Qual a importância de se educar sobre o respeito à diversidade?
O 20 de novembro, por lei, é o dia da Consciência Negra. No Brasil, 56% da população brasileira se declara negra e, ainda assim, figura como minoria nas posições de liderança no Brasil. Hoje e desde sempre faz toda diferença educar nossos alunos desde cedo para contribuírem com ações afirmativas que contribuam para a reparação histórica que nosso país tanto precisa.
Desde pequenos somos ensinados a repetir que “todos somos iguais” e por isso todos merecem o mesmo tratamento em todas as esferas da vida. Somos ensinados também a respeitar as pessoas “apesar” das diferenças. As duas lições são, de fato, importantes, sob uma primeira e rápida análise. Entretanto, a vida nos obriga a conviver exaustivamente com pessoas completamente diferentes e a realidade pode ser mais complexa que nossas velhas apostilas do ensino fundamental.
Chegamos no momento da história mundial em que educadores precisam, de maneira enfática, ensinar crianças que o respeito às diferenças é parte fundamental da formação. Os alunos devem entender desde cedo, que tratar pessoas em situações de diferentes da mesma maneira é realçar as desigualdades. Devemos tratar os iguais como iguais e os desiguais como desiguais na medida de suas desigualdades. Sempre garantindo dignidade, respeito, reparação social e o mínimo existencial em todas as esferas da vida.
O velho mantra do “todos somos iguais” deve ser revisto, porque ensina, de maneira implícita, que deve existir apenas uma forma de tratamento e que todos os indivíduos da sociedade devam se adequar a essa forma de tratamento, quando na verdade a sociedade é demasiadamente complexa e plural. É dever de todos, a começar pela família e professores, identificar essas diversidades e estabelecer essas balizas, na formação de crianças e jovens que em breve serão os construtores de nossa nova sociedade.
Termos como “racismo”, “discriminação”, “preconceito” e “injuria” devem ser trabalhados de forma exaustiva, visto que grande parte da populaçao ainda entende esses termos como sinônimos ou conceitos proximos.
“Racismo” é uma ideologia em que considera-se uma raça ou etnia superior a outra. “Discriminação” é uma conduta em que, com base em critérios odiosos e injustos (raça, orientaçao, gênero, religião), trata um individuo de maneira diferente dos outros. “Preconceito” é uma ideia pré-concebida sobre uma pessoa, grupo de pessoas ou ideologia que motive a rejeição. Já “injúria” é quando todos esses termos acima são concretizados em atitudes contra uma pessoa. Que tal aproveitar o mês de novembro e dar uma aula aos seus alunos sobre esses termos?
Também é preciso que comecemos por nós mesmos.
É preciso abrir mão de toda hipocrisia e assumir uma postura de humildade quando o assunto é respeito à diversidade. É necessário que a escola e o educador se entendam em posição de privilégio e assumam essa condição perante os alunos de maneira respeitosa, sobretudo com uma postura de ensino-aprendizagem. Porque somente aquele que vivencia os dissabores de se estar em uma posição desigual sabe falar sobre essa dor. E educar é antes de tudo, saber ouvir essa voz.
O Dia da Consciência Negra, instituído por lei federal desde 2010, nos
convida a refletir sobre a questão da diversidade racial no Brasil, país em que embora negros sejam maioria, não ocupam na mesma proporção os espaço de destaque social.
Vale a pena trazer o tema para sala de aula.
Quer mais dicas de assuntos importantes para debater com seus alunos? Continue lendo o nosso blog.
PROVAS | SIMULADOS | LISTAS DE EXERCÍCIOS
Simplifique suas avaliações e tenha relatórios detalhados
® Estuda Tecnologias Educacionais LTDA