Em linhas gerais, o pan-africanismo pode ser entendido como um movimento que buscava estabelecer uma união identitária e política entre os africanos e as populações afrodiaspóricas.

(Kauê Lopes dos Santos. Africano: uma introdução ao continente, 2022.)

O excerto define “pan-africanismo” como um esforço para

Leia atentamente o trecho:

    (...) Nós recusamos a simples sobrevivência. Queremos aliviar as pressões, libertar nosso 
    território da estagnação ou regressão medieval. Queremos democratizar nossa sociedade, 
    abrir nossas mentes para um universo de responsabilidade coletiva, para que possamos 
    ser ousados o suficiente para inventar o futuro. Queremos mudar a administração e 
    reconstruí-la com um tipo diferente de funcionário público. Queremos envolver nosso 
    exército com o povo no trabalho produtivo e lembrá-lo constantemente que, sem 
    treinamento patriótico, um soldado é apenas um criminoso com poder. Esse é o nosso 
    programa político. 

Fonte: SANKARA, Thomas. Discurso na 20ª Reunião Plenária das Nações Unidas (1984). Disponível em: . Acesso em: 03 de mai. de 2023.

A partir do trecho, identifique os dois elementos presentes no discurso do então presidente de Burkina Faso, Thomas Sankara, comuns aos processos de independências ocorridos na África da segunda metade do século XX.

“Assim, desde o mais remoto ancestral do gênero Homo, toda a aventura humana se confunde com a África. Apenas ali se pode acompanhar o processo completo de transformação dos primatas em homens.” (Macedo, José Rivair. História da África. São Paulo: Edição Contexto, 2013, p. 15)

O texto acima, ao evidenciar a centralidade do continente africano para a humanidade, trata do processo de:

Leia a seguir a análise do pensador congolês Valentin Mudimbe:

A África foi descoberta no século XV. Isso, pelo menos, que diz a maioria dos livros de história. Os professores o ensinam, os estudantes o aceitam como verdade. Em todo caso, por que duvidar? [...] houve, sem dúvida, uma descoberta. No entanto, pode-se perguntar com bastante seriedade: é mesmo historicamente verdade que o continente foi descoberto no século XV? Sabemos o que está inscrito nesta descoberta, as novas ordens culturais que ela permitiu e, em termos de conhecimento, os textos que seus discursos construíram e cuja realização se encontra no que chamo de "biblioteca colonial". Olhando novamente, porém, torna-se evidente que, na verdade, a descoberta do século XV não foi o primeiro contato do continente com os estrangeiros. Por isso, tal descobrimento exprime apenas um ponto de vista, o europeu.

MUDIMBE, Valentin Yves. A ideia de África. Petrópolis: Vozes, 2022, p. 50.

Nesse excerto, Valentin Mudimbe discorre acerca de conhecimentos sobre a África construídos a partir de um olhar eurocêntrico. Para ele, a historiografia, por muito tempo, criou um ponto de vista que nos impede de enxergar a História do continente africano (e seus contatos) de maneira mais complexa. Sobre esse assunto, assinale a alternativa verdadeira.

Chimamanda Ngozi Adichie

Fonte: Chimamanda Ngozi Adichie. Disponível em: https://www.companhiadasletras.com.br/colaborador/ 02561/chimamanda-ngozi-adichie. Acesso em: 20 jun. 2023.

Capa do livro Meio Sol Amarelo

Fonte: Meio sol amarelo. Disponível em: https://www.companhiadasletras.com.br/livro/ 9788535929249/meio-sol-amarelo-nova-capa. Acesso em: 20 jun. 2023.

Chimamanda Ngozi Adichie (imagem acima) nasceu na Nigéria, em 1977, e suas obras foram traduzidas para mais de 30 países. Em sua literatura, como em “Meio Sol Amarelo” (2008) (imagem acima), ela resgata a história da África numa perspectiva humana e feminista.

Acerca da história da Nigéria e do continente africano pós-colonial, contexto histórico da obra da escritora Adichie, é correto afirmar que

    Na metade do século IV, o Estado de maior expressão no vasto território da Núbia era conhecido pelo nome de Axum. Herdeiro das tradições de Meroé, distinguia-se delas devido a uma alteração cultural fundamental: a adoção do cristianismo.

MACEDO, José Rivair. História da África. São Paulo: Contexto, 2018. p. 28. (Fragmento).

Considerando as formas de organização social e religiosa das sociedades africanas anteriores à expansão europeia no continente, assinale a alternativa INCORRETA.