Professor sob pressão
O professor a cada dia se encontra mais pressionado a ser o showman em sala de aula. E essas pressões apenas aumentam dia após dia. No artigo de hoje, abordamos esse assunto e como auxiliar o professor a continuar realizando o sonho de ensinar.
Na era da informação, das redes sociais, das novas formas de aprendizado e da velocidade, o professor começa a se ver em uma difícil situação: ele precisa se reinventar para acompanhar todas essas transformações e se vê sendo constantemente cobrado por maneiras inovadoras de dar aula.
Pensa que as cobranças acabam por aí? Não, ele precisa pensar em formas de colocar o aluno para aprender descobrindo, sendo apenas um facilitador da jornada de aprendizado, conseguindo assim transformar a realidade escolar em algo atraente e interessante para essa nova geração cada vez mais conectada ao mundo virtual.
Essas não são tarefas fáceis! E são tantas as pressões sobre os docentes que são cada vez mais frequentes as licenças médicas para tratamento psicológico e psiquiátrico.
Neste artigo, abordaremos mais a fundo esse assunto e conheceremos alguns dos inúmeros problemas com os quais os professores têm de lidar hoje no Brasil para que consigam trabalhar e realizar o sonho de transformar vidas através da educação.
Assédio e medo
Com certeza, um dos maiores problemas enfrentados pelos professores hoje no Brasil, tanto em escolas públicas quanto privadas, é o assédio. E aqui incluímos todos os tipos de assédio: moral, físico, sexual, comportamental e psicológico.
Não são poucos os casos de assédio em sala de aula: os alunos chegam a intimidar apenas com o olhar. Também não são raros os casos de agressões verbais e até mesmo físicas dentro do ambiente escolar. Situações que podem sair do controle e acabar em tragédia, como as manchetes de vários jornais mostraram este ano.
As cobranças
Some o assédio e o medo às cobranças que os professores se veem obrigados a atender e esse cenário acaba de ficar ainda pior. Com as novas tecnologias e uma entrada cada vez maior delas na vida escolar dos estudantes, espera-se que o professor modernize a sua forma de ensinar e não perca espaço para o smartphone.
Espera-se também que ele ensine de uma forma completamente nova, que engaje e tome a atenção do aluno, que tire a escola da posição de “chata” e crie novas maneiras prazerosas de aprender.
Em muitas unidades escolares, os pais querem resultados e se esquecem de que eles são produzidos também por esforço dos filhos. Eles frequentemente exigem que as notas sejam boas e, quando não são, a culpa recai sobre o professor que muitas vezes acaba sofrendo pressão também por parte da Direção e Coordenação Pedagógica por conta disso.
Por estarem pagando pelo ensino, alguns responsáveis querem apenas que os filhos passem de série para que seu dinheiro não seja desperdiçado. Eles parecem não se importar com o verdadeiro aprendizado, querendo apenas que os filhos se formem logo.
A isso se soma o pouco tempo disponível, já que é comum o trabalho em diversas escolas, mais a exigência de elaboração de testes completos, de avaliações corrigidas em tempo recorde e de trabalho em equipe visando inter e/ou transdisciplinaridade, muitas vezes sem o tempo de planejamento adequado.
Bomba relógio
Tudo isso acaba se transformando em uma verdadeira bomba relógio com perigo constante de explosão. E, quando essa explosão ocorre, o pior pode chegar a acontecer.
Há casos de professores que tiveram surtos psicóticos e acabaram agredindo verbal ou fisicamente um de seus alunos, em uma demonstração clara de esgotamento físico e mental perante tanta pressão e desafios.
Mas, até chegar a esse ponto, o profissional já sofreu muito e provavelmente já enfrentou sérios problemas psicológicos, mesmo que não tivesse consciência disso.
Problemas como depressão, ansiedade e Síndrome de Burnout não devem ser negligenciados e precisam ser tratados, ainda que gerem a necessidade de afastamento temporário da sala de aula.
O problema tem solução?
Encontrar uma solução para tantos problemas que afligem a rotina docente não é uma tarefa fácil, pois ela passa por uma mudança de postura de todos os que estão envolvidos no processo educativo.
A família, deve fazer a sua parte, ensinando valores morais e éticos dentro de casa e não sendo conivente com ações envolvendo assédio que possam partir do próprio estudante.
Direção e coordenação pedagógica também precisam abrir espaço para discutir estas questões na escola, oferecendo aos professores o apoio de que necessitam para realizar um trabalho de qualidade. Isso inclui tempo de planejamento e cronogramas flexíveis, entre outras ações.
O próprio professor precisa ser reflexivo quanto a sua condição, buscando apoio especializado se necessário.
Não é fácil lidar com as pressões impostas pela vida e pela profissão e não é crime não conseguir lidar com elas em determinado momento da vida. Buscar auxílio é fundamental para que seja possível mudar este quadro o mais rápido possível.
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