Questões de Literatura - Literatura brasileira - Escolas Literárias
8.200 Questões
Questão 48 13272927
UERJ 2º EXAME 2025O criado esperava teso e sério. Era espanhol; e não foi sem resistência que Rubião o aceitou das mãos de Cristiano; por mais que lhe dissesse que estava acostumado aos seus crioulos de Minas, e não queria línguas estrangeiras em casa, o amigo Palha insistiu, demonstrando-lhe a necessidade de ter criados brancos. Rubião cedeu com pena. O seu bom pajem, que ele queria pôr na sala, como um pedaço da província, nem o pôde deixar na cozinha, onde reinava um francês, Jean, foi degradado a outros serviços.
MACHADO DE ASSIS Quincas Borba. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2024.
O romance Quincas Borba, publicado em livro em 1891, possui como cenário o Rio de Janeiro, na segunda metade do século XIX.
A passagem transcrita indica, por parte de Rubião, o apego ao seguinte aspecto do contexto da época:
Questão 18 13240849
UERJ 2º EXAME 2025Capítulo CXLVIII
Uma só pessoa, o Dr. Camacho, posto julgasse que os bigodes e a pera ficavam muito bem ao amigo, ponderou que era de bom aviso não alterar o rosto, verdadeiro espelho da alma, cuja firmeza e constância devia reproduzir.
Com o comentário acima, o narrador sintetiza um conflito presente em todo o romance.
Esse conflito se estabelece entre os seguintes aspectos:
Questão 9 13221708
UERJ 1º EXAME 2025A QUESTÃO REFERE-SE A CRÔNICAS DO LIVRO AS MENTIRAS QUE OS HOMENS CONTAM, DE LUIS FERNANDO VERISSIMO (Rio de Janeiro: Objetiva, 2015).
Em diversas crônicas do livro, o autor constrói uma relação entre as noções de verdade e mentira, enfraquecendo a distinção entre esses termos.
Essa relação pode ser caracterizada como:
Questão 42 13478988
ENEM 1º Dia (Azul) 2024Feijoada à minha moda
Amiga Helena Sangirardi
Conforme um dia prometi
Onde, confesso que esqueci
E embora — perdoe — tão tarde
(Melhor do que nunca!) este poeta
Segundo manda a boa ética
Envia-lhe a receita (poética)
De sua feijoada completa.
Em atenção ao adiantado
Da hora em que abrimos o olho
O feijão deve, já catado
Nos esperar, feliz de molho.
Uma vez cozido o feijão
(Umas quatro horas, fogo médio)
Nós, bocejando o nosso tédio
Nos chegaremos ao fogão
[...]
De carne-seca suculenta
Gordos pedaços, não dê toucinho
(Nunca orelhas de bacorinho
Que a tornam em excesso opulenta!)
[...]
Enquanto ao lado, em fogo brando
Desminguindo-se de gozo
Deve também se estar fritando
O torresminho delicioso
Em cuja gordura, de resto
(Melhor gordura nunca houve!)
Deve depois frigir a couve
Picada, em fogo alegre e presto.
[...]
Dever cumprido. Nunca é vã
A palavra de um poeta... — jamais!
Abraça-a, em Brillat-Savarin,
Os seus Vinicius de Moraes.
MORAES, V. In: CÍCERO, A.; QUEIROZ, E. (Org.). Vinicius de Moraes: nova antologia poética. São Paulo: Cia. das Letras, 2005 (fragmento).
Apesar de haver marcas formais de carta e receita, a característica que define esse texto como poema é(o
Questão 38 13478960
ENEM 1º Dia (Azul) 2024pessoas com suas malas
mochilas e valises
chegam e se vão
se encontram se despedem
e se despem
de seus pertences
como se pudessem chegar
a algum lugar onde elas mesmas
não estivessem
RUIZ, A. In: SANTANNA, A. Rua Aribau: coletânea de poemas. Porto Alegre: TAG, 2018.
Esse poema, por meio da ideia de deslocamento, metaforiza a tentativa de pessoas
Questão 27 13478838
ENEM 1º Dia (Azul) 2024 Volta e meia recebo cartinhas de fãs, e alguns são bem jovens, contando como meu trabalho com a música mudou a vida deles. Fico no céu lendo essas coisas e me emociono quando escrevem que não são aceitos pelos pais por serem diferentes, e como minhas músicas são uma companhia e os libertam nessas horas de solidão.
Sinto que é mais complicado ser jovem hoje, já que nunca tivemos essa superpopulação no planeta: haja competitividade, culto à beleza, ter filho ou não, estudar, ralar para arranjar trabalho, ser mal remunerado, ser bombardeado com trocentas informações, lavegens cerebrais...
Queria dar beijinhos e carinhos sem ter fim nessa moçada dizer a ela que a fera é pesada mesmo, mas que a juventude é a savana e o leão, a maré de tempestade muda. Queria dar beijinhos sem fim: que vale a pena estudar, pesquisar, ler mais. Mas, enfim, não há sinal de saudade em estar bem-adaptado a uma sociedade doente, que o que é normal para uma aranha é o caos para uma mosca.
Meninada, sintam-se beijados e beijadas pelo vô Rita.
RITA LEE. Outra autobiografia. São Paulo: Globo Livros, 2023.
Como estratégia para se aproximar de seu leitor, a autora usa uma postura de empatia explicitada em
Pastas
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