Questões de História - História Geral - Idade Contemporânea - Globalização

"Continua sendo, no entanto, uma força imperfeita [...] Cerca de dois terços da população mundial ganharam pouca ou nenhuma vantagem com o rápido crescimento econômico. No mundo desenvolvido, o mais baixo quartil de assalariados testemunhou mais um respingar para cima que um respingar para baixo."

Hobsbawm, Eric J. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 439.

O historiador inglês Eric Hobsbawm aborda em seu livro uma importante discussão que marcou o século XX e que nos impacta até a atualidade. Com a citação de um trecho do editorial do Financial Times, publicado em 1994, o historiador inglês propõe refletir sobre o processo iniciado a partir da década de 1970 que ficou conhecido como o(a):

Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro que esperamos o nosso jantar, mas da consideração que ele tem pelos seus próprios interesses. Apelamos não à humanidade, mas ao amor próprio, e nunca falamos de nossas necessidades, mas das vantagens que eles podem obter.

SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. São Paulo: Nova Cultural, 1996.

As crises econômicas da década de 1970 proporcionaram a emergência de novas ideias que pregavam uma retomada de algumas das principais noções do liberalismo clássico, colocando em questão a política de bem-estar social (Welfare State) implementada na Europa ocidental e nos EUA, no pós-Segunda Guerra Mundial. É nesse período que ícones políticos da transformação do capitalismo da década de 1980 (como Donald Reagan, nos EUA, e Margareth Thatcher, na Inglaterra) emergiram proporcionando um conjunto de medidas conhecidas como Neoliberalismo.

Dentre as principais medidas neoliberais estão

“Sem a propagação do domínio britânico pelo mundo é difícil acreditar que as estruturas do capitalismo liberal tivessem se estabelecido com tanto sucesso em tantas economias diferentes do mundo”.

Fonte: FERGUSON, Niall. Império. São Paulo: Planeta, 2016.

Durante o século XIX, o imperialismo europeu rompeu os limites dos estados nacionais, iniciando o largo processo de globalização da economia. Assinale a alternativa que melhor define os motivos da expansão das potências imperiais europeias.

Observe a imagem que segue.

Presidentes do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. 1991.

Disponível em: http://observatorio.repri.org/timeline-post. Acesso em: 24 jul. 2023.

Ela se refere a que evento político que marcou o final da transição democrática na América Latina?

    O verdadeiro horror dos campos de concentração e de extermínio reside no fato de os internados, mesmo que consigam manter-se vivos, estarem mais isolados do mundo dos vivos do que se tivessem morrido, porque o horror compele ao esquecimento. No mundo concentracionário, mata-se um homem tão impessoalmente como se mata um mosquito. Uma pessoa pode morrer em consequência de tortura ou de fome sistemática, ou porque o campo está superpovoado e há necessidade de liquidar o material humano supérfluo.

(Hannah Arendt. O sistema totalitário, 1978.)

Ao caracterizar a peculiaridade das ações nazistas nos campos de concentração e de extermínio, o excerto refere-se diretamente

    Era a Índia que nos sustentava nas dificuldades de nossas circunstâncias. Era um aspecto de nossa identidade, da identidade comum que tínhamos desenvolvido e que, na Trinidad multirracial, se tornara uma identidade racial.

    Era essa a identidade que eu levara para a Índia em minha primeira visita em 1962. Ao chegar, percebi que isso nada significava na Índia. A ideia de uma comunidade indiana — na verdade uma ideia europeia de nossa identidade indiana — apenas tinha sentido quando a comunidade era muito pequena, minoritária e isolada. Na torrente da Índia, com suas centenas de milhões, onde a ameaça eram o caos e o vazio, essa noção europeia em nada ajudava.

(V.S. Naipaul. Índia: um milhão de motins agora, 1997.)

O excerto traz o relato de um escritor de ascendência indiana, nascido em Trinidad e Tobago, quando de sua primeira viagem para a Índia.

Segundo ele, há