Questões de História - Fundamentos da História e historiografia
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Todo Papalagui é possuído pelo medo de perder o seu tempo. Por isso todos sabem exatamente quantas vezes a Lua e o Sol saíram desde que, pela primeira vez, viram a grande luz. De fato, isso é tão sério que, a certos intervalos de tempo, se fazem festas com flores e comes e bebes. Muitas vezes percebi que achavam esquisito eu dizer, rindo, quando me perguntavam quantos anos tinha: “Não sei...” “Mas devia saber”. Calava-me e pensava que era melhor não saber.
Adaptado de SCHEURMANN, Erich. O Papalagui: comentários de Tuiávii, chefe da tribo Tiávea nos mares do sul. São Paulo: Marco Zero, 2003.
O escritor alemão Erich Scheurmann viveu nas ilhas Samoa no início do século XX e conviveu com o chefe da tribo Tiávea. No fragmento acima, ele descreve a visão desse chefe sobre os Papalagui, palavra que, em língua local, significa “aquele que furou o céu”, uma alusão ao homem europeu.
No fragmento, são identificadas cronologias distintas que podem ser explicadas por uma visão de mundo baseada na seguinte perspectiva:
Muitos fotógrafos no século XIX registraram obras de engenharia. O francês Édouard Baldus (1813-1889) atuou, primeiro como pintor e depois como fotógrafo, no inventário de monumentos arquitetônicos da Comissão dos Monumentos Históricos (1851) na França. Suas fotografias sobre esses monumentos renderam-lhe fama de fotógrafo de arquitetura. Sob encomenda, Baldus editou um álbum para a Companhia dos Caminhos Férreos do Norte (1855) e registrou estações, instalações ferroviárias, portos e cidades, ao longo desta via entre Paris e a cidade de Boulogne-sur-Mer. A rainha Vitória ganhou um exemplar dessa publicação.
(Adaptado de: OLIVEIRA, E. R. Vistas fotográficas das ferrovias: a produção de registros de obra pública no Brasil do século XIX. Hist cienc saude-Manguinhos [Internet], 25(3), p. 695-723, 2018.)
Tendo em vista seus conhecimentos sobre mundo contemporâneo e considerando o texto, assinale a alternativa correta.
Estudos, publicados na Nature Geoscience e na revista Science, apontam para a queda acentuada das temperaturas na Europa e na Ásia a partir do ano de 536, gerando a chamada “Pequena Idade do Gelo da Antiguidade Tardia”. As mudanças nas temperaturas podem ter sido causadas por erupções vulcânicas, cujos efeitos foram reforçados pelas correntes oceânicas, pela expansão do gelo e pela coincidência de um mínimo solar (século VI). A conjugação desses fatores teria gerado mudanças efetivas na história, já que a agricultura e a pastagem teriam sido diretamente atingidas. Exemplos dessas relações entre o clima e a história humana podem ser encontrados na Antiguidade, como a invasão da Europa por vários povos das estepes, a queda do segundo império persa, a entrada dos turcos na Anatólia, o início da expansão árabe, entre outros.
(Adaptado de: CRIADO, M.l Á. “Uma pequena ‘idade do gelo’ pode ter mudado a história da Antiguidade (...)”. El País, fev, 2016.)
Com base em seus conhecimentos sobre a Antiguidade e tendo em vista o excerto anterior, é correto afirmar que
No Brasil, o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, abriga o maior e mais antigo acervo rupestre da América do Sul. Essa arte se caracteriza por pinturas e gravuras encontradas nos sítios arqueológicos, feitas pelos grupos pré-históricos que habitavam a região. Esses grupos utilizavam, em suas pinturas, carvão, argila de várias cores e minerais triturados. Acredita-se ainda que usassem substâncias como sangue, clara de ovo, resinas vegetais, excrementos e saliva humana para ajudar na fixação dos pigmentos.
Essas pinturas retratavam o cotidiano da época, os rituais religiosos, as práticas humanas em adoração ao redor de árvores e em representações de danças coletivas, de caças ou de lutas. Além disso, representavam também figuras de animais, como capivaras, tatus, onças, cervos, entre outros.
https://tinyurl.com/yx3cab3Y%20%20Acesso%20em:%2021.08.2023.%20Adaptado.
De acordo com o texto, esse importante patrimônio cultural brasileiro auxilia os pesquisadores nos estudos sobre
Leia o texto para responder à questão.
Curupira, Saci e Matinta Pereira, entre outras, são lendas folclóricas da Região Amazônica. Elas são ensinamentos e histórias repassados de geração a geração, de boca em boca, para transmitir valores, como respeitar a floresta e os seres que nela habitam.
Sobre o Curupira, indígenas relatam, por exemplo, que: “Ele é o guardião da floresta. Quando tem caçador mal-intencionado, ele começa a perseguir. O som que você ouve parece de tapas nas árvores, parece que ele vem com tudo pela floresta e você sente aquela força, aquela energia vindo, chegando perto”.
https://tinyurl.com/yc82rne4%20Acesso%20em:%2005.08.2023.%20Adaptado.
De acordo com o texto, os ensinamentos e as histórias dos povos da Região Amazônica são transmitidos por meio de fontes
[...] encontramos uma diversidade de objetos particulares de cada região do Império e do período em que foram confeccionados. Entre tais objetos há os relevos funerários daqueles cidadãos que propiciaram espetáculos [...] que nos apresentam representações dos diferentes tipos de gladiadores, com sua musculatura bem definida e congelada no momento de um golpe, suas expressões de vitória ou de espera do golpe final, as formas de suas armas, vestimentas ou as pinturas de parede que decoraram o podium dos anfiteatros e casas, como em Pompeia.
GARRAFFONI, Renata Senna. Técnica e destreza nas arenas romanas: uma leitura da gladiatura no apogeu do império. 2004. 232 f. Tese (Doutorado) - Curso de História, IFCH, Campinas, Unicamp, 2004. (Fragmento adaptado).
No fragmento acima, a historiadora Renata Sena Garrafoni, ao analisar a sociedade romana, descreveu as fontes que foram usadas em seu trabalho de doutorado.
Elas podem ser definidas como fontes
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