Questões de Filosofia - Filosofia moderna - Iluminismo Francês - Outros
10 Questões
Questão 86 14660284
UECE Específicas 2ª Fase 2° Dia 2025/2“Entre as penas e na maneira de aplicá-las proporcionalmente aos delitos, é fundamental escolher os meios que devem causar no espírito público a impressão mais eficaz e mais durável e, ao mesmo tempo, menos cruel no corpo do culpado. Quanto mais atrozes forem os castigos, tanto mais audacioso será o culpado para evitá-los. Os países e os séculos em que os suplícios mais atrozes foram postos em prática são também aqueles em que se cometeram os crimes mais horrendos. O mesmo espírito de ferocidade que ditava leis de sangue ao legislador, colocava o punhal nas mãos do assassino.”
BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. São Paulo: Edipro, 2015. p. 53. (Adaptado).
Sobre a perspectiva de Beccaria, pensador do século XVIII, é correto afirmar que
Questão 44 14712127
UPE 2 Fase 1 Dia 2023Leia a seguir as características de um importante movimento filosófico.
A razão é capaz de aperfeiçoar e levar ao progresso os seres humanos, em seus aspectos morais, sociais e religiosos. A razão pode combater a tirania e instalar um reino de igualdade e liberdade entre os homens. A razão se aperfeiçoa pelo progresso das civilizações.
Que movimento é esse?
Questão 38 14699189
UPE 3° Fase 1° Dia 2023Leia o texto a seguir.
Aquele que vos domina tanto só tem dois olhos, só tem duas mãos, só tem um corpo, e não tem outra coisa que o que tem o menor homem do grande e infinito número de vossas cidades, senão a vantagem que lhe dais para destruir-vos. De onde tirou tantos olhos com os quais vos espia, se não os colocais a serviço dele? Como tem tantas mãos para golpear-vos, se não as toma de vós? Os pés com que espezinha vossas cidades, de onde lhe vêm, senão dos vossos? Como ele tem algum poder sobre vós, senão por vós? Como ousaria atacar-vos se não estivesse conivente convosco? Que poderia fazer-vos, se não fôsseis receptadores do ladrão que vos pilha, cúmplices do assassino que vos mata, e traidores de vós mesmos?
LA BOÉTIE, Etienne. Discurso da servidão voluntária. São Paulo: Edipro, 2017[1549]. p. 40.
Escrito no século XVI, o Discurso da servidão voluntária, de La Boétie, é um dos mais belos textos contra a tirania. O autor tenta compreender a razão pela qual homens e mulheres obedecem tão cegamente aos líderes políticos tiranos abandonando, desse modo, sua própria liberdade. O filósofo francês chega à paradoxal conclusão de que só é possível a dominação com a anuência dos dominados. Passados cinco séculos, a história registrou várias vezes e continua a registrar o fato de governantes autoritários terem sido alçados ao poder por meio de amplo apoio popular.
Há, para La Boétie, uma razão principal para esse fato. Essa razão é de que ordem?
Questão 23 6847160
Unioeste Tarde 2021Em 1989, o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos (1940) publicou a obra Introdução a uma Ciência Pós-Moderna (Porto: Afrontamento, 1989), fruto das suas reflexões do período em que lecionou a disciplina “Introdução à Metodologia das Ciências Sociais” na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. A obra abordava a crise da ciência moderna, cujo modelo hegemônico provinha da racionalidade imposta pelo Iluminismo. Um dos temas abordados por Boaventura foi a relação do conceito de senso comum com a ciência e a sua contribuição para um projeto de emancipação política, cultural e social.
Sobre as considerações de Boaventura sobre o senso comum é CORRETO afirmar.
Questão 33 9639265
UEG 2012/1David Hume nasceu na cidade de Edimburgo, em pleno Século das Luzes, denominação pela qual ficou conhecido o século XVIII. Para investigar a origem das ideias e como elas se formam, Hume parte, como a maioria dos filósofos empiristas, do cotidiano das pessoas.
Do ponto de vista de um empirista,
Questão 14 8490901
UNESP 2023/1Para responder à questão, leia o trecho de um ensaio de Michel de Montaigne (1533-1592).
Há alguma razão em fazer o julgamento de um homem pelos aspectos mais comuns de sua vida; mas, tendo em vista a natural instabilidade de nossos costumes e opiniões, muitas vezes me pareceu que mesmo os bons autores estão errados em se obstinarem em formar de nós uma ideia constante e sólida. Escolhem um caráter universal e, seguindo essa imagem, vão arrumando e interpretando todas as ações de um personagem, e, se não conseguem torcê-las o suficiente, atribuem-nas à dissimulação. Creio mais dificilmente na constância dos homens do que em qualquer outra coisa, e em nada mais facilmente do que na inconstância. Quem os julgasse nos pormenores e separadamente, peça por peça, teria mais ocasiões de dizer a verdade.
Em toda a Antiguidade é difícil escolher uma dúzia de homens que tenham ordenado sua vida num projeto definido e seguro, que é o principal objetivo da sabedoria. Pois para resumi-la por inteiro numa só palavra e abranger em uma só todas as regras de nossa vida, “a sabedoria”, diz um antigo, “é sempre querer a mesma coisa, é sempre não querer a mesma coisa”, “eu não me dignaria”, diz ele, “a acrescentar ‘contanto que a tua vontade esteja certa’, pois se não está certa, é impossível que sempre seja uma só e a mesma.” Na verdade, aprendi outrora que o vício é apenas o desregramento e a falta de moderação; e, por conseguinte, é impossível o imaginarmos constante. É uma frase de Demóstenes, dizem, que “o começo de toda virtude são a reflexão e a deliberação, e seu fim e sua perfeição, a constância”. Se, guiados pela reflexão, pegássemos certa via, pegaríamos a mais bela, mas ninguém pensa antes de agir: “O que ele pediu, desdenha; exige o que acaba de abandonar; agita-se e sua vida não se dobra a nenhuma ordem.”
(Michel de Montaigne. Os ensaios: uma seleção, 2010. Adaptado.)
De acordo com Montaigne, as ações humanas caracterizam-se
Pastas
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