Questões de História - Temática - Arte
37 Questões
Questão 19 15029000
UNITINS Prova 2 2025/1A arte barroca mineira, uma das mais ricas manifestações culturais do Brasil colonial, é indissociável da história da ocupação portuguesa na região de Minas Gerais, desenvolvida no século XVIII, durante o auge da exploração do ouro. A relação entre a arte barroca mineira e a história colonial portuguesa revela a complexa dinâmica de poder, religiosidade e identidade cultural que permeava a sociedade colonial. A riqueza gerada pela mineração alimentou uma demanda por construções religiosas e civis que refletissem a opulência da elite colonial e, ao mesmo tempo, a profunda religiosidade que permeava a vida dos colonos. Nesse contexto, a arte barroca tornou-se o estilo predominante, sendo adotada tanto na arquitetura quanto nas artes decorativas e sacras. A história colonial portuguesa em Minas Gerais também se reflete nas contradições da arte barroca. Enquanto as elites coloniais se beneficiavam da exploração mineral e construíam suntuosas igrejas e palácios, a maior parte da população, composta por escravizados africanos, indígenas e mestiços, vivia em condições precárias. Essas contradições estão presentes na arte barroca mineira, que, embora centrada em temas religiosos, também revela em expressões faciais das esculturas e a intensidade das obras de arte uma leitura da condição humana e da realidade social da época.
ZANINI, Walter. História geral da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles,
A partir da contextualização apresentada, analise as seguintes afirmações sobre a arte barroca mineira e a sociedade colonial em Minas Gerais.
I. A arte barroca mineira foi influenciada exclusivamente por estilos europeus, sem adaptação às condições locais.
II. A diminuição das construções barrocas em Mi nas Gerais foi motivada pelo enfraquecimento do trabalho escravizado gerado pela mineração.
III. As igrejas barrocas em Minas Gerais refletem tanto a opulência das elites quanto a religiosidade da sociedade colonial.
IV. A arte barroca mineira revela as contradições sociais do período colonial, incluindo a disparidade entre as condições de vida das elites e da população em geral.
V. As esculturas e as pinturas barrocas mineiras são marcadas por expressividade que reflete a dificuldade de parte da população colonial.
Está correto o que se afirma apenas em
Questão 4 14835628
UNIMONTES Tarde - Biologicas 2025Texto 1
“Ainda estou aqui” é drama universal, com Fernanda Torres brilhante
Novo filme de Walter Salles tem técnica impecável e história emocionante
Quando “Ainda Estou Aqui” estreou no Festival de Veneza, um dos grandes eventos da temporada do Oscar, o burburinho em torno do filme tomou a internet. Postagens brasileiras e de veículos da mídia estrangeira praticamente cravaram o novo filme de Walter Salles como um grande pretendente para as listas de premiações que saem no início de 2025 – inclusive, do Oscar.
Não há exagero algum nesse movimento. A adaptação do livro homônimo, de Marcelo Rubens Paiva, talvez seja a melhor oportunidade para o Brasil colocar uma produção nas listas de melhores filmes internacionais dos prêmios em 20 anos. O filme é um drama simples e universal – que, mesmo tendo especificidades sobre a história do Brasil, reverbera em uma audiência de qualquer nacionalidade. Por isso, não é surpresa que a boa recepção tenha sido global.
No centro dessa história está Eunice (Fernanda Torres), esposa de Rubens Paiva (Selton Mello), ex-deputado, cassado após o golpe de 1964, que é sequestrado pelo regime militar e nunca mais volta para casa. Salles não é nenhum pouco sutil com a situação, já na cena de abertura, com a protagonista boiando na praia do Leblon, enquanto um helicóptero do exército passa dando um rasante sobre a areia.
Entretanto, o foco do enredo é a família. Mesmo nos momentos de violência dos militares, Salles está mais preocupado com as reações de Eunice e dos filhos. Privilegiados e de prestígio social, os Paiva vivem na esquina da Avenida Delfim Moreira, um dos pontos mais valorizados da Zona Sul carioca. Uma grande casa, cada criança com seu quarto, boas bebidas, charutos e refeições com os amigos. O problema é que, entre a residência deles e a faixa de areia da praia, estão as ruas controladas pelo exército – e, pela televisão, movimentos armados aparecem no noticiário sequestrando mais um embaixador, em troca da libertação de presos.
Essa sombra é a maior ameaça para a família na primeira parte do filme. Algo que parece se aproximar deles e que Eunice teme a cada ligação que Rubens recebe. Quando ela de fato chega à vida dos Paiva, Salles, que conhece de perto essa elite da cidade, utiliza o fascismo do governo militar para extirpar tanto os direitos dos cidadãos quanto os privilégios que a família tinha. O suspense dá lugar ao drama de prisão, que depois passa para o trauma familiar. Essa dinâmica que o diretor impõe dá um ritmo mais ágil à trama, sem que a força da tragédia do sequestro e a falta de informação se percam nas mais de duas horas da produção.
Com uma técnica impecável, favorecida pela excelente fotografia de Adrian Tejido, que pula da câmera na mão para planos estáticos perfeitos com luz e sombra dividindo o ambiente, e pela belíssima trilha sonora de Warren Ellis, “Ainda Estou Aqui” tem como sua joia mais preciosa a atuação de Fernanda Torres. Passando de dona de casa de classe média alta para vítima do regime militar e tendo que se redescobrir nesse novo mundo, a atriz brilha em todos esses momentos dos arcos de Eunice.
O olhar marcante nos momentos em que Rubens está “tramando” nos mostram que ela não é uma mulher alheia ao que acontece em sua casa. Da mesma forma, sentimos o que a personagem passa no período em que fica presa no DOI-CODI, e sua dor ao voltar para casa sem o marido. Salles ainda apronta uma com o espectador, colocando Torres em uma situação visual que lembra seu filme mais famoso e estrelado pela mãe da atriz: “Central do Brasil”. Fernanda Montenegro, aliás, também está no elenco, em uma pequena e emocionante participação como a Eunice dos anos 2000.
“Ainda Estou Aqui” é o primeiro filme de Walter Salles no Brasil em mais de 15 anos. Não é uma história contada por alguém que não conhece o que está acontecendo na tela. A mistura das cenas com imagens de filmagens com uma Super 8 mostra isso. São imagens de quem conhece os cantos da cidade e seus hábitos, mas isso nunca torna o filme exclusivo para ser contado no Brasil, ou no Rio de Janeiro.
Em um período em que muitos flertam com o fascismo e com ideias de que “naquela época é que era bom”, “Ainda Estou Aqui” é o retrato de uma família destroçada pela “época boa” que durou mais de 25 anos e até hoje nunca revelou toda a sua verdade. Um drama que nunca cai nas armadilhas do gênero e utiliza a força da jornada da protagonista como uma janela para o passado, focado sempre na sombra que rodeava a casa dos Paiva e ainda está observando a todos de perto – assim como os agentes da ditadura fizeram com Eunice e seus filhos.
ALMEIDA, Alexandre. “Ainda estou aqui” é drama universal, com Fernanda Torres brilhante. Disponível em: https://www.omelete.com.br/filmes/criticas/ainda-estou-aqui-critica-filme. Acesso em: 30 out. 2024.
Texto 2
Como nossos pais
Belchior
Não quero lhe falar, meu grande amor
Das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
E eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto
É menor do que a vida de qualquer pessoa
Por isso, cuidado, meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado pra nós
Que somos jovens
Para abraçar meu irmão
E beijar minha menina na rua
É que se fez o meu lábio
O meu braço e a minha voz
Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantado como uma nova invenção
Vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação
E eu sinto tudo na ferida viva do meu coração
Já faz tempo, eu vi você na rua
Cabelo ao vento, gente jovem reunida
Na parede da memória
Esta lembrança é o quadro que dói mais
Minha dor é perceber
Que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo, tudo o que
fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como os nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos
E as aparências, as aparências não enganam, não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que eu estou por fora
Ou então que eu estou enganando
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo, o novo sempre vem
E hoje eu sei que quem me deu a ideia
De uma nova consciência e juventude
Está em casa guardado por Deus
Contando os seus metais
Minha dor é perceber
Que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo, tudo o que
fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como os nossos pais.
BELCHIOR. Com nossos pais. Disponível em: https://www.letras.mus.br/belchior/44451/. Acesso em: 10 out. 2024.
No tocante ao contexto sócio-histórico de circulação da canção (texto 2), ela dialoga com a temática proposta pelo texto 1
Questão 12 14554673
Unioeste Tarde 2025A imagem abaixo é do túmulo do Cardeal Jean de La Grange, falecido em 1402, e revela uma escultura em pedra de um cadáver na qual se lê, na faixa logo acima, “Tu serás em breve como eu, um cadáver horrendo, pasto dos vermes”.

In HUIZINGA, Johan. O outono da Idade Média. São Paulo: Clássicos Pingui. 2012.
Sobre essa representação artística, assinale a alternativa CORRETA.
Questão 26 15119585
UFN INVERNO 2024Considere as proposições a seguir em relação à Semana de Arte Moderna no Brasil:
I. A Semana de Arte Moderna ocorreu em 1922 e teve influência das vanguardas artísticas europeias.
II. São alguns dos artistas que tiveram importante participação na Semana de Arte Moderna brasileira: Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Oswald de Andrade, Mario de Andrade e Victor Brecheret.
III. Durante a Semana de Arte Moderna no Brasil, Ronald de Carvalho declamou o poema Os sapos, de Manuel Bandeira.
Assinale a alternativa que contém a(s) proposição(ões) correta(s).
Questão 57 8485801
UNICAMP 1° Fase 2023
As gravuras eram um importante e significativo meio de comunicação nas sociedades europeias. Os ecos do Novo Mundo chegavam à Europa rapidamente pelas mãos daqueles que nunca tinham pisado no continente recém-descoberto.
(Adaptado de TATSCH, Flavia Galli. A construção visual da América em gravuras: códigos de Percepção e suas transformações. In: III Encontro Nacional de Estudos da Imagem, 03 a 06 de maio de 2011, Londrina – PR.)
A partir da leitura da imagem e do texto acima – que versam, ambos, sobre a construção visual, em gravuras, da América do início da Era Moderna –, é correto afirmar que
Questão 44 12534244
Barão de Mauá Maio 2022“Até hoje, a Semana de 1922 é envolvida por questões: o evento provoca choques e rupturas? Acentua um “tom festivo”, ou seja, não é um movimento sério? Alcança parâmetros mais críticos em relação à arte? É de natureza mais destrutiva ou constrói novas perspectivas para a estética do país? Os debates persistem. Na revisão do próprio Di Cavalcanti, a Semana segue para “um tom festivo, irreconciliável talvez com o sentido de transformação social” que, para o artista, deve estar no fundo de uma revolução artística e literária. Entretanto, Di Cavalcanti elabora depois uma versão mais positiva. Para o artista, a Semana é um acontecimento que abre para o país perspectivas, as quais, extrapolando o campo puramente cultural, têm repercussões inclusive na área política...” (Adaptado de Ajzenberg, E. (2012). A Semana de Arte Moderna de 1922. Revista De Cultura E Extensão USP, 7, 25-29. https:// doi.org/10.11606/issn.2316-9060.v7i0p25-29).
Este ano comemora-se o centenário da Semana de arte moderna de 1922.
Podemos caracterizá-la historicamente como um movimento fundamentalmente:
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