anoitecer,
É, meu Jesus, a hora de se ver
A brandura de um Pai manso Cordeiro.
Mui grande é vosso amor, e meu delito,
Porém, pode ter fim todo o pecar,
E não o vosso amor que é infinito.
Esta razão me obriga a confiar,
Que por mais que pequei, neste conflito
Espero em vosso amor de me salvar.
MATOS, Gregório. A Cristo S. N. Crucificado estando o poeta na última hora de sua vida. In: AMADO, James (Org.) Obras Completas de Gregório de Matos. Salvador: Ed. Janaína, 1968. V. I, p. 47.
Nesse poema, o eu lírico se dirige diretamente a Jesus tentando se
Questão 7 12619535
UEA - SIS 1ª Etapa 2024/2026 2023Para responder à questão abaixo, leia o trecho do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira, pregado na Igreja da Misericórdia de Lisboa, no ano de 1655.
Assim como Cristo, Senhor nosso, disse a Dimas1 : “Hoje serás comigo no Paraíso”, assim disse a Zaqueu2 : “Hoje entrou a salvação nesta tua casa”. Mas o que muito se deve notar, é que a Dimas prometeu-lhe o Senhor a salvação logo, e a Zaqueu não logo, senão muito depois. E por que, se ambos eram ladrões, e ambos convertidos? Porque Dimas era ladrão pobre, e não tinha com que restituir o que roubara; Zaqueu era ladrão rico, e tinha muito com que restituir, diz o evangelista. E ainda que ele o não dissera, o estado de um e outro ladrão o declarava assaz. Por quê? Porque Dimas era ladrão condenado e se ele fora rico, claro está que não havia de chegar à forca; porém Zaqueu era ladrão tolerado, e a sua mesma riqueza era a imunidade que tinha para roubar sem castigo, e ainda sem culpa. E como Dimas era ladrão pobre, e não tinha com que restituir, também não tinha impedimento a sua salvação, e por isso Cristo lha concedeu no mesmo momento. Pelo contrário: Zaqueu como era ladrão rico, e tinha muito com que restituir, não lhe podia Cristo segurar a salvação antes que restituísse, e por isso lhe dilatou a promessa. A mesma narração do Evangelho é a melhor prova desta diferença.
(Antônio Vieira. Essencial, 2011. Adaptado.)
1 Dimas, conhecido como “o bom ladrão”, foi um dos ladrões crucificados ao lado de Jesus Cristo.
2 Zaqueu era um coletor de impostos corrupto. Os coletores de impostos eram odiados pelos seus compatriotas judeus, que os viam como traidores trabalhando para o Império Romano.
Por razões estilísticas, Antônio Vieira recorre a várias inversões (ou seja, a alterações da ordem direta da frase). Em ordem direta, o trecho “a Dimas prometeu [...] o Senhor a salvação” assume a seguinte redação:
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