O logos e o mito são expressões humanas: o primeiro busca explicar e convencer, já o segundo procura encantar.

O logos e o mito são duas formas de fundamentar argumentos verdadeiros, usando método bem estruturado.

O mito é belo e verossímil por incitar o raciocínio a descobrir as relações que explicam certos fenômenos naturais.

O logos encanta por dizer respeito ao irracional e, contrário ao mito, persuade revelando os desejos humanos.

O mito e o logos não buscam revelar a verdade sobre as coisas do mundo, mas convencem pela fantasia.

a dimensão material dos sentimentos e das ações políticas dos homens, sustentada pela filosofia clássica.

a centralidade do mito na sociedade antiga grega e o vínculo desse mito com manifestações de caráter público.

a fragilidade do politeísmo perante a lógica e a incapacidade desse politeísmo de mobilizar politicamente a sociedade.

as origens filosóficas da piedade e do sentimento de culpa posteriormente apropriados pelo cristianismo.

as matrizes religiosas da democracia grega e o reconhecimento por essa democracia da igualdade entre os homens livres.

As narrativas míticas arcaicas problematizaram as questões logicamente e estruturaram respostas através de evidências racionais científicas, sendo abruptamente suprimidas pela filosofia, que interpreta o mundo a partir do duelo entre os deuses.

A mitologia grega deixou de influenciar as doutrinas dos primeiros filósofos no exato momento em que a filosofia nasceu na Grécia Clássica, o que pode ser verificado nos escritos dos filósofos e na inexistência de qualquer referência ao mito.

O mito arcaico é narrado pelo poeta em um esforço de explicar a natureza através de método capaz de verificar a verdade dos fenômenos, ao passo que a filosofia constrói uma narrativa fantástica e, muitas vezes, contraditória.

Os mitos arcaicos, que interpretaram alegoricamente os fenômenos da vida ante as forças desencadeadas pela natureza, foram gradualmente substituídos pela filosofia, que compreende os fenômenos através da razão e da lógica.

O mito (Mythos) arcaico é um discurso conceitual verdadeiro sobre o real, ao passo que a filosofia é ilusória e falaciosa e se transforma na sombra que o discurso mítico sobre a verdade projeta, por contraste.

o pensamento mítico provém mais de regras lógicas e racionais de pouco sentido para as questões humanas.

o mito expressa o conhecimento de que o homem é senhor de si mesmo, de que é independente do mundo conhecido.

as explicações fornecidas pelos mitos são incoerentes e sem nenhum sentido para as questões humanas.

o pensamento mítico compreende uma forma espontânea de o homem situar-se no mundo e na realidade vivida, dando sentido às questões humanas.

a passagem do mito ao logos se constitui o verdadeiro sentido do pensamento mítico.

se trata da forma racional-filosófica de pensamento, subjacente à cultura dos povos da antiguidade, tais como gregos, romanos e nórdicos.

se refere ao conhecimento artístico, tão característico das formas de expressão do início da vida social humana. 

representa a maneira mitológica de explicação da realidade, baseada, essencialmente, na existência de seres sobrenaturais que conduzem a vida humana.

explicita o conhecimento científico ainda em seu início, baseado na proposição de percepções hipotéticas sobre a origem dos humanos a partir das divindades.

é um sistema oficial de princípios ou de doutrinas responsáveis pelo embasamento teológico de uma religião.

é uma narrativa de caráter simbólico-imagético de uma dada cultura, que procura explicar, por meio da ação e do modo de ser de personagens, a origem das coisas.

se refere a uma perspectiva cultural imposta a um determinado povo, visando a privilegiar os interesses de autoridades ou grupos políticos.

se refere a qualquer tipo de conhecimento ou prática sistematizado com base no método experimental.

é uma crença que pode ser questionada com base no racionalismo para se chegar a algo conclusivo, passando por uma série de averiguações.