Professor: saiba como usar as Fake News ao seu favor em sala de aula
Fake News se tornam cada dia mais comuns. Colocamos nesse artigo estratégias de como abordar essas notícias em sala de aula.
Apesar da popularização recente, notícias falsas divulgadas em redes de comunicação são coisas antigas. Fake News é um termo cunhado no século XIX, que denomina esse tipo de notícia.
Com o advento da internet e das redes sociais, essas notícias se tornam cada vez mais comuns. Em razão da maior acessibilidade aos meios de comunicação instantâneos, informações que não correspondem com a verdade, são alimentados com informações virais que afetam o entendimento público sobre assuntos debatidos em sociedade.
Esse tema se tornou tão relevante que foi debatido na prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2018. Neste artigo, propomos estratégias para incentivar professores a tratar desse tema dentro de sala de aula.
Primeiro é preciso entender que esse tipo de notícia não surge com boas intenções. Elas são criadas para conseguir engajamento no ambiente digital através de acessos, comentários e compartilhamentos. Essas notícias proliferam boatos, pensamentos, ideias e mentiras que causam danos a pessoas comuns e famosas também no ambiente offline. Não pense que os prejuízos são apenas virtuais.
A propagação das fake news induz o leitor ao erro e diminui a qualidade de sua leitura e seu pensamento crítico. São mentiras estrategicamente combinadas com verdades dentro de uma notícia única. Todas essas publicações sendo bombardeadas na internet e disparadas rapidamente acabam por criar uma rede de mentiras com vítimas reais.
Encontra-se aí a importância do professor em levar este assunto para dentro da sala de aula. Cria a oportunidade de ensinar o discernimento e estimular o pensamento crítico dos alunos, para que seja possível combater esse tipo de informação, uma vez que é um assunto sério. Apenas com uma abordagem sistêmica podemos combater esse tipo de compartilhamento com incentivo de empresas, veículos de comunicação e campanhas do governo.
A escola como local de maior permanência dos alunos acaba sendo um bom ponto inicial para esse tipo de debate. De começo, propor atividades que desenvolvam a identificação de ações e discussões em torno das fake news, das próprias tecnologias e das leis que cercam o ambiente digital, promove o pensamento crítico e incentiva que os alunos pesquisem e se informem dos assuntos de forma autônoma.
Como consequência da quantidade de tempo gasta dos jovens ele acabam por se tornar protagonistas nesse assunto, tanto como eventuais propagadores de fake news como possíveis vítimas dessas notícias. Reverter este cenário é colocá-los como transformadores e propagadores dos perigos são ponto chave para reverter essa epidemia.
É imprescindível ensinar os alunos a sempre pesquisar e conferir as informações em várias fontes confiáveis, como mídias de comunicação consolidadas, antes de tomá-la como verdade. Ensine-os a diferenciar os sites que realmente tem credibilidade na veiculação de notícias de possíveis sites enganosos. Mostre a eles a importância de não compartilharem em suas redes sociais todas as informações que chegam até eles, antes de terem certeza de que tal notícia é real.
Proponha atividades e leituras em sala de aula para caracterizar uma espécie de filtro de fake news, incentivando-os a levarem tarefas acerca do tema para suas casas, o que abrirá espaço para que toda a família converse sobre o assunto e possam juntos desmistificar essas notícias tão faladas e temidas.
Educadores devem ensinar alfabetização virtual em suas aulas. Ela é uma arma na luta contra as informações falsas. É necessária uma educação neste sentido, com esforços de toda a sociedade para evitar os prejuízos causados. Com a conscientização sobre os malefícios causados por esse tipo de compartilhamento desenfreado, espera-se que ocorra a diminuição de fake news. O conhecimento diminui a vulnerabilidade em frente a esse tipo de notícia e cria maior compreensão sobre o que devemos ou não compartilhar.
A sala de aula deve incitar uma cultura de questionamento por parte de seus alunos, que passarão a incorporar esse tipo de atitude mais crítica, não só no ambiente escolar mas igualmente em casa, com os amigos, caminhando para uma mudança na visão da sociedade como um todo.
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