Questões de Literatura - Literatura brasileira
8.595 Questões
Questão 16 14434268
UFT Manhã 2025/1Leia o fragmento a seguir, retirado do prefácio do livro Insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo, para responder a QUESTÃO.
Gosto de ouvir, mas não sei se sou hábil conselheira. Ouço muito. Da voz outra, faço a minha, as histórias também [...] estas histórias não são totalmente minhas, mas quase que me pertencem, na medida em que, às vezes, se (con)fundem com as minhas. Invento? Sim invento, sem o menor pudor. Então as histórias não são inventadas? Mesmo as reais, quando são contadas. Desafio alguém a relatar fielmente algo que aconteceu. Entre o acontecimento e a narração do fato, alguma coisa se perde e por isso se acrescenta. O real vivido fica comprometido. E, quando se escreve, o comprometimento (ou o não comprometimento) entre o vivido e o escrito aprofunda mais o fosso. Entretanto, afirmo que, ao registrar essas histórias, continuo no premeditado ato de traçar uma escrevivência.
Fonte: EVARISTO, Conceição. Insubmissas lágrimas de mulheres. Rio de Janeiro: Malê, 2016. [fragmento]
Considerando o fragmento de texto, o estilo de escrita de Conceição Evaristo e os contos apresentados em Insubmissas lágrimas de mulheres, é CORRETO afirmar que:
Questão 15 14434230
UFT Manhã 2025/1A peça A pena e a lei, de Ariano Suassuna, é composta por três atos.
Sobre a leitura do Segundo Ato da peça, intitulado “O caso do novilho furtado”, é CORRETO afirmar.
Fonte: SUASSUNA, Ariano. A pena e a lei. Rio de Janeiro: Agir, 2005.
Questão 11 14433900
UFT Manhã 2025/1Leia os fragmentos de textos, Texto I e Texto II, para responder a QUESTÃO.
Texto I
a gente nem sabe
a gente imagina
como poderia ser
e vai caminhando,
o coração como bússola
olhar na imensidão
e tantos sonhos
a se perderem de vista;
a gente nem sabe
o que a vida tem,
nem sabe também
pra onde o destino vai
e ainda assim vamos
certos por linhas nem tanto
e às vezes tortas,
cegos por trilhas nem sempre
e às vezes falsas;
a gente calcula
como poderia somar
e vai pelejando,
a mente como seta
luz a escuridão
e tantas noites
a se perderem na lida;
[...]
Fonte: PINHEIRO, Tião. Amorosamente: (Poemas). Palmas: Promic, 2022, p. 62. [fragmento]
Texto II
Uma das coisas mais perturbadoras sobre minha jornada, mental, física e emocionalmente, era que eu não tinha certeza de quando nem onde ela ia terminar. Eu não sabia o que faria da minha vida. Sentia como se estivesse sempre recomeçando. Estava sempre me mexendo, sempre indo a algum lugar. Quando caminhávamos, às vezes eu me deixava ficar para trás, pensando sobre essas coisas todas. Sobreviver a cada dia que passava era meu objetivo na vida. Nas aldeias onde conseguíamos encontrar a felicidade de obter comida ou água fresca, eu sabia que aquilo era temporário e que estávamos apenas de passagem. [...]
Fonte: BEAH, Ishmael. Muito longe de casa: memórias de um menino soldado. Rio de Janeiro: Ediouro, 2008. p. 69. [fragmento]
Sobre o fragmento do poema “a gente nem sabe”, do poeta tocantinense Tião Pinheiro, e o fragmento do romance Muito longe de casa: memórias de um menino soldado, do escritor serra-leonese Ishmael Beah, é INCORRETO afirmar que os dois textos:
Questão 10 14433870
UFT Manhã 2025/1Leia o fragmento de texto para responder a QUESTÃO.
A velha abriu a velha arca, presente de casamento dos seus antigos patrões da fazendola localizada além, ladeira abaixo, perto do boqueirão, onde, em solteira fora cozinheira, de fogão e de tacho, e onde criara a mãe de Dora até os dezesseis anos quando então a mocinha se casou com o caixeiro viajante. [...] Havia um embornalzinho cheio de trecos. [...] Uma gaita com os seus vários tubos palhetados. Uma caderneta cheia de garranchos que a avó de Dora desconhecia, e isso era coisa do finado pai de Dora. Havia ainda, um urinol esmaltado de branco, sobressalente, ainda novo em folha, enrolado num trapo.
A mãe de Dora, certa feita, explicara que o urinol fora presente do seu finado marido, morto por ter sido ofendido de cobra, o primeiro homem de sua vida, que a desposara ainda mocinha, o jovem e ruivo caixeiro viajante.
Era pretensão que o urinol fosse dado de presente para a pequena Dora, mas somente depois que a menina tivesse as primeiras regras.
A avó balançou a cabeça, arrancando esses pensamentos nostálgicos. Suspirou com um esgar. A expressão do seu rosto passou rapidamente pela dor nos peitos que compareceu para testemunhar o suspiro de resignação, de fatalidade.
Não havia mais nada na arca. Isso era tudo. E era tudo igual como sempre fora.
Até a arca, no canto do quarto, parecia compreender a rotina de todos os pertences que já passaram pelo seu interior. Até a arca parecia resignada em encobrir lembranças mofadas pelo tempo.
Fonte: ALVES. Lucelita Maria. O Canto da carpideira. Palmas: Universidade Federal do Tocantins/Coleção Tocantinense de Literatura/EDUFT, 2014, p. 83-84.
Leia o fragmento do romance e assinale a alternativa CORRETA que identifica o tipo de narrador.
Questão 50 14417918
ETEC 2025/1cresci feito árvore torta
numa horta
que não deveria ter dado espaço para mim.
cresci perdendo folhas,
alcancei o sol cedo demais,
queimei a ponta dos meus galhos,
e choro junto ao céu em dias de chuva
pra ninguém perceber.
crescer é um pouco de se adaptar
com se aceitar.
é um pouco injusto,
mas é necessário.
minhas raízes me empurram pro céu,
sou árvore que queria ser estrela.
João Doederlein – @AKAPOETA
https://tinyurl.com/47zu6p23 Acesso em: 13.09.2024
Depreende-se do poema que o processo de crescimento pressupõe
Questão 7 14417549
ETEC 2025/1Leia os textos para responder à questão.
https://tinyurl.com/3dxrhkpp Acesso em: 13.09.2024. Original colorido.
A construção de humor no texto se deve, entre outros fatores,
Pastas
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